– No final do século XVIII, o Rio Grande do Sul contava com duas regiões distintas: a da Campanha , nos campos de cima da serra, e do litoral. Em 1803, por divisão administrativa, são criados os municípios de Caçapava do Sul, Piratini e São Sebastião do Caí. Em 1824, chegavam os imigrantes alemães aos núcleos onde hoje estão situados os municípios de São Leopoldo e Novo Hamburgo.

 

Com a Revolução Farroupilha (1835-1845) cessa a corrente imigratória, que reinicia de forma contínua em 1872. Em 1875, inicia a imigração italiana para a Encosta Superior do Nordeste, originando as Colônias Dona Isabel, Conde D’Eu e Nova Palmira.

 

Até 1870, Bento Gonçalves chamava-se CRUZINHA. Foi o Governo da Província, desejando ampliar a área de colonização por “ACTO” de 24-05-1870, Assinado pelo Presidente do Estado do Rio Grande do Sul, João Sertório, criava as Colônias DONA Isabel e Conde D’Eu, com abrangência de 32 léguas quadradas. O trabalho de demarcação e medição de lotes das duas novas Colônias foi coordenado pelo Major José Maria da Fontoura Palmeiro.

 

Os imigrantes, ao chegarem às Colônias, eram recebidos por uma comissão incumbida de demarcar e construir barracões para abrigar os colonizadores. Na chegada o imigrante fazia seu registro na sede da administração da Colônia e era enviado aos seu lote. A legislação nem sempre foi seguida e a comissão de terras deixou muito a desejar. Houve arbitrariedade em relação aos preços e à distribuição dos lotes. Os imigrantes europeus, até se instalaram em seus lotes, viveram alojados em barracões, alimentando-se da caça, pesca, frutos silvestres. Ao se instalarem, iniciaram uma agricultura de subsistência, representada pelo cultivo de milho, trigo e videira. As primeiras indústrias artesanais com características domésticas e utilização somente da mão-de-obra familiar e a troca e venda de produtos surgiram com excedentes agrícolas e criação de animais. A troca, compra e venda de produtos era feita da sede da Colônia, após longas caminhadas por estreitas trilhas demarcadas pelos próprios imigrantes.

 

Em 24-12-1875, vieram ocupar as terra de Dona Isabel os pioneiros, oriundos do norte da Itália. Chegaram à esplanada onde hoje esta a Igreja Cristo Rei e ficaram aguardando a distribuição das terras.

 

Em 1881 é iniciada a abertura da primeira estrada de rodagem ligando as Colônias Dona Isabel, Conde D’Eu, Alfredo Chaves, e seguindo até o Estado de Santa Catarina. É a atual RSC 470, chamada na época de Buarque Macedo. O percurso era Monte Negro até Navegantes S.C. A Colônia Dona Isabel foi desmembrada de São João de Monte Negro através do ATO nº 474 de 11 de outubro de 1890 pelo General Candido Costa, com denominação de Bento Gonçalves (em homenagem ao General Bento Gonçalves da Silva, tipo representativo da nobreza rural), que foi presidente da Republica do Piratini em 1835, proclamada pelos revolucionários Farrapos- Revolução Farroupilha.

 

O Coronel ANTÔNIO JOAQUIM MARQUES DE CARVALHO JUNIOR, foi o primeiro Intendente(Prefeito) foi reeleito permanecendo no poder 32 anos.Em 20 de setembro inaugurado o prédio da Prefeitura Municipal. EM 1903, foi fundado o Colégio Elementar Estadual, hoje Escola Estadual Bento. Em 1919 foi inaugurada a ferrovia. Em 1922 foi instalada a luz elétrica. No ano de 1927 foi inaugurada o primeiro Hospital. A rua Marechal Deodoro foi a primeira via publica a ser calçada, no ano de 1940. A rádio Difusora ZY05 foi a primeira emissora de rádio a ser fundada em 1947.

 

“Hoje, 123 anos depois da Emancipação, nosso Município cresceu em grandes proporções e somos uma projeção Nacional, graças ao povo que soube construir, baseado em grandes valores. Parabéns a todos nós que moramos nesta terra abençoada.”