JANTAR SOB AS ESTRELAS

Provavelmente, o ou os idealizadores do “Jantar sob as Estrelas” não imaginavam que o evento atingiria os patamares fantásticos do último sábado. Uma noite agradável, temperatura elevada para os padrões bento-gonçalvenses e uma multidão que superou todas as mais otimistas expectativas. Esperavam algo em torno de vinte mil pessoas. Pois eu entendo que havia mais de trinta mil pessoas nas ruas Herny Hugo Dreher e avenida Planalto. Claro que todas as ruas transversais estavam completamente tomadas por veículos estacionados.

O PROBLEMA

Mas (sempre haverá um “mas” num evento de tamanha magnitude), como não diferente não poderia ser, aquela multidão que lá compareceu enfrentou problemas com a alimentação. O esforço imenso que se percebia nos estabelecimentos de gastronomia multiplicou-se em dificuldades para atender a demanda exigida por tanta gente. Entendo – e, claro, é meu parecer pessoal – isso poderia ser resolvido se houvesse a possibilidade de se reservar e comprar antecipadamente e escolher, assim, o local onde se quer jantar. É só um pensamento meu. De qualquer forma, há que se cumprimentar todos os envolvidos na organização do evento e os estabelecimentos que se associaram para o levar a bom termo.

SEGUEM OS AFOGAMENTOS

Há muito tempo estou argumentando isso, mas não cansarei de repetir. Todos os anos, na época de veraneio, os afogamentos em rios, lagos, lagoas, arroios, açudes e, principalmente, NO MAR, ocorrem muitas mortes por afogamento. A esmagadora maioria das vítimas são homens que gostam de desafiar os imensos e sabidos perigos do mar. Penso que, por isso, quem não toma os devidos cuidados, todos insistentemente repetidos pelas autoridades e meios de comunicação, deve PAGAR “Taxa de Salvamento” quando utilizar os serviços de guarda-vidas, os quais são pagos por toda a população.

POR QUE TODOS PAGAM?

Milhões de pessoas estão no litoral, banham-se no mar e não precisam dos guarda-vidas. Não é justo, portanto, que tenhamos que arcar com esse ônus. Sempre que alguém precisa usar um serviço público exclusivo, a lei manda pagar por ele. E um salvamento, que ocorre por culpa exclusiva de alguém descuidado, deve ser pago por quem o utiliza. Esse é o meu entendimento, obviamente, mas é, também, o de muita gente.

OS JUROS

O Brasil está pagando juros absurdos com o patamar atual da SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia). A SELIC é o balizador de quanto o governo paga de juros pelo dinheiro que pede emprestado ao mercado. O Banco Central é quem determina o percentual da SELIC, valendo-se dela para controlar a inflação. Para definir a SELIC, o Banco Central observa o comportamento do IPCA que, se ficar fora da meta, faz com que o BC tente frear o consumo tornando o crédito e os juros mais caros.

OS JUROS II

Sempre houve uma grita generalizada reclamando da SELIC, notadamente no meio empresarial, que precisa de juros “decentes” para poder investir na produção. Causa espécie, pois, que, agora, com a SELIC a 13,75%, aquela grita esteja minimizada. Os mais de 500 bilhões de reais que o governo pagou de juros no ano de 2022 arrombou todos os “tetos de gastos” possíveis e imagináveis. Mas, a preocupação é com os 140 bilhões que serão aplicados no Bolsa Família em 2023. Não, não tente entender tudo isso. O Brasil não é para amadores. É só para que tem milhões de dólares investidos no exterior.

VAMOS ENTENDER?

Sem dúvidas, o viaduto de acesso ao bairro São João era absolutamente necessário, diante das imensas dificuldades que enfrentavam os moradores. Sim, tal acesso deveria ter sido feito bem antes, até mesmo porque o estádio Montanha dos Vinhedos, com a realização de jogos do Esportivo, assim o exigia. Mas, eis que o tal viaduto (chamado por muitos de “túnel”) foi construído, depois de muitos percalços, aditivos, remarcação de prazos, etc., etc., etc.

ERRARAM? QUEM ERROU?

Concluído, já sofreu questionamentos por “possíveis erros de engenharia”, até mesmo por quem nem sabe o que é “engenharia”, mas via os “erros. Porém, em pouco espaço de tempo, o viaduto sofre alagamentos motivados por chuvas torrenciais. Erros de engenharia? Erros de avaliações? Erros por problemas de “competência”? Essas respostas precisam ser dadas para a população que é quem PAGOU essa conta.