Mesmo em uma época de férias, local se mantém com grande aglomeração de pessoas; limpeza é uma reivindicação

Alguns entendem que é nesse local onde quase tudo acontece. Outros, chamam como o coração da cidade pela importância administrativa por ser a sede da prefeitura, de algumas entidades e de inúmeras lojas, bancos entre outros setores da iniciativa privada. Tudo isso, está no Centro de Bento Gonçalves, um local que sempre tem movimentação e que mesmo com relevância precisa de melhorias.

Uma delas pode ser vista e que segundo frequentadores do local é a colocação de lixo nas calçadas. A observação é feita pelo aposentado Caetano F. Murtari . “Depois do meio-dia, por volta das 14h, sempre tu vai observar alguns sacos de lixo colocado próximo a alguns postes. Isso atrapalha inclusive a circulação porque alguns colocam nas calçadas, onde passam as pessoas. Acredito que há um horário específico de coleta, mas parece que não se respeita”, afirma.

Questionado se é um caso isolado devido aos primeiros dias do ano, ele aponta como uma situação corriqueira. “É bem comum ver esses sacos de lixo nas ruas. Sei que é complicado, mas poderia haver um cuidado”, explana.

Já a estudante Bruna Roberta, que mora na região, vai para um caminho diferente do apontar problemas e sim, apresenta sugestão de melhoras. “É um espaço que recebe muita gente todos os dias e que poderia ser mais aproveitado. Acho que iniciativa s culturais gratuitas valorizaria tanto o espaço quanto as pessoas que fazem esse trabalho. No Natal teve várias apresentações, isso poderia ocorrer com mais frequência”, indica.

As vagas para estacionamento foram lembradas. Bruna, comenta sobre o assunto. “Tem alguns que não encontram as disponíveis na zona azul e acham que as entradas e saídas de prédios podem ser ocupadas. Há que acredite que por ligar o alerta pode ficar o tempo que quiser no local. Não é assim que as coisas funcionam. Isso é um desrespeito com quem mora nessa região.”, salienta.

Outro ponto e de recorrente pedido por intervenções do Poder Público são as praças, principalmente a Centenário. Um frequentador que prefere anonimato cobra limpeza e segurança. “A manutenção é demorada e está sempre com grama alta. Outra coisa é a segurança, principalmente à noite. Eu fico com receio de ficar aqui quando o sol vai embora pela insegurança. É um local muito bom, recheado de opções de lazer, bem localizado e que infelizmente, é mau cuidado pelo governo”, relata.

Mesmo nas férias, local segue lotado

Após os festejos de final de ano, há um movimento de saída de muitas pessoas para o aproveitamento suas férias fora de Bento Gonçalves. A impressão de esvaziamento da cidade comum para essa época do ano, não é observada no centro, como conta um vendedor de uma loja. “As pessoas seguem circulando, indo aos bancos, restaurantes, médicos e enfim. A gente observa que sempre tem turistas. É claro que não chega a ser a movimentação de dezembro, mas as pessoas vêm até aqui com frequência, mesmo que, por exemplo, não comprem já que é data pós festas”, menciona.

Pontos Positivos

Murtari, aponta, no seu entendimento, alguns aspectos positivos da região. “Eu gosto de vir até aqui e sentar nos bancos para conversar com os amigos. Nos últimos tempos, colocaram mais bancos e o melhor abaixo das árvores, o que nesses dias quentes dá uma amenizada. E a quantidade de pessoas circulando, tu vê gente de todas as idades, isso é bom para Bento”, comenta.

Áreas verdes são destacadas por Heitor Alberto Cardoso, que vem para Bento neste período visitar familiares. “Essa região do centro tem o privilégio de ter muitas árvores, algo que em cidades de médio e grande porte está cada vez mais raro. É algo que as pessoas daqui precisam ter orgulho e tentar aumentar mais na cidade”, opina.

Com relação aos buracos, situação comum em vários bairros de Bento Gonçalves, o Centro apresenta um número reduzido de ocorrências. Durante a passagem da reportagem, foram avistadas equipes da prefeitura e da Corsan trabalhando na região, seja na troca de tubulação como também no fechamento de alguns buracos que atrapalham o trânsito.

Fotos: Guilherme Kalsing