Documento publicado pela Secretaria de Cultura aponta estratégias para melhorar espaço e intensificar programação

As atividades do Museu do Imigrante devem ser intensificadas neste ano, de acordo com informações da Prefeitura de Bento Gonçalves. Na sexta-feira, 5 de janeiro, foi publicado o Plano Museológico, que define objetivos e traça perspectivas para o espaço histórico, além de definir a estrutura e especificar pontos sobre a história da entidade.
A elaboração do documento responde à legislação do Estatuto dos Museus, compreendido “como ferramenta básica de planejamento estratégico, de sentido global e integrador, indispensável para a identificação da vocação da instituição museológica”. Além disso, de acordo com a legislação, o estudo sistematiza o trabalho interno do espaço cultural, bem como sua atuação na sociedade.
De acordo com o secretário de Cultura, Evandro Soares, o Plano Museológico é um documento extremamente necessário para a vida de um museu. “É uma relação de atividades que estão elencadas com o objetivo de ampliar as potencialidades”, avalia.
Ainda segundo o secretário, as pessoas têm uma impressão de ser algo velho, apesar de o espaço ser um lugar muito dinâmico. “Tem capacidade turística, cultural e de movimentação de valor muito significativa”, observa.

O estudo

Soares explica que o Plano Museológico aponta os aspectos positivos, dificuldades e desafios a serem superados pelo Museu do Imigrante. “Fazemos todo um diagnóstico da atual conjuntura para que assim se elaborem diretrizes que respondam às necessidades de comunicação, segurança e educação”, pontua. O objetivo, segundo o secretário, é aprimorar as atividades que envolvem o espaço.
O titular da pasta ainda ressalta que a contratação de um museológo também foi um fator decisivo para aprofundar o planejamento das atividades desenvolvidas. “Nós nunca havíamos tido o acompanhmento de um profissional dessa área, mas estamos contando com isso desde o ano passado. Agora nós temos uma vertente a ser seguida”, ressalta.
No ponto de vista de Soares, as diretrizes definidas no documento vão auxiliar no processo de integração da sociedade com o Museu do Imigrante, na medida em que deve se tornar um espaço com diversas atividades. “Não vamos simplesmente abrir as portas. A comunidade será inserida a partir de diversos segmentos, com objetivos a serem buscados por meio da programação”, aponta. Ainda segundo o secretário, a Associação dos Amigos do Museu do Imigrante, formada no ano passado, também intensificou as atividades do espaço.
Atualmente trabalhando na instituição, a museóloga Deise Formolo destaca que “’a elaboração do Plano Museológico permitiu (re)conhecer as potencialidades e desafios objetivando criar horizontes pertinentes as demandas da instituição, trata-se de um importante instrumento de gestão que orientará as nossas atividades nesses próximos anos”.
O documento levanta propostas de projetos, investimentos e ações para fomentar a visitação e integrar o museu na comunidade. Além disso, o Plano esboça a necessidade de contratação de mais profissionais para gerir o espaço, bem como a divisão nos setores de diretoria, administrativo, museologia, educativo e pesquisa.