Sou a favor!

Creio que não fui claro, em todas as colunas que escrevi, me referido ao pedagiamentos que o governo Leite pretende introduzir no do povo do Rio Grande do Sul. Por isso, volto ao assunto para dizer que, sim, sou favorável a que as praças de pedágios sejam entregues à iniciativa privada, desde que, obviamente, o sejam em processos diametralmente opostos ao que o ex-governador antonio brito fez em 1996. Na ocasião fui, repito, uma das raras vozes que se levantaram contra o que estava sendo maquiavelizado e foi concretizado, prejudicando de forma imensurável a população do Estado. Mas…

Mas…

Mas que sejam atendidos interesses da população, não só os das felizes concessionárias e dos governantes de plantão. Assim, sendo atendidas as reivindicações que estão sendo levadas às inúteis “audiências públicas”, os pedágios, observados valores compatíveis com os benefícios a serem feitos NAS RODOVIAS, como duplicações, terceiras pistas, passarelas, pontes, viadutos, etc. e também com a capacidade de desembolso dos usuários, bem como os reflexos dos pedágios na economia como um todo, certamente teremos um sistema que atenda a todos, não só às concessionárias e a políticos, como os da década de 1990.

Reivindicar é preciso!

Certamente as pessoas que estão a nos representar nos encontros com o governo do Estado para tratar dos pedagiamentos, como o empresário Elton Paulo Gialdi, presidente do CICS/Serra, bem como os vereadores de várias cidades, inclusive Bento Gonçalves, saberão tratar do assunto, independentemente de fatores político-partidários. Sabem todos que será pelo prazo de TRINTA ANOS e, por isso, não se pode correr o risco de errar como foi errado, grosseiramente, pelo ex-governo brito. E é melhor nos acostumarmos com a ideia de pagarmos DOIS pedágios para ir a Porto Alegre, ida e volta, desembolsando algo em torno de R$ 30,00.

Faça a sua parte!

É bom, também, que todos façam a sua parte. O assunto pedágio afeta a todos e, portanto, não dá para ficar esperando “para ver como fica”. Contate os deputados via e-mail (peça para alguém fazê-lo por você, se não souber), contate as lideranças de sua área de trabalho ou ação, enfim, participe. O pedagiamento deverá atender A TODOS, tenha isso em mente. Depois de assinarem os contratos, DEU! Nada mais poderá ser feito, senão pagarmos, “sem choro nem vela”! Não se omita, portanto! O tempo do “deixa como está para ver como fica” é coisa do passado, pois temos condições à disposição para participarmos das decisões políticas que nos afetam. E diga “NÃO”, com força total, às pretensões do governo em cobrar a tal de “OUTORGA”. Não precisamos pagar isso!

Se alguém gritar…

“Pega Centrão, ficam todos no governo”. Ou não? Certamente, quando o general de pijama, Augusto Heleno, em momento de euforia pela vitória eleitoral de Bolsonaro, falou alto, claro e bom som a frase histórica, referindo-se ao “centrão”, ele, por ser neófito (?) em política, não sabia (?) “das coisas” e se deixou levar pelo entusiasmo de ser longo adiante, figura importante no governo, como ministro. Jamais poderia ele imaginar (certamente não acompanhou a carreira político-partidária do capitão – que viria a ser seu chefe) que Bolsonaro, agora, seria “aliado de ocasião” desse mesmo “centrão” que desqualificou aquele dia. É… nada como um dia depois do outro…ainda mais em se tratando de política partidária, não?

“Sou do Centrão

Se o general Augusto Heleno tivesse checado a história política de Jair Messias Bolsonaro, certamente não teria pronunciado a frase, agora fatídica. Pois Bolsonaro nem piscou para dizer, para justificar a volta da “velha política”, que “Eu sou do centrão, nasci lá” e citou vários partidos do grupão, agora no governo, pelos quais passou como filiado. As promessas de campanha – raras, diga-se, inclusive “planos de governo” – foram sendo descumpridas uma a uma. Mais uma vez, tenho que dizer: “eu não disse?”.

Está nos anais do Semanário

Pois é, escrevi na coluna muitas vezes, ANTES das eleições, que ninguém governaria o Brasil SEM comer na mão do Congresso Nacional. O tal de “centrão” nada mais é do que gente da ARENA (agora com diversos desdobramentos) e MDB que se uniram a TODOS os governos, desde 1964. Não creia, não! Pesquise e constate se houve UM presidente que não os teve como aliados de ocasião. Faça isso, ANTES de me chamar de petista ou bolsonarista, certo?

Últimas

Primeira: Quando será que teremos uma homenagem, um reconhecimento ao trabalho diário, hercúleo, com qualquer tempo, realizado pelos motoboys? E, claro, falo daqueles que trabalham honrando sua profissão, respeitando a tudo e a todos, que são a maioria;

Segunda: Por inúmeras vezes pedi aqui, na coluna, que houvesse mais fiscalização para com as estripulias protagonizadas por alguns, com descargas abertas e perturbando o sono de muitos. Mas, raríssimos motoboys que trabalham, fazem isso;

Terceira: Nessa pandemia, o trabalho deles ficou mais importante ainda, nos entregando alimentos em casa, com qualquer tempo, chuva, frio ou calor, procurando cumprir horários. Particularmente, quero, pois, através da coluna, render minha homenagem e lhes dar meus agradecimentos pelo seu trabalho;

Quarta: Eu ouvi, mas não levei muito a sério, as palavras da representante da RGE na Câmara de Vereadores. Disse ela que “muitas vezes a falta de energia se deve à vegetação”, referindo-se a galhos de árvores que tocam na fiação;

Quinta: Será mesmo? A RGE tem empresas contratadas para podar árvores que prejudicam a fiação – e, não raro, o fazem sem qualquer critério técnico -, pelo que a justificativa não tem guarida fática;

Sexta: E a privataria da CORSAN segue o rumo desejado pelos “de sempre”, ignorando os males que advirão com isso. Será que empresas privadas terão prioridade com a vida das pessoas ou com seus lucros? O que você já fez para impedir essa excrescência? Se comunicou com os deputados? Ou vai esperar para ver como ficará?

Sétima: Enquanto alguns “celebram” o aumento do PIB, os que catapultaram seus preços têm frouxos de riso. Já os que PAGAM os impostos devidos, veem a arrecadação aumentar em 100 bilhões e o governo se vangloriar disso, ignorando o quanto se deve ao AUMENTO os preços;

Oitava: O IMPOSTÔMETRO registrava ontem ao meio-dia, a arrecadação de R$ 1.488.375.729.918,24. Já o SONEGÔMETRO atingia R$ 362.456.184.833,00. Isso em sete meses. Tirem suas conclusões;

Nona: Neste final de semana poderemos ter uma ideia de até onde podem chegar Grêmio e Inter no Brasileiro. Claro que a situação do Grêmio requer mais cuidados e atenção. A conferir!