A Câmara Federal aprovou o fim da reeleição, inclusive dos prefeitos, porém, os atuais ainda podem candidatar-se à reeleição. Reeleito recentemente para presidir o PP, o advogado Carlos Perizzolo disse estar estranhando a demora da definição do PMDB em torno da reafirmação da coligação que apoiará a candidatura do Prefeito Pasin à reeleição. Falou ainda o presidente do PP que há contatos preliminares estabelecidos no sentido de que o PDT também venha a apoiar Pasin. A pressa reside só no lado do PP pois estão surgindo rumores de candidaturas no seio de todos os partidos, sustentadas, talvez, não ainda consolidada gestão de Pasin. Nota-se evolução porém a consolidação passa também pela reafirmação e renovação das coligações, especialmente do PMDB, partido de grande expressão eleitoral. Consciente disso o PP trata de acelerar o processo. Mas tanto no PMDB quanto no PDT há um processo interno de disputa. No PMDB o Prefeito está desgastado com um de seus grandes líderes, Carlos Bertuol e com o atual presidente do partido César Gabbardo que, de forma discreta, é seguido pelo pai e Vice- Prefeito Mário Gabbardo. Dentro do PMDB há uma disputa acirrada pelo comando do Diretório e o presidente do PP terá que esperar, certamente, por esta definição. Vencedora a chapa de Gabbardo certamente a tendência é pelo lançamento de candidatura própria, pois dificilmente haverá uma reaproximação do presidente do PMDB, César, demitido por Pasin do cargo de Secretário do Governo, em momento em que a relação entre os dois na Municipalidade se tornou insustentável. Mas, apesar disso, o PMDB manteve seus cargos de confiança na Municipalidade. A busca pelo PP, do apoio do PDT, de certa forma busca também pressionar o PMDB pois o raciocínio é este: se o PP tiver o apoio do PDT e não tiver o apoio do PMDB não sofrerá desequilíbrios tão contundentes. Se tiver o apoio do PMDB e do PDT, o PP dá como certa a reeleição do Pasin. O PDT tem também suas grandes divergências internas. O Presidente do Legislativo, Valdecir Rubbo, libera a corrente de apoio a Pasin, certamente com os olhos voltados para o cargo de Vice-Prefeito ou, quem sabe, como o terceiro mandato de Pasin não será possível, pleitear uma candidatura a Prefeito. A corrente liderada pelo atual presidente do PDT, Evandro Speranza, que é forte na sua essência de valores humanos e liderança comunitária, parece não querer conversa com o PP, defende a candidatura própria. Tanto no PMDB quanto no PDT, a “guerra” interna na luta pela supremacia no Diretório é declarada. O PP terá que esperar. No cenário, tanto o Prefeito Pasin poderá voltar a ter uma coligação forte, reforçada ainda mais pelo PDT, quanto poderá ter que enfrentar uma situação adversa e há muito tempo ausente na política de Bento, que é PMDB, PP, PDT, PT cada um com candidatura própria. O histórico eleitoral de Bento aponta que uma candidatura à reeleição se sustenta não só na capacidade de gerir a coisa pública mas também na capacidade do Prefeito refletir uma empatia popular. É nisso que o Prefeito Pasin terá que se concentrar, ficar aguardando pelas coligações é um risco, a cúpula de seu partido sabe disso, Parizzolo tenta minimizar este risco. Por enquanto só o que pode fazer é reclamar da demora das definições. Considerando que falta um ano e meio para as eleições, é demora? Esse tumulto não virá em prejuízo de Pasin? Matéria pensante enquanto isso eu pergunto: Vou ser mesmo campeão da Libertadores?