Reformas?

Sim, essa pergunta é pertinente e é de vital importância a obtenção da resposta. Se fala em “reformas” no Brasil há muito tempo, mas quem questiona “quais reformas e por quê?” As pautas abordadas há alguns poucos anos foram essas: reforma trabalhista, reforma previdenciária e reforma administrativa. E o que se viu? Arremedos de reforma trabalhista, com a promessa de que “mais empregos” seriam criados (quantos o foram ANTES da pandemia?), que, na verdade, só tolheu direitos trabalhistas constitucionais. E a previdenciária? Bem, essa foi de provocar frouxos de riso até mesmo aos mais mal humorados. Foi ridícula! Ah, sim, e tem a “reforma tributária”, outra falácia.

Para quê e para quem?

A tal de reforma previdenciária foi para “inglês ver”, ou seja, uma farsa inominável. Simplesmente trucidaram com a possibilidade de milhões de brasileiros poderem se aposentar, enquanto tiveram “o cuidado” de preservar a previdência para o funcionalismo público (medo do corporativismo?), notadamente para os militares. Os atuais funcionários não serão atingidos pelas reformas trabalhistas nos Estados e no governo federal. Então, ficou claríssimo que as tais de “reformas” tiveram como alvo o IGNARO POVO BRASILEIRO, com nítida preservação das “castas privilegiadas”. Até mesmo os “barnabés” (funcionários públicos que ganham pouco) foram atingidos. Para quê e para quem, mesmo, fizeram as tais de “reformas” até agora?

A nova pauta

Essa é de provocar barrigadas de risos a qualquer pessoa, mesmo de mediana inteligência. A “REFORMA TRIBUTÁRIA” é a nova grande piada nacional, a começar pela do Rio Grande do Sul. Como se fala em reforma tributária ANTES de se fazer uma ampla, total e irrestrita REFORMA ADMINISTRATIVA? Conversei esta semana com o empresário ANTON KARL BIEDERMANN, criador a Diehl, Biedermann & Bordasch, empresa de auditoria. Foi presidente da Federasul por sete anos (de 1990 a 1996). Também dirigiu o conselho de administração do Sebrae (de 1997 a 1999). A partir de 1998, presidiu, por 10 anos, o Conselho de Administração da Polo-RS. Tudo isso além de, aos 96 anos, ser um exímio nadador, tendo conquistado mais de CEM medalhas e ser recordista mundial de natação. Impressionante a lucidez de Biedermann, um homem além do nosso tempo.

Anton Karl Bierdermann

E foi ouvindo Biedermann que tomei conhecimento de assuntos de relevante importância. Contou-me ele que tinha em mãos o original de um trabalho realizado para a FIERGS no início dos anos 70, pelo renomado e saudoso professor Guilherme Moojen, que foi alto funcionário da Secretaria da Fazenda. A denominação do estudo é “Estudo Conjuntural do Estado do Rio Grande do Sul”. Pois já em 70 Moojen escreveu, após profunda análise do problema previdenciário estadual que atingia, pasmem, a “elevadíssimos” 12% da folha e conclui com sugestões que arrepiariam qualquer político hoje. Viram o que Biedermann falou?

Anton Karl Bierdermann II

E Biedermann continuou dizendo que “Eu mesmo, como Presidente da FEDERASUL na década de 90, mostrava que esse índice já atingia a 30%. Hoje representa um valor maior do que a própria folha”. Como se constata, o crescimento da folha do funcionalismo foi em proporções geométricas, mercê de ações impensadas e inconsequentes de sucessivos governos. Agora, fanáticos político-partidários querem porque querem NOMINAR um ou dois governos atribuindo-lhes a “culpa” pela “falência do Estado”. Ora, estou escrevendo há décadas sobre isso e apontando esses desmandos. Já em 1982, quando antonio brito foi ministro da previdência e inventou aumento de 8% nos combustíveis para “custear o INPS”, escrevi que era paliativo e que não resolveria o problema. Está escrito, indelevelmente.

Reforma Tributária?

Se falar em “reforma tributária” sem “reforma administrativa” consistente, que REDUZA SUBSTANCIALMENTE custos e DESPESAS da União, Estados e municípios é tentar secar gelo. Biedermann também pensa assim e defende isso desde a década de 70. E tudo o que foi escrito acima tem mais de 50 anos. Biedermann continua dizendo que “Imaginem só quanta incompetência e demagogia predominaram na administração e na política de nosso Estado em todo esse longo período?”. Tenho a certeza de que milhões assinam embaixo do que Anton Karl Biedermann disse e escreveu. Eu sou um deles.

Últimas

Primeira: Flávio Bolsonaro, o 01, tem decisão de juíza que impede divulgação pela Globo de documentos obtidos junto ao Ministério Público sobre os crimes de peculato (conhecidos como “rachadinhas” ultimamente);

Segunda: A “revolta” de alguns pela “LIBERDADE DE EXPRESSÃO” é só para os blogueiros “chapa branca” divulgarem fake news, ofenderem, agredirem atacarem “adversários” ou “inimigos”.  Ou não?

Terceira:  Seguem as fraudes no auxílio emergencial e no bolsa família. Num país assim, o que se pode esperar? Que todos os políticos sejam honestos?

Quarta: Tramita projeto de lei que pune os corruptos de empresas privadas também. Os empresários poderão processá-los ao invés de “só demiti-los para não se incomodar”;

Quinta: E os pardais multadores retornam às rodovias. E serão aferidos pelas próprias empresas que os alugaram para o Estado. “Pode isso, Arnaldo?”

Sexta: Encerra neste dia 15 o prazo, aos que quem tem cidadania italiana, para votarem no Referendum Constitucional. Votam SIM, se concordam com a aprovação da redução de parlamentares na Itália e votam NÃO, pela permanência do número atual;

Sétima: A eleição se dá pela cédula já recebida por quem tem a cidadania. As informações são de Airton Giovaninni, que é cidadão italiano. Pena que, no Brasil, não se tenha referendum semelhante, não?

Oitava: Volta de público nos estádios, sob o argumento de praias lotadas e outras aglomerações? Será mais uma forma de aglomerações, mesmo com medidas restritivas?

Nona: A dúvida atroz é: “seguir o líder momentâneo” ou “seguir o campeão”. Menos mal que o critério é decisão individual. Quem está certo? A conferir!