EXEMPLO NÃO SERVIU?

Desde o momento em que foi inventado o pedagiamento de rodovias no Rio Grande do Sul pelo então governador, acompanhei de perto todo o processo. Começou pelos editais que considerei absurdos sob todos os aspectos: tempo de duração, 15 anos; fechamento das principais cidades; pouquíssimas exigências para cumprimento das felizes concessionárias; VALOR já definido nos editais, enfim, um festival de coisinhas que DEVERIAM ser questionadas com veemência. Mas, claro que os “pedagiatistas” (defino assim os que defendem com unhas e dentes os pedagiamentos, pouco importando os seus detalhes) de plantão aprovaram, COM LOUVOR, todos os absurdos que surgiram na época.

CLARO QUE NÃO!

Mesmo com o escancaramento de que o “modelo” não foi benéfico em nada para os PAGADORES DE PEDÁGIOS, os “pedagiatistas” (contando até com o apoio de setores bem identificados da imprensa) continuaram mantendo suas posições. Nem vale a pena comentar o pedágio da praça entre Farroupilha e Caxias para não ter problemas estomacais. Os quinze anos de saques chegaram ao fim. Mas, claro, os defensores da tese de que “o governo não tem competência nem dinheiro para manter as rodovias” estavam sempre de plantão e tão logo o governo Leite anunciou o fim dos pedágios comunitários (eram 14) os “pedagiatistas” já estavam a postos para “garantir” o pedagiamento, aparentemente pouco importando o modelo total.

PARA ELES “O BOM” É O QUE DEFENDEM!

Nunca essas “lideranças representativas” tiveram a iniciativa de COBRAR do governo o montante arrecadado pelos pedágios comunitários e nem o destino dado. Importava, pelo que se via, era “aprovar o modelo com rapidez”. Sequer o tempo, TRINTA ANOS, foi debatido (pelo menos a imprensa não mostrou que houve debate). Em 1º de fevereiro de 2023, rodovias da região da serra foram entregues à feliz concessionária, obviamente depois de feito o reparo da RS-122 nos moldes em que deveria ESTAR SEMPRE e, também obviamente, COM A AUTORIZAÇÃO DE AUMENTO NA TARIFA DE R$ 6,50 PARA R$ 11,90 em Portão. Para QUEM foi “bom” isso?

“E AGORA, JOSÉ”?

Bem, desde 1º de fevereiro, praticamente OITO MESES de arrecadação a R$ 11,90, o que foi feito na RS-122, RS-446 e parte da BR-470 (Carlos Barbosa-acesso ao Vale dos Vinhedos)? Eu respondo, por ter visto ao vivo e a cores: cortaram capoeira ao lado da RS-446 e limpeza de valetas também na RS-122 e… Mas, o que arrecadaram nesses OITO MESES não daria para fazer um pouco mais? Ah, sei, “não está no contrato”! É isso? Será que o contrato NÃO DEVERIA EXIGIR início imediato das obras prometidas? Claro que não, né? Então, nosso caro “José”, figura ilustrativa que caracteriza o cidadão, pacífico pagador de impostos e pedágios, ficará sempre sem respostas.

ABSURDO E FALTA DE RESPEITO!

Aliás, não é só assim que se pode e deve qualificar o que vivi nesta terça-feira, retornando de Porto Alegre, às 22h30min. Chovia muito quando entrei na RS-240 no bairro Scharlau, em São          Leopoldo e aí começou o meu drama e, COM CERTEZA, a de TODOS os que transitavam ali e, depois, na RS-122, após o posto de pedágio de Portão. A RODOVIA ESTAVA (e, certamente, AINDA está) COM SINALIZAÇÃO DIGNA DE UMA RODOVIA DE INTERIOR DO ESTADO, DE CHÃO BATIDO, SEM A SINALIZAÇÃO QUE É DETERMINADA PELO CÓDIGO DE TRÂSITO BRASILEIRO. Desde o pedágio até São Vendelino, transitei a menos de 30 km/h porque queria corre o mínimo risco de morrer num acidente.

ALÔ, “AUTORIDADES COMPETENTES”!

Sim, questiono (certamente em nome de todos os que são OBRIGADOS a transitar por essas rodovias) as AUTORIDADES porque nós, cidadãos mortais muuuuittoooo comuns, estamos relegados à própria sorte. A QUEM CABE EXIGIR DA CONCESSIONÁRIA QUE FAÇA A SINALIZAÇÃO DEVIDA, para não colocar em risco a vida dos que PAGAM O PEDÁGIO DE R$ 11,90? A QUEM CABE FISCALIZAR o que a concessionária está DANDO EM TROCA de um pedágio com 83% de AUMENTO? Estão esperando o quê? Que uma tragédia aconteça para toma medidas? Ah, sim, e na RS-446 havia CERRAÇÃO, tornando ainda mais perigoso o tráfego. E então? O que se pode esperar? Alguma atitude ANTES de alguma ou várias mortes ou acidentes que detonem patrimônios? E aí?

ÚLTIMAS

Primeira: Penso que uma boa maneira de fazer com que tomem atitudes no sentido de exigir rodovias em boas condições, seria OBRIGAR os responsáveis pela entrega das rodovias e os responsáveis pelas praças de pedágios transitarem por essas rodovias à noite, com muita chuva e cerração, em seus próprios carros, junto com seus familiares;

Segunda: Quem sabe se sentirem na própria pele o que os usuários pagadores de pedágios sentem, como eu e muitos sentiram, na terça-feira, faça com que avaliem a que estão submetendo os que PAGAM a caríssima tarifa de pedágio;

Terceira: Se nada for feito para coibir as ações de verdadeiros imbecis, repassadores de FAKE NEWS, que eram considerados apenas “inocentes úteis” (agora nem tão “inocentes”), os absurdos continuarão se proliferando, muitos impunemente, no esgoto chamado “redes sociais”;

Quarta: É surreal que esses inconsequentes, SEM CHECAR, repassem coisinhas de cunho político-partidário, cujo objetivo único é tumultuar, atacar pessoas e ações. Já é mais do que hora de se mostrar, claramente, a diferença entre LIBERDADE DE EXPRESSÃO e IRRESPONSABILIDADE DE MANIFESTAÇÃO;

Quinta: Existem seres que estão anos-luz distantes dos seres humanos. São os trastes, que se aproveitam das desgraças dos outros – como a enchente que assolou cidades, casas, empresas, pessoas, etc. – para externar seus espíritos de VERDADEIROS BANDIDOS, saqueando bens das vítimas;

Sexta: Será que as chamadas “autoridades competentes” não poderiam tomar alguma atitude para coibir as ações dessa gentalha, ladra por excelência?

Sétima: Notícias (ou fake news?) dão conta de que doações e auxílios às vítimas da tragédia estão com controle e distribuição deficiente e isso tem sido alvo de desinformações. O controle deveria ser prioritário, não?

Oitava: E Caxias do Sul, mais uma vez, dando exemplos. Ruas e avenidas estão recebendo o chamado “CERCAMENTO ELETRÔNICO”, inclusive com câmeras que possibilitam CONTROLAR A VELOCIDADE dos veículos, possibilitando que infratores sejam multados. Aqui, em Bento, poderíamos substituir os famigerados e ilegais quebra-molas por esse sistema de câmeras ou não?

Nona: Entra ano e sai ano com a dupla grenal se mantendo distante do título do Brasileirão. Rio de Janeiro, São Paulo e Minas dividem os títulos. Clubes do tamanho da dupla não podem ficar SEMPRE só cumprindo tabela e querendo vaga na libertadores. Certo?