A inauguração da Plataforma de Distribuição de Alimentos da Agricultura Familiar de Bento Gonçalves deve trazer melhorias e agilidade na distribuição de gêneros alimentícios às escolas da rede municipal de ensino. É o que garante o Poder Público Municipal. Nesta quinta-feira, 14, o local, concentrado no Bairro Salgado, em frente à secretaria de Viação e Obras Públicas, foi inaugurado e armazenará a produção das 50 famílias cadastradas na Associação de Agricultores Familiares de Bento Gonçalves.

Conforme a prefeitura, cerca de R$ 800 mil são destinados por ano, correspondentes a 85% da verba recebida pelo Governo Federal por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), à produção de gêneros alimentícios que provém dos pequenos agricultores do interior do Município, porcentagem muito além dos 30% exigidos por Lei.

Foto: Jose Martim Estefanon

Para a secretária de Educação, Iraci Luchese Vasques, o programa da alimentação escolar é um trabalho realizado por muitos, e com a plataforma, deverá melhorar a distribuição e  a organização dos mesmos. “Com este Programa, valorizamos o trabalho dos agricultores de Bento Gonçalves e temos orgulho de oferecer uma alimentação saudável para cerca de 10 mil crianças das escolas da rede municipal”, afirma.

Desde 1998, o Estado do Rio Grande do Sul instituiu que a população define diretamente parte dos investimentos e serviços que constarão no orçamento do Estado, por meio de uma Consulta Popular. No ano de 2015, Bento Gonçalves apresentou a demanda de auxílio na comercialização de hortifrutigranjeiros para agricultores familiares. A proposta foi aprovada entre as prioridades regionais, e o Governo do Estado destinou a esta demanda o valor de RS 43.453,00. A Emater, entidade responsável pela elaboração dos projetos da agricultura nos municípios, encaminhou ao Conselho Municipal de Agricultura (COMAPA) para debate e indicação da entidade que seria beneficiada, ficando definido pela Associação de Agricultores Familiares de Bento Gonçalves.

Foto: Jose Martim Estefanon

A partir de então, iniciou-se o processo de articulação com a Prefeitura para cedência do terreno onde seria construída esta plataforma, bem como a providência de toda a documentação necessária para elaboração do projeto. O Escritório Municipal da EMATER elaborou o Projeto Técnico de financiamento da construção com recursos da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo repassados através do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Agricultores, que subsidia 80% dos valores aplicados com prazo de cinco anos para pagamento.