Todo mundo conhece alguém que passou por um câncer. Os mais sortudos, sobreviveram e puderam se curar. Outros, como meu pai, não tiveram a mesma sorte.

Essa doença não escolhe idade, cor, classe social, gênero. Ela simplesmente aparece e desestrutura todo um lar. Impossível não lutar junto. Não rezar. Não desacreditar. Não indagar Deus.

Mesmo com tanta informação e recursos disponíveis, ainda não se acessou a cura do câncer. Alguns dizem que a indústria farmacêutica lucra demais com o tratamento, outros afirmam que existe cura e não divulgam. Os mais realistas dizem desconhecer como o corpo humano age com o crescimento desgovernado dessas células. Fato é que, quem vive de perto essa batalha, faz de tudo para vencer. Tratamentos, exames, medidas paliativas, fitoterápicos, remédios importados e proibidos pela lei brasileira. Desistir não é uma opção.

Hoje sabemos que a prevenção é a melhor forma de detectar precocemente e, com isso, a chance da cura é muito alta. Quem procura, acha? Sim! Mas não procurar tampouco significa que não há nada. Ainda mais que a maioria dos cânceres não é genético, como pensamos, mas sim causados por fatores ambientais e outras circunstâncias desconhecidas.

Se eu pudesse abolir uma doença na face da Terra, sem sombra de dúvida, seria essa infeliz.

No entanto, enquanto ela está ali, que possamos viver uma vida mais leve e saudável, que possamos consultar regularmente e fazer exames, cuidar do corpo e mente e, se caso formos desafortunados, que tentemos seguir adiante, tratando, fazendo o que tem que ser feito. Ajudando outros. Apoiando causas. Sendo empáticos com a dor e a luta do outro.

Mais difícil que aceitar o diagnóstico e iniciar a luta é não acreditar na oportunidade de um começo diferente, dando valor ao que realmente importa. Porque ninguém sai igual de uma doença, se não é bênção, é lição.

Gianecchini, Ana Maria Braga, filha bebê de Tiago Leifert, Preta Gil, Celso Portiolli, Michael Douglas, enfim, a doença não escolhe. É a segunda maior causa de morte no mundo. Crianças. Jovens. Homens. Mulheres. Idosos. Até animais. Esses meses de conscientização ocorrem para que atentemos aos sinais de nosso corpo e quebrarmos os tabus, quando o assunto é prevenção.

Qualquer percepção diferente, melhor checar, ir ao médico, fazer exames de rotina. Você conhece o seu corpo e sabe quando não se sente bem.

Porque embora assuste, quem quase morreu ao descobrir e tratar a doença, continua lutando.