A cozinha funcionava como sala de estar, servindo como local das refeições e encontros familiares.

Na “casa” ficavam os quartos e uma sala, usada em raras ocasiões, como casamentos, festas de família ou para receber visitas muito importantes. No pátio, próximo a casa, o forno para o pão, o estábulo sempre isolado.

Nos tempos primitivos, não era comum pintar as residências, provavelmente por falta de tinta. Usava-se uma mistura de tabatinga (pó de arenito, avermelhado) e óleo de cactos, dissolvido em água, que protegia a madeira.
Um projeto de Preservação do Patrimônio Histórico, hoje reconhecido pela UNESCO, tombou prédios representativos dessa ARQUITETURA que ainda estão intactos aqui em Bento Gonçalves, nos Caminhos de Pedra em São Pedro (Distrito).

Foi idealizado pelo arquiteto Júlio Posenato e pelo engenheiro Tarcísio V. Michelon.

Apresenta todos os tipos de construção típica da região reproduzindo ambientes domésticos e de trabalho.

Devido à queda brusca da atividade econômica na década de 70 restringindo o poder aquisitivo da população local, muitas famílias não conseguiram construir novas casas, como tem ocorrido em outros tantos casos. Tal fato propiciou a conservação de grande parcela da arquitetura característica da imigração italiana. A falta de dinheiro impediu que as antigas edificações fossem substituídas por novas.

Observando a regular frequência de casas de pedra, casarões de madeira com até três pisos, magníficos porões, concebeu-se para a localidade o Projeto de Turismo Cultural Caminhos de Pedra. A comunidade motiva-se para preservar o patrimônio herdado dos imigrantes italianos.

Mas, é em Antônio Prado, a sexta Colônia, criada em 1886, que possui o maior acervo urbano da arquitetura em madeira da colonização do Rio Grande do Sul.

Muitas dessas construções circundam a praça principal da cidade, exibindo cimalhas e cornijas, características do final do século passado. São 48 casas tombadas pela UNESCO.