O problema não é uma novidade, porém os acidentes desta semana despertaram o empresariado da região para reivindicar mudanças urgentes no trevo do Santa Rita, na RSC-470. A infraestrutura antiga, o grande fluxo de veículos e a imprudência dos motoristas são apontados como motivos para as recorrentes colisões.

Quem chama a atenção para o problema é Hildegard Tres, diretora da Casa do Vidro, localizada na rua Antônio Michelon. “Estamos pensando nas 80 famílias que empregamos. São pessoas que precisam utilizar este trevo quatro vezes por dia. A empresa investe milhões em segurança do trabalho para as pessoas morrerem no trevo? Estamos correndo risco de perder pessoas”, resume.
A indignação é uma reação ao acidente presenciado na quarta-feira, 22. Por volta das 11h45min, um Onix tentava realizar a transposição da rodovia quando foi atingido por um C4 que seguia no sentido Bento Gonçalves – Garibaldi.

O motorista do Onix era Rogério Augusto Siqueira, 39 anos, funcionário de produção da Casa do Vidro. Ele sofreu escoriações no rosto, braço direito e costas e precisará ficar 15 dias afastado do trabalho. “Eu estava indo almoçar. Tinha um carro na minha frente e bastante movimento. Eu esperei limpar o trânsito para tentar ir. Não vi que vinha este carro de cima, tanto nem me assustei. Ele veio muito rápido”, relatou.

Para se resguardar e embasar o alerta pela necessidade de uma mudança no trânsito local, a Casa do Vidro instalou em seu terreno uma câmera de monitoramento que registra o que acontece trevo. O Jornal Semanário teve acesso as imagens que mostram o acidente de quarta-feira, 22, que envolveu Siqueira e um flagrante do dia 15 de agosto, quando um motoqueiro cortou o trevo e colidiu contra uma camionhete. Confira os vídeos na TV Semanário.

A diretora da Casa do Vidro salienta que mais importante do que encontrar culpados é solucionar este risco. “São três pistas para atravessar em um trecho de visibilidade precária em que a velocidade praticada pelos carros, subindo ou descendo, gira em torno de 100km/h”, alerta.

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