A pandemia e o povo

Parte do povo, em geral, no planeta, tem ignorado os sinais do quão grave é a Covid-19. É ignorante (do verbo ignorar). Por isso não leva em conta as recomendações para que seja mantido o distanciamento social, evitadas aglomerações desnecessárias e realizada higienização devida para evitar o contágio. Considera o vírus uma falácia e acha que a doença só acontece com os outros, que está imune ao contágio. É esta parcela de pessoas que está prolongando a estada do coronavírus entre nós. Fôssemos mais inteligentes, reconhecêssemos o quanto somos finitos, e a pandemia já não
nos assustaria tanto.

Saneamento básico

O Congresso Nacional aprovou na semana passada, com décadas de atraso, o Marco Regulatório do Saneamento Básico. Nada mais é do que o estabelecimento de regras e prazos para que todas as pessoas, em qualquer canto do país, tenham acesso à água potável e rede de esgoto, entre outras medidas. Vai levar anos, ainda, para que isso aconteça, mas já é um começo.

A propósito, no Brasil são quase 50 milhões de pessoas sem água potável em casa. Mais 50 milhões sem coleta de lixo. E mais da metade da população (de 210 milhões de pessoas) não tem esgoto sanitário. Cá em Bento há, por acaso, estatísticas a respeito?

Ford e Mercado Livre

Vereadores Idasir dos Santos (MDB) e Neri Mazzochin (PTB), criticaram segunda, 6, na sessão legislativa, o governador Eduardo Leite (PSDB) por não ter atendido às exigências da empresa de e-commerce Mercado Livre para instalar um centro de distribuição na Região Metropolitana. Compararam Leite a Olívio Dutra, o governador petista que não cedeu às exigências da Ford e até hoje é responsabilizado pelo fato de a montadora ter optado por instalar-se na Bahia, onde gerou cinco mil empregos. Assim como Dutra, o governador atual vai ser lembrado por “ter mandado embora” a Mercado Livre e, com a empresa, dois mil postos de trabalho, diretos e indiretos.

São casos diferentes que tinham um mesmo objetivo: sugar o estado obtendo dele a maior isenção de tributos possível.

Numeradas

1 – A CCS Serviços Terceirizados não pagou as indenizações dos cerca de 700 trabalhadores que demitiu depois de rescindir o contrato com a
Prefeitura de Bento.

2 – Aliás, pelo que foi falado na Câmara de Vereadores nesta segunda, o governo municipal cumpriu com sua parte e o dinheiro já está na conta, só que é um depósito judicial.

3 – O que está faltando é uma assinatura, no âmbito da Justiça, para que os valores sejam transferidos para as contas de quem tem a receber. Só depende de “um canetaço”. Foi o que ouvi dos edis.

4 – Também foi denunciado que a CCS não estaria recolhendo encargos trabalhistas obrigatórios. Daí é mais grave. Pelo que consta, a Prefeitura
só poderia pagar pelos serviços da CCS se a empresa estivesse em dia com salários e o pagamento dos tributos. Faltou fiscalização?

5 – Governo do estado está brincando de colorir planilhas de excel. Foi o que disse o vereador Neri Mazzochin (PTB). Ele também chamou Eduardo Leite de “governador irresponsável”. Está querendo briga!

6 – Está faltando informação a alguns edis bento-gonçalvenses. A Pirelli, fabricante mundial de pneus, não está deixando o Rio Grande do Sul por culpa de um ou outro governante. É decisão tomada em Milão, Itália, sede mundial da empresa, ainda em 2018.

7 – Trata-se de redução de custos em todas as plantas da italiana ao redor do planeta. Pelo ainda não cresce em ovo.