Na quinta-feira, 12, o ministro da Educação, Mendonça Filho, informou que o piso salarial do magistério terá um reajuste de 7,64% a partir de janeiro de 2017. Com isso, o menor salário a ser pago a professores da educação básica da rede pública deve passar dos atuais R$ 2.135,64 para R$ 2.298,80. Entretanto, Governo do Estado do Rio Grande do Sul nunca pagou, desde que foi implementado, o valor nacional. A questão é motivo de greves quase anuais na categoria.

O piso salarial dos docentes é reajustado anualmente, seguindo as regras da Lei 11.738/2008, a chamada Lei do Piso, que define o mínimo a ser pago a profissionais em início de carreira, com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais. O ajuste deste ano é menor que o do ano passado, que foi de 11,36%. Entretanto, o valor representa um aumento real, acima da inflação de 2016, que fechou em 6,29%.

Juçara Borges, presidente do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) de Bento, questiona a fala do Ministro Mendonça filho, quando disse que o aumento é uma valorização do professor. “Tem tanto político aí que mal tem o segundo grau completo e ganha muito dinheiro, nós que estudamos, fizemos faculdade e alguns até mestrado, trabalhamos por essa mixaria que eles chamam de valorização. Por isso que saliento que trabalhamos por amor, pois se fosse pelo salário, jamais as pessoas entrariam em uma sala de aula. Precisamos exigir mais e pedir nossos direitos. Imagine se continuar essa exigência do Estado de até 2018 não poder haver mais nenhum gasto com a folha de pagamento do servidores? É inadimiscível”, observa.

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