Atuação dos parlamentares

Para conhecimento do eleitor de Bento: os 17 vereadores do município apresentaram, de janeiro a abril deste ano, 270 trabalhos como projetos de lei, indicações e requerimentos, entre outras atividades. Uma média de quatro trabalhos (3,97) a cada sessão legislativa. Mais: Dos 17 parlamentares, oito apresentaram menos de três projetos durante os primeiros quatro meses deste ano. A metade, portanto. Não estou inventando. São dados divulgados na quarta-feira passada, 21, pelo Observatório Social do Brasil de Bento Gonçalves (OSB-BG).

Maior número de CCs

Outro assunto monitorado pela entidade foi o dos cargos comissionados (CCs) na prefeitura. A média nos quatro primeiros meses do ano foi de 132,2 CCs, a mais alta de todas desde o início do segundo mandato do prefeito
Guilherme Pasin, em 2017. Naquele ano, de janeiro a abril, o número foi de 116,7 CCs, frente aos 126 de 2018 e os 117,7 de 2019. Ao todo, a folha de pagamento dos CCs de janeiro a abril deste ano consumiu mais de R$ 2 milhões. “Mesmo tendo aumentado na média, os números encontram-se dentro do limite estabelecido por lei”, diz Fernanda Titton, presidente do OSB-BG.

Quem venceu mais licitações

Das 117 licitações analisadas pelo Observatório Social do Brasil de Bento Gonçalves no quadrimestre, 73 (62,3%) foram vencidas por empresas de fora do município. Os números mostram equilíbrio quando avaliado o pagamento dos recursos às vencedoras das licitações. Enquanto estabelecimentos de fora ficaram com R$ 13,2 milhões (53,8%), as empresas locais receberam R$ 11,3 milhões (46,1%).

Pelo levantamento, as equipes de licitação obtiveram economicidade (obtenção de resultado com menor custo possível) tanto nas 11 licitações do Legislativo (10%) quanto nas 106 do Executivo (6%). A fatia maior conquistada pelas empresas de fora sinaliza desinteresse ou falta de capacitação técnica por parte das organizações de Bento?

Numeradas

1 – São cerca de 30 as escolas particulares de educação infantil, no município. Elas atendem em torno de 700 crianças em vagas compradas pela Prefeitura, além das vagas bancadas diretamente pelos pais.

2 – Sobre o pagamento antecipado proposto pela Prefeitura e que teve até projeto de Lei aprovado na Câmara, somente cinco destas 30 escolinhas aceitaram receber valores.

3 – O argumento para a baixa adesão é o fato de a pandemia da Covid-19 não ter data para acabar, e depois que forem retomadas as atividades (as escolinhas) terem descontados, em parcelas mensais, os valores pagos antecipadamente pela Prefeitura.

4 – “As escolinhas particulares de Bento estão na UTI, sem respiradores. A iminência é de uma demissão em massa de quem trabalha nelas, em torno de 250 pessoas”. Frase dita pelo vereador Agostinho Petrolli (MDB), na Câmara.

5 – Pelo menos uma boa notícia: chuvarada deste começo de semana não causou estragos em Bento. É o que dizem o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do município.

6 – Vários municípios, país afora, estão adotando a tática da multa (pesada, em alguns casos) para obrigarem as pessoas a usar máscaras.

7 – Em Bento, esta não seria uma boa providência para punir quem desrespeita a saúde dos outros? Ou alguém teme perder popularidade em ano eleitoral?