A Escola Municipal de Ensino Fundamental Ouro Verde, localizada no bairro de mesmo nome, foi alvo de arrombamento na madrugada de sexta-feira, 9 de março. O local, voltado para atendimento de crianças do jardim até o 4º ano, atende 230 alunos, deveria estar livre da criminalidade. No entanto, nem o educandário escapou de ser alvo de criminosos. Nos últimos 15 dias, o bairro tem sido alvo de crimes semelhantes.

Durante a madrugada, os criminosos invadiram a escola e arrombaram a porta de uma das salas, local onde as crianças do “jardim” têm suas aulas. Foram levados um aparelho de som e uma cortina. Após cometerem o delito, fugiram pelo pátio da instituição, onde danificaram uma tela e utilizaram uma mangueira para descer o muro. Foi a primeira vez que o colégio foi alvo de criminosos.

De acordo com a vice-diretora da instituição, Elisabeth Giordani, não há testemunhas do crime, que foi percebido apenas pela manhã. Segundo ela, não há câmeras de monitoramento, e os alarmes não são ativados porque há diversos vidros quebrados que poderiam acabar ocasionando o disparo acidental.

A vice-diretora lamentou o acontecido na instituição. “É uma pena, porque a escola é um espaço local e comunitário, que já enfrenta muitas dificuldades normalmente. A gente tenta se manter, mas esse tipo de coisa atrapalha muito”, desabafa Elisabeth.

O problema tem sido uma constante no bairro. De acordo com a vice-diretora, diversas moradias da mesma rua da escola foram alvo de criminosos nas últimas duas semanas. De acordo com um morador do bairro, que preferiu não se identificar, uma residência nas imediações foi arrombada e invadida na quarta-feira, 1º. Segundo ele, pertences pessoais foram levados. “Está acontecendo praticamente todos os dias”, lamenta.

O que diz a BM

A Brigada Militar (BM) tem conhecimento dos casos ocorridos no bairro Ouro Verde, e está trabalhando para capturar os responsáveis pelos crimes, que são bastante semelhantes nos métodos de ação. De acordo com o capitão do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (BPAT), Diego Caetano de Souza, delitos como os de furto e arrombamento são difíceis de ser combatidos, por conta da hora em que ocorrem e pela possível demora da vítima em perceber que teve seus bens subtraídos. “Até a pessoa perceber, os criminosos podem estar longe”, afirma.

De acordo com ele, a BM está tentando identificar os criminosos, e utiliza-se de patrulhamento de rotina e até mesmo barreiras nos bairros mais problemáticos para capturar os responsáveis. “Dentro de pouco tempo, pretendemos prender os responsáveis, e contamos com a ajuda da comunidade, para que não informem os locais de barreiras, por exemplo”, alerta o capitão.

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