Racismo? Aqui?

O mundo todo está em convulsão. As manifestações de protesto contra o assassinato brutal de George Floyd tomaram proporções gigantescas, jamais antes sequer imaginadas. Ninguém, mas ninguém mesmo, de sã consciência, tem dúvidas de que George foi morto em razão da cor de sua pele. É absolutamente inacreditável que, em 2020, ainda tenhamos o ranço racial tão vivo, tão latente no mundo. Mas, e aqui, no Brasil, como é o comportamento? E aqui, em Bento Gonçalves? Sim, claro, o cinismo e a hipocrisia campeiam soltos. Será?

E muito forte

Duvido que alguém afirme que não há racismo em Bento Gonçalves. Nós, descendentes de italianos, alemães, poloneses, notadamente, vemos esse ranço com bastante intensidade. Os imigrantes que aqui aportaram tiveram sérias dificuldades geográficas e climáticas para se instalarem e conquistarem seus espaços. Duvido, também, que alguém tenha a coragem de dizer que TODAS as terras brasileiras pertenciam aos índios, mas foram deles tomadas pelos conquistadores portugueses, holandeses, espanhóis, etc. E até contra os índios há racismo entre nós. Fortíssimo!

É hora de mudar isso

Os haitianos, senegaleses, venezuelanos, índios e outros que querem viver entre nós têm, sim, esse direito, previsto até na Constituição Federal. E são muitos os municípios que os recebem e acolhem com respeito e humanidade. Nós, brasileiros, temos um compromisso, um dever histórico: precisamos consertar o erro brutal que aqui foi cometido: o ESCRAVAGISMO. Milhares de africanos e índios foram submetidos aos mais inacreditáveis tipos de tortura para que trabalhassem, em troca de migalhas alimentícias.

E é agora!

Ah, não temos nada com isso, pois foi a mais de 120 anos? Ora, ora, temos sim! Foram nossos ascendentes que protagonizaram ou se omitiram no combate a essas desumanidades. Não dá para esquecer os “lanceiros negros”, na Guerra dos Farrapos, né? Penso, pois, que a morte de George Floyd não poderá e não será em vão. Pelo que se constata, apenas minorias ainda alimentam esse ódio, esse ranço racial inaceitável. Portanto, é mais do que hora de cada um de nós fazermos a NOSSA PARTE. Auxiliar a esses imigrantes que aqui aportaram para TENTAR SOBREVIVER. O simples fato de tratá-los como IGUAIS já é um início, mesmo sendo o lógico, o normal. Vamos dar um BASTA!, definitivo, ao racismo? Que cada um faça a sua parte!

E nós, para onde vamos?

Essa pandemia que assola o mundo já provou que está anos-luz distante de ser uma “gripezinha” ou “resfriadozinho” e que não será qualquer “cloroquina” que colocará um paradeiro na sua proliferação e efeito letal. O mundo vai mudar, certamente. O efeito devastador que está causando na economia de TODOS os países é notório. O presidente dos Estados Unidos já colocou em disponibilidade para o povo algo em torno de SEIS MIL reais. Mesmo assim, mais de 30 MILHÕES de americanos já pediram o “auxílio-desemprego”. Até agora esses números dão boa noção do que nos espera.

Quem liderará essa caminhada?

Pois é, que o caos econômico está se formando ninguém tem dúvidas. O caos na saúde já está instalado. E NEM MINISTRO DA SAÚDE temos. Uma “junta militar” foi colocada nele por Bolsonaro. No tocante à economia, já deu para perceber – ele foi claro, falando alto e bom som – que Guedes entende que micros e pequenas empresas “DÃO PREJUÍZO” (será que foi por isso que apenas 5% do UM TRILHÃO foi usado por elas?) e que “PRECISAMOS AJUDAR AS GRANDES”. Disse, também, que “TEM QUE PRIVATIZAR ESSA PORRA”, referindo-se ao BANCO DO BRASIL. Será Guedes, o todo poderoso ministro da economia, o único que, segundo Bolsonaro, “tem carta branca”, o líder máximo? Mas, o “planejamento” é liquidar estatais lucrativas?

Ou quem seria?

Que os “donos do Brasil” (a quem já me referi inúmeras vezes por serem os que, REALMENTE, mandam e desmandam no Brasil, sendo conhecidos até como “O Sistema”) querem porque querem PRIVATIZAR as “joias da coroa”, que são o Banco do Brasil, a Caixa Federal e os Correios, até os pardais da Praça Dr. Tacchini sabem. E as provas disso são claras na medida em que estão tentando SUCATEAR essas três estatais há muito tempo, bem antes de Bolsonaro e Guedes. Mas, será que o “NOSSO GUIA” – que precisa, ainda, ser identificado -começará a recuperação econômica do Brasil entregando, como sempre fizeram, a preço de bananas, nossas estatais?

Últimas

Primeira: Auxílio-emergencial foi pago a mais de 6 milhões de pessoas que não obedeciam as condições para receber. Por que isso aconteceu e acontece? Simples: erro de avaliação. Ou será “erro político”?

Segunda: Não teria sido o correto atribuir a tarefa às prefeituras, que detém os cadastros de quase todos os que poderiam se enquadrar no “auxílio-emergencial”?

Terceira: Será que isso não foi feito para “evitar” que os prefeitos contabilizassem, politicamente, a seu favor, o auxílio? Mas, e o Congresso Nacional, que passou os 200 reais, que o governo queria, para 600 reais, não irá contabilizar a seu favor?

Quarta: E as pequenas e micro empresas que, segundo o Ministro Guedes, só dão prejuízo, respondem por mais de 55% dos empregos com carteira assinada. Mas, continuam tendo que pagar, inconstitucionalmente, o “IMPOSTO DE FRONTEIRA” para o governo do Estado. Desde 2007, quando Yeda o introduziu no dessas empresas;

Quinta: Aliás, quando será que a INCONSTITUCIONALIDADE desse absurdo imposto será julgada no Supremo Tribunal Federal? Foi suspenso pelo pedido de vistas de Gilmar Mendes (isso em novembro de 2018), depois de QUATRO votos a favor da inconstitucionalidade do absurdo imposto. Faltam dois votos;

Sexta: As manifestações pró-bolsonaro repercutiram e os anti-bolsonaro TAMBÉM foram às ruas e prometem ir neste final de semana. Quem perde é só O BRASIL. Ninguém ganha;

Sétima: E Lula está perdendo oportunidades fantásticas de calar a boca. Será que ninguém o assessora? Bolsonaro tem carências na assessoria e Lula também;

Oitava: Atenção, “Fitipaldis da vida”: O STF decidiu que a carteira de habilitação pode, sim, ser apreendida e suspenso o direito de dirigir àqueles que ultrapassarem 50% da velocidade permitida;

Nona: O “Centrão” vai, novamente, “dar as cartas e jogar de mão” no Brasil. E será que o ministro Sales comemorou ontem o “Dia Mundial do Meio Ambiente”?