As Polícias Civis de Bento Gonçalves, Carlos Barbosa e Garibaldi aderiram à paralisação prevista para esta segunda-feira, 16, em todo o Rio Grande do Sul, como forma de contrariedade ao pacote do governo do Estado que altera os planos de carreira do funcionalismo público. A decisão da greve partiu por convocação do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm/Sindicato). A partir de agora, apenas atendimentos de urgência e emergência serão realizados nas Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), o que representa a manutenção de 30% de cada órgão da PC. O objetivo é garantir a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da Comunidade.

De acordo com o Ugeirm/Sindicato, o parcelamento e atraso de salários ocorrem há cinco anos. Além disso, a classe aponta falta de pessoal e aumento de trabalho para garantir a segurança da população. ” Apesar de todo o descaso dos governantes, os (as) Policiais Civis continuaram cumprindo seu dever, conseguindo a queda significativa de todos os índices de criminalidade no estado”, afirma a nota.

Conforme a categoria, no momento em que o governo apresenta um pacote que retira direitos históricos da categoria e praticamente acaba com a aposentadoria, além de reduzir salários, é necessária uma mobilização. “É o futuro das nossas famílias e a segurança da população que está em jogo”, garante.

Com a paralisação, não haverá cumprimento de MBAs, mandados de prisão, operações e ações policiais, serviço de cartório, entrega de intimações, oitivas, remessas de Inquéritos Policiais ao Poder Judiciário e demais procedimentos de polícia judiciária. As DPPAs e Plantões somente atenderão os flagrantes e casos de maior gravidade, como latrocínios, homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos e Lei Maria da Penha, além daquelas ocorrências em que o comando de greve ou o plantonista julgar imprescindível a intervenção imediata da Polícia Civil.

A previsão é de que a greve seja mantida enquanto o pacote do governo estiver na pauta da Assembleia Legislativa. O Pacote enviado para Assembleia Legislativa do Estado deverá ser votado na terça-feira, dia 17.