A SAÚDE EM DEBATE

Decididamente, os tempos mudaram. A Câmara Municipal de Vereadores criou a Frente Parlamentar da Saúde que já está trabalhando – e muito – para levantar os problemas, analisá-los, discutí-los com seus pares e com a comunidade, visando a sua solução. Nesta terça-feira, a Frente promoveu uma reunião no plenário da Câmara com a presença de vereadores – não todos, estranhamente – e com conselheiros da saúde – não todos, mais estranho ainda -, além de alguns membros da imprensa (setores da imprensa que sabem da importância da saúde para a população), na qual foram debatidos importantíssimos assuntos ligados à saúde de Bento Gonçalves. A nova Unidade de Pronto Atendimento; o Posto do Instituto Médico Legal; as novas Unidades Básicas de Saúde que estão em construção, mas com as obras paradas; a falta de médicos no sistema; o Hospital do Trabalhador (ou o que quer que queiram denominar), enfim, tudo foi alvo de apreciações.

DESPOLITIZADAMENTE

Sem sombra de dúvidas, a Frente Parlamentar da Saúde, presidida pelo vereador Moacir Camerini, tendo como membros os vereadores Paulo Cavalli, Neilene Lunelli, Valdemir Marini, Valdecir Rubbo, Joselito Tonietto e Clemente Miesnikowski, realizou um reunião apolítica. A presença do membro da Secretaria da Saúde, o médico coordenador Marco Antônio, que fez um pronunciamento lúcido, equilibrado, explicando as ações da Secretaria e as dificuldades que estão sendo enfrentadas, fugiu da tradicional politização de tudo, conforme se tem visto no Brasil nas décadas recentes. Adriana Lazzarotto, presidente do Conselho Municipal da Saúde, discorreu sobre a visita que fez, acompanhada do conselheiro Valdir Bussolotto, ao Pronto Atendimento 24 Horas. A conclusão da reunião, no meu modo de entender, mostrou a necessidade da união de toda a comunidade, incluindo-se, além da Câmara de Vereadores, a Secretaria da Saúde, a Prefeitura Municipal, das entidades representativas de bairros, de empresários, de empregados, de clubes de serviço, de empresas, enfim de todos, como fator primeiro para que tenhamos uma saúde condizente com o poderio econômico e de desenvolvimento humano tão decantado em prosa e verso no país inteiro.

 

COMO PROCEDER?

Falo, agora, como cidadão bento-gonçalvense. Entendo que todos, literalmente, todos os cidadãos desta Terra têm o dever de lutar para que o Complexo de Saúde do Trabalhador não seja somente um projeto. Não importa QUEM elaborou esse projeto vital para o município. Não importa a que partido pertencem seus idealizares. Importa, isto sim, é que Bento Gonçalves PRECISA de um hospital público para o atendimento básico de baixa complexidade. Para média e alta complexidade temos, orgulhosamente, o Hospital Tacchini à disposição, atendendo com mais de 60% de sua capacidade aos usuários do Sistema Único de Saúde – SUS. O que precisamos é um hospital básico. E ele foi projetado e iniciado a sua construção. O procedimento, agora, é lutarmos para levar à conclusão desse projeto. Buscar mais recursos materiais e humanos é uma OBRIGAÇÃO de todos nós. Essa é a meta. Esse é o procedimento que a população espera das lideranças do município.

O POSTO DO IML

Já foi divulgado que o Posto do IML de Bento Gonçalves teve suas instalações seriamente questionadas pela Vigilância Sanitária. Representantes do Conselho Municipal da Saúde visitaram o local e confirmaram os questionamentos. A Secretaria Municipal da Saúde tem pleno conhecimento do problema. E daí? Bem, o CMS promoveu uma reunião com a SMS, a Dra. Francine, médica legista do IML e com Gerando Leites, presidente da Fundação CONSEPRO. Leites participou porque foi a CONSEPRO que conseguiu o Posto do IML para Bento Gonçalves há muitos anos e o manteve – com o apoio de empresas e da comunidade – durante muito tempo. Concluiu-se que para deixar o Posto do IML em condições mínimas de funcionamento, conforme estabelecido pela Vigilância Sanitária, são necessários algo em torno de 30 mil reais. Obviamente, será preciso ações imediatas no sentido de se construir novas instalações mais adequadas. Mas, convenhamos, 30 mil reais para Bento Gonçalves é menos do que uma “merreca”. As forças vivas do município devem arregaçar as mangas e buscar esse dinheirinho imediatamente. O que não podemos é sequer pensar em não dispor do IML em Bento. Quem encabeça as ações? A Secretaria da Saúde? O CONSEPRO? O Prefeito Pasin? As entidades empresariais ou de empregados? Quem? Quem? Quando? Só não pode ser é DEPOIS do IML ser interditado.

SEGURANÇA PÚBLICA BARATA

Li muito a respeito. Busquei informações em todos os meios possíveis. Cheguei à conclusão de que podemos, sim, ter mais segurança pública e mais barata. Basta colocarem-se CÂMERAS DE SEGURANÇA em todos os pontos estratégicos da cidade. Temos, agora, várias câmeras. Tivemos um impasse sobre A QUEM caberia dar a sustentação financeira, ou seja, a manutenção delas, já solucionado, supõe-se. Temos reportagens diárias sobre identificação de criminosos em ação, graças a essas câmeras instaladas em prédios, em estabelecimentos comerciais e industriais e nas ruas das cidades. A bandidagem, sabendo que estão sendo filmados, procuram outras paragens para suas ações criminosas. Faltam policiais militares, faltam policiais civis porque os salários oferecidos são incompatíveis com a função e o risco que oferecem. Obviamente, as câmeras são bem mais baratas e proporcionam condições melhores de trabalho àqueles a quem nossa segurança é confiada. Por que, então, não se multiplicam o número delas em Bento? O governo federal tem Programas para isso. Basta elaborar um projeto e ir buscar dessas verbas. A Central de Monitoramento está sob a responsabilidade da Brigada Militar.

BOM-DIA, SECRETÁRIO MORO!

Para quem ainda não sabe, o atual Secretário da Mobilidade Urbana e Gestão Integrada (ex-secretaria dos transportes) é o ex-comandante do Corpo de Bombeiros de Bento Gonçalves, Major Mauro Moro, aposentado na função. Homem de larga experiência, Moro foi uma grande escolha do Prefeito Pasin, sem dúvidas. Mas, Moro descobriu bem cedo que havia assumido um cargo que é o que se pode chamar de “um foguete pelo rabo”. As atribuições da Secretaria são abrangentes, mas o TRÂNSITO é a de maior visibilidade. E Moro tem e terá – a exemplo de quem quer que seja que assuma tal pasta – sérias dificuldades para administrar o “problema trânsito de Bento”. Essas dificuldades são potencializadas pelos motoristas “sem noção” que pululam pelas ruas da cidade. Os “sem noção” podem ser vistos no entroncamento das Ruas General Osório com a Rua Marechal Floriano, por exemplo. Ali, os “gênios do volante” que descem a Marechal Floriano em direção ao centro “não percebem” que FECHAM o acesso àquela rua pelos que desejam subir em direção à Cidade Alta. Fecham e ficam impassíveis, com aquele olhar de “paisagem”, como se nada fosse com eles. Talvez um agente de trânsito ali, nas horas de pico (apesar de que, atualmente, SEMPRE é hora de pico em Bento) para dar uma “apitadinha” que poderá acordar o “sem noção com cara de paisagem”. Que tal, Moro? Ah, sim, sei que há as escolas para os agentes cuidarem. Mas, como todos estão “nem aí” para filas duplas, triplas, etc, nas escolas, um agente não fará muita diferença, não é mesmo, Moro?

ÚLTIMAS

  • Primeira: As pessoas mais ligadas nas suas finanças e que, por isso, examinam suas contas, devem ter percebido que a tarifa de energia elétrica foi reduzida sensivelmente;
  • Segunda: Devem ter notado, também, que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias – ICMS – de alçada ESTADUAL, é o grande vilão da tarifa. Os 25%, com estão inclusos no preço, tornam-se 33,3%;
  • Terceira: E a tarifa de São Paulo continua menor que a nossa. A conta é mais discriminada, constando até mesmo os períodos em que a residência ficou sem energia, bem como o número de vezes. Quando teremos isso nas nossas contas, senhores da RGE?
  • Quarta: Mais denúncias sobre adulteração no leite colocam em dúvida QUEM, realmente, oferece esse alimento sem “batismos” venenosos. Na dúvida, mantenho minha decisão de não tomar mais leite. Até mesmo porque “eles” decidiram aumentar o preço, inacreditavelmente;
  • Quinta: Pelo jeito a Lei da Transparência vai modificar, definitivamente, a relação povo/setores públicos. Apesar de algumas resistências pontuais, já se pode conferir gastos que são realizados;
  • Sexta: Brevemente todas as prefeituras e câmaras de vereadores do Brasil disponibilizarão a relação de nomes, cargos e salários dos funcionários. Assim, a população poderá conferir os que realmente trabalham e os que só recebem;
  • Sétima: Prezado Mauro Moro: penso que tenho duas soluções para a Rua Marechal Deodoro. A primeira é sinalizar as duas pistas, colocando setas indicativas no encontro com a Júlio de Castilhos;
  • Oitava: A segunda é colocar um murinho de três tijolos dividindo as pistas. Assim, os que querem subir pela Cândido Costa e/ou seguir em frente até além da Júlio posionar-se-ão na pista à direita do murinho. Que tal, Mauro?;
  • Nona: Começa hoje o Brasileirão 2013. Eu colocava o Grêmio entre os favoritos ao título. Mas, agora, diante da dispensa de vários jogadores, inclusive a possibilidade do Kléber, há que se repensar;
  • Décima: De qualquer forma, o lugar dos gremistas amanhã, às 16 h, é no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias, para a estréia do Grêmio contra o Naútico;
  • Décima-primeira: Penso que o anúncio, mesmo que sem maiores detalhes, de uma renegociação do Contrato com a OAS sobre a gestão da ARENA DO GRÊMIO, é um bom motivo para os gremistas se associarem ao Clube. A hora é agora, gremista. Associe-se!