Dorvalino Sonaglio

Estamos neste momento no ano de 2021, portanto, a mais de dois mil anos do nascimento do menino Jesus e ainda não aprendemos sobre a fraternidade e na partilha do pão. Quando Jesus já adulto na Santa Ceia o fez, para demostrar aos Apóstolos que todos somos iguais perante a este infinito universo, sem distinção de cor, raça credo. Quis nos mostrar que moramos na mesma casa, portanto, na nossa casa maior, que é o nosso Planeta Terra, casa comum a todos, com os mesmos direitos e igualdades, para não haver distinções dentro do sistema organizacional que conhecemos e convivemos até este momento. Neste momento que estamos convivendo o é muito desumano. Isto não quer dizer, que, os que produzem devem dividir com os que não produzem.

Não, não é isso, mas com o nosso trabalho, termos uma vida condizente com o nosso esforço na produção de bens de consumo para a nossa sobrevivência. Com o trabalho de todos que produziram e continuamos a produzir, chegamos neste momento a um grande desequilíbrio sócio/econômico, pelo fato da maior fatia dos bens produzidos ficarem apenas nas mãos de uma pequena parcela da humanidade, enquanto que, na sua grande maioria passa por grandes necessidades pela sobrevivência, lhes faltando comida em suas mesas e a cada dia os seus ganhos se tornam menores, portanto, com menor poder de compras.

Enquanto que, os grandes investidores ficam com o maior percentual dos bens produzidos, produzindo assim o grande desiquilíbrio entre os que tem e os que não tem este poder de investir. Não sou contra aos grandes investidores, pelo contrário, alguém tem que investir para produzirmos os bens que se fazem necessários para a nossa sobrevivência e o bem estar e na geração de empregos. Muito importante na sua produção e na geração de mais empregos. Até aqui nos parece tudo muito certo. Mas, não é isso que está acontecendo sobre a face da nossa casa maior, pelo contrário, muito nas mãos de poucos e pouco nas mãos de muitos.

Quando eu falo da fraternidade e na partilha, me refiro na melhor distribuição dos lucros produzidos sobre toda a produção gerada pelas mãos dos nossos trabalhadores que são a mola mestra da nossa economia mundial. Para que haja um equilíbrio entre os grandes investidores e os milhões de trabalhadores, que no mínimo seja proporcionando o sustento de suas famílias, para que tenham no mínimo uma vida condizente com o seu esforço na produção dos bens e a continuidade na vida terra. Para o bom entendedor, tudo que tem e existe, no ar, no solo e no subsolo do nosso Planeta a todos pertencem, sem distinção de classe social. Se assim entendermos, evitaremos futuramente graves consequências derivadas pelas grandes desigualdades, entre os poucos que detêm a maior fatia dos bens produzidos e entre os muitos que pouco e nada tem.

Que os “nossos governantes” juntamente com os grandes investidores, tomem consciência deste fator de relevante importância, buscarem alternativas que venham amenizar está discrepância sócio/econômica. Para que haja um amanhã de igualdades e de um bem estar dentro da nossa casa maior, que é o nosso Planeta Terra, casa comum a todos. Portanto, evitarmos no mesmo ambiente tamanha discrepância social. Para não vermos uma situação de tamanho desequilíbrio entre os que vomitam e os que comem e comerão papelão, para tentarem sobreviver.