Tarifa do estacionamento rotativo de Bento será reajustado em janeiro e passará a custar R$ 2,00 por 60 minutos

O Executivo de Bento Gonçalves confirmou aumento de 17% na tarifa do estacionamento rotativo em janeiro de 2019. A justificativa para o reajuste é a de corrigir o contrato e adequar o preço aos demais municípios, na medida em que segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, o valor cobrado na Capital do Vinho é menor do que nos demais municípios. As modificações também incluem o limite de duas horas como tempo máximo para o veículo permanecer na vaga.
Atualmente, 60 minutos de estacionamento tem custo de R$ 1,70, mas será cobrado R$ 2,00 a partir do próximo mês. Além disso, o veículo de fiscalização irá entrar em treinamento em breve e dentro dos próximos seis meses a empresa responsável precisará instalar sensores nas vagas da Zona Azul.
De acordo com o secretário de Segurança Pública de Bento Gonçalves, José Paulo Marinho, o objetivo inicial é colocar o carro de fiscalização para treinamento e orientação. “As pessoas vão ter que ir se acostumando, porque os veículos irregulares serão fotografados. Elas serão multadas via sistema online caso não se regularizem em até 48 horas”, alerta.
Marinho avalia a instalação de novos parquímetros como excelente e enfatiza que tem recebido opiniões positivas dos usuários. “Por enquanto está sendo positivo, nós estamos avançando no processo. A gente ouve que são máquinas modernas, que podem usar cartão de crédito, dinheiro e aplicativo. Não precisa mais deixar no carro o bilhete, isso gerou conforto para as pessoas.”, aponta.

Mais mudanças

Com o início da atividade do carro de fiscalização, os veículos que tiverem estacionados de forma irregular serão fotografados e as fotos serão enviadas para um banco de dados. No início, até as pessoas se adaptarem, ele estará apenas em fase de treinamento. “A tendência é que as pessoas se adequem à legislação municipal, muitas estacionam o veículo e não pagam o estacionamento. Esses sim poderão ser penalizados caso continuem com essa práticas”, comenta.
Do outro lado, a redução de ocupação máxima da vaga por 2 horas tem por objetivo facilitar o estacionamento na área central do município. De acordo com Marinho, o controle será feito por sensores no solo, que avisarão os fiscais. “Depois desse tempo, não vai mais poder renovar na mesma vaga. Isso é importante, porque senão tem pessoas que deixam o carro o dia inteiro e vão renovando”, ressalta.

Condutores elogiam parquímetros

A comodidade dos novos parquímetros foi consenso entre os condutores ouvidos pelo Semanário. Segundo eles, facilita muito não precisar voltar ao carro para deixar o bilhete de estacionamento e ter outras formas de pagamento disponíveis, como cartão de crédito e débito. Do outro lado, alguns criticaram o reduzido número de vagas, que não supre a demanda por estacionamento, e o valor cobrado por hora.
Para Carlos Sganzerla, 56 anos, as máquinas são boas e as mudanças deixaram o estacionamento mais acessível e mais seguro. Mas também considera que arrecadam muito e que o preço cobrado é alto, fazendo as pessoas evitarem ir para o centro. “Eles são como um banco sem correntista”, comenta. Sganzerla considera que há vagas disponíveis o suficiente para o número de carros que utiliza o centro, exceto nos dias de pagamento, quando o tráfego intensifica.
Na opinião de Taís Balbinot, 26 anos, os novos parquímetros melhoraram bastante. “O preço está razoável, funciona bem usar a máquina com cartão”, considera.
Os problemas apontados por Taís são o pouco tempo de permanência e a necessidade de mais vagas de estacionamento, na medida em que se torna difícil achar lugar no final do dia. “Quando tem bastante coisas para fazer no centro, precisa renovar. Deveria deixar mais tempo”, expõe.
Elisabete Pinheiro dos Santos, 39 anos, conta que gostou da ideia e que as novas instalações tornaram tudo mais prático. “Não precisa mais levar o bilhete até o carro, isso ajuda bastante”, comenta.
A opinião de Paulo Roberto Boss, 59 anos, que usa estacionamento no centro cerca de três vezes por semana, é parecida. “Por exemplo, agora não preciso voltar até lá em cima colocar o bilhete”, ressalta. Para ele, o limite de tempo e o preço estão bons, mas é necessário que sejam disponibilizadas mais vagas de estacionamento. “Antes eu colocava no estacionamento, mas é mais barato deixar na rua. O problema é que é meio ruim de achar vaga”, comenta.