Com apenas três anos de fundação, a Associação Bento-gonçalvense de Estomizados (Abest) ainda é conhecida por poucas pessoas no município. Estoma, ostoma ou estomia são palavras de origem grega e significam “abertura ou boca”, ou seja, exteriorização de uma víscera oca através do corpo. Os pacientes são considerados deficientes físicos em virtude de ter uma parte mutilada. Eles possuem um estoma para a eliminação de resíduos, que pode ser urina ou fezes, armazenados em um bolsa presa o corpo.

O presidente da entidade, Odone Augusto Scarton, 67 anos, relata que em 2010 teve câncer, é estomizado e foi instigado a criar um grupo. “Uma enfermeira me estimulou a organizar a associação. Começamos a nos reunir e conversarmos, porém há três anos a entidade foi oficializada”, relata. O tratamento da doença de Scarton foi concluído em 2011, entretanto ele seguiu se dedicando à organização.

Os encontros ocorrem na última sexta-feira do mês, no turno da tarde em uma sala cedida pela Liga de Combate ao Câncer. “Quando precisamos de ajuda com consultas ou medicamentos a presidente da Liga, Maria Lúcia Severo, nos auxilia”, comenta. Nas reuniões ocorrem palestras técnicas ou motivacionais.

Hoje, a Abest possui 76 pessoas cadastradas que recebem do Sistema Único de Saúde (SUS) o material necessário para o tratamento como por exemplo, a bolsa. Já no Brasil, a Associação de Ostomizados estima que sejam aproximadamente 34 mil pessoas portadoras de estoma/ostoma, sendo que cinco mil estão no Rio Grande do Sul. Caso, os pacientes tivessem que adquirir o kit seriam gastos aproximadamente R$ 70 por semana.

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