Ruas com buracos e tomadas pelo mato geram insatisfação; segurança e boas opções pela localização são destacadas

Um bairro com muito significado para Bento Gonçalves pelo seu nome e por ser um ponto de referência, mas que alterna entre boas e más notícias, segundo os próprios moradores. Assim se pode definir o Fenavinho.

De acordo com a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de duas mil pessoas estão morando no bairro, que é um dos menores em termos de metragem, o que leva a um número baixo em relação a outras localidades.

Porém, o Fenavinho tem na sua localização um dos seus pontos fortes. Ao menos é o que aponta Pedro M.Antunes. “No meu entender, tem muitas coisas perto como mercados, bancos, até mesmo o centro. Temos perto restaurantes, postos de gasolina, um parque quando possível aproveitar seja durante a semana ou no sábado e domingo”, valoriza.

Fernanda C.Schubert, corrobora com os apontamentos de Antunes e faz outro destaque. “Tem uma academia ao lar livre que eu frequento quando posso no final de tarde. É pequena, mas ajuda e é um incentivo para sair da vida sedentária, além de ser gratuita”, elogia.

Para Adelar dos Santos, o bairro tem muitas coisas boas. “Um lugar tranquilo para se morar. Em termos de segurança não tenho no que reclamar. Temos boa convivência com os vizinhos, sempre que precisa nos ajudamos. E encontramos tudo que precisamos aqui na região”, salienta.

Outra característica da Fenavinho é ser um bairro em grande parte formado por casas. Os poucos prédios que se fazem presente no cenário já estão finalizados. Apesar dos aspectos apontados, o bairro mesmo com a importância de ser sede de vários eventos importantes para a cidade, também sofre com as questões estruturais e comuns em outras regiões da Capital do Vinho.

O primeiro deles está no acumulo de mato próximo aos cordões. Em alguns pontos, invadindo calçadas, atrapalhando a circulação de pedestres. O segundo é o lixo que fica acumulado em alguns terrenos nos quais não há casas. Os materiais são os mais variados e preocupam os moradores pelo cheiro com o verão e a propensão para animais.

Outro ponto que dificulta quem circula pelo bairro é a falta de placas identificando as ruas. Esse foi o apontamento de um motorista. “É muito difícil ver uma placa com o nome da rua, quando encontra ela está em uma casa, mas bem apagada. Quem não conhece tem problemas para encontrar o destino precisando contar com a ajuda de alguém”, destaca.

E como vem acontecendo em grande parte dos bairros, a reclamação está nos buracos e na falta de manutenção. Em alguns locais, somado a isso está à disseminação de grama que torna a situação perigosa, como aponta o motorista. “Está por quase todo o bairro esses buracos, as pedras soltas podendo causar quebra de carros, furar pneus. Além disso, escorrega, não tem tração e as pessoas podem cair. Tá bem ruim a situação”, menciona. Nas últimas semanas cenas de moradores tapando buracos em frente as casas foram registradas devido a falta de manutenção.

Fotos: Guilherme Kalsing e Lucas Delgado