Mais uma polêmica!

A mais recente polêmica provocada por membros do governo bolsonaro envolvem o SUS. Bolsonaro assinou e publicou o decreto nº 10.530, cujo texto pede estudos para avaliar a possibilidade de conceder à iniciativa privada as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), a porta de entrada para o SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo alguns críticos, a medida abre espaço para a privatização da saúde pública no país. “Não aceitaremos a arbitrariedade do presidente da República”, reagiu o presidente do CNS (Conselho Nacional de Saúde), Fernando Pigatto, que promete analisar o decreto para tomar “medidas cabíveis”. Não foi necessário, pois o presidente, sentindo a pressão, REVOGOU imediatamente tal decreto.

Não foi nada disso!

O super-mega-ultra ministro Paulo Guedes assinou o decreto junto com o presidente, mas, depois de revogado, ele falou, com convicção, que “seria uma insanidade se falar em privatizar o SUS”. Mas, não foi isso que foi interpretado por gente ligada ao SUS. Ao todo o Brasil tem 41.545 UBSs, consideradas a porta de entrada do SUS. O objetivo desses postos é atender até 80% dos problemas de saúde da população que utiliza o serviço público, evitando o encaminhamento para serviços mais caros, como emergências e hospitais.

Ou foi isso?

E as Unidades Básicas de Saúde foram inseridas nos estudos do Programa de Parcerias de Investimentos, comandado por Paulo Guedes, o que ele nega isso. Aliás, não é novidade essa “vontade” de entregar à iniciativa privada Unidades Básicas de Saúde. Eu já havia visto esse filme. Hora dessas eu conto. Nesse sentido, privataria, eu já sugeri na Coluna – até enviei e-mail ao Congresso Nacional – que fosse TUDO PRIVATIZADO, a começar pelas prefeituras, depois governos estaduais, estatais e terminando com o governo federal. Os privatistas não dizem que o poder público é incompetente? Pois então? Excluam-se os poderes públicos de tudo e VIVA A PRIVATARIA.

Ele está certo!

Ouvi, claro, alto e bom som, o presidente bolsonaro dizer: “Não votem em candidatos que se utilizam do fundo partidário ou do fundo eleitoral”. Mas, será que o presidente sabe que seu filho 03, o Carluxo, e sua ex-esposa receberam verba do fundo eleitoral para suas campanhas deste ano? Será que ele diria isso se soubesse do “detalhe”? Inegavelmente, ele está certo. Não devemos votar nesses privilegiados (dos 550 mil candidatos no Brasil, apenas 4 mil receberam a verba) que se utilizam do nosso dinheiro. Ele está certo ou não?

Está brotando dinheiro!

A cooptação do chamado “centrão” está custando um pouco caro ao governo bolsonaro. As tais de “emendas parlamentares”, que deputados e senadores utilizam para “ficar bem” em seus redutos eleitorais e lhes possibilitar reeleições, bateram todos os recordes. O ex-presidente fhc (que, agora, é chamado de “comunista-esquerdista” pelos bolsonaristas) foi acusado de “comprar votos no Congresso para possibilitar a reeleição; Lula foi acusado de criar o “mensalão” para conquistar apoio no Congresso. E bolsonaro, com essas emendas aos do “centrão”, qual será o objetivo? Na verdade, conclui-se que está brotando dinheiro no governo federal. Por que será?

O “Ministro-Bomba”!

Bah! O presidente não precisa de seus filhos para lhe criarem problemas, pois tem um ministro-bomba. Ricardo Salles, do Meio Ambiente (?) não cansa de causar problemas ao governo. Ou quer “passar a boiada”; ou “assina portarias para permitir a possível destruição de manguezais e restingas”; ou cria áreas de atritos com outros ministros; ou “cria conflitos com o presidente da Câmara, aliado de ocasião do seu chefe, chamando-o, ofensivamente, de “nhonho” (como o 01 chamou de “Peppa” a deputada Joice, ferrenha aliada do pai).

E faz mais…

Chamou um general-ministro de “maria fofoca”. Pior ainda, não está cumprindo com seu dever no combate aos incêndios, à mineração ilegal, ao garimpo ilegal, ao desmatamento criminoso, enfim, para que serve um ministro desses? Precisa de inimigos ou adversários quem tem um “auxiliar” assim?

Últimas

Primeira: Me perguntaram, esta semana, se não seria melhor fazer uma pesquisa (ou votação) junto à população sobre se DESEJA OU NÃO ter HORÁRIO DE VERÃO. Afinal, o presidente pode decidir sobre a vida do povo, questionaram! Alguém tem a resposta?

Segunda: Outra pergunta que eu não soube responder foi sobre o tal de “CERCAMENTO ELETRÔNICO”. Queriam saber se ele já existe (foi prometido há muito tempo), como funciona, quem acompanha e fiscaliza, etc. Alguém sabe?

Terceira: Enquanto isso, seguem as agressões e ofensas gratuitas a pessoas e candidatos pelas redes sociais, uma fonte inesgotável de lixo cerebral. A imprensa, única fonte CONFIÁVEL de informações, é chamada de “lixo” se noticiar o que não interessa a fanáticos político-partidários;

Terceira: Perceberam o que surgiram de “experts” em vacinas nas redes sociais? São pessoas de “notório saber” que destilam suas “abalizadas opiniões”, com toda a convicção que os “sem noção” possuem;

Quarta: O general Mourão afirma que “vamos comprar a vacina chinesa, sim”, contrariando o chefe. Como está havendo “fritura” de militares no governo, Mourão entra na fila, agora?

Quinta: A Europa, Estados Unidos, parte da Ásia veem uma segunda onda da Covid. No Brasil, idem. Mas, os inconsequentes não veem ou fingem não ver. Contabilizemos mortos, então;

Sexta: O artigo assinado pelo ex-ministro Rego Barros, publicado no Correio Brasiliense, deveria ser lido por toda a população. É interessantíssimo!  Quem o lê e comenta, pode ser chamado de petista-comunista pelos bolsonaristas;

Sétima: Causa espécie a decadência do futebol do Grêmio. Depois de 2017, quando conquistou títulos e vendeu seu meio de campo, começou o declínio. Agora tenta recompor o time. Está difícil!