Então, tá!

Por vezes chego a pensar que existem pessoas que julgam todas as demais como se fossem toupeiras, sem cérebro, alienadas mentais. Esta semana me pareceu que isso foi explicitado na imprensa escrita regional, Jornal Pioneiro, que publicou opiniões de pessoas DIRETAMENTE interessadas na defesa dos pedágios que nos foram – e ainda serão, pois faltam alguns a entrarem em funcionamento – aplicados. Pois essas pessoas, entre elas o diretor da concessionária, foram categóricas em afirmar que tudo está em perfeitas condições contratuais e que os usuários estão recebendo o que pagam e pagarão. Então, tá, né?

Mas…

Mas… quem autorizou essas “lideranças” a falarem pelos usuários, que são os que PAGAM as tarifas? Na década absurda de 1990, tivemos um festival de pedagiamentos que aqui, nesta despretensiosa Coluna, denunciei, protestei, avisei dos problemas que o tal de “sistema” causaria a TODA a população. Ouvi criticas contundentes aos meus posicionamentos e opiniões, até mesmo dos que NUNCA tiveram a preocupação de VER, ANALISAR o processo todo. “Casualmente”, não demorou muito tempo para TODOS verem o absurdo que nos foi enfiado goela abaixo. E na época, como agora, diziam que “PREFIRO PAGAR e transitar em rodovias boas”, como se isso não fosse OBRIGAÇÃO dos governos em retorno para a montanha inacreditável de impostos que o coitado do proprietário de veículo paga.

Por que pedagiar?

Devo lembrar, mais uma vez, que os governos construíam rodovias usando o que pagávamos como TAXA RODOVIÁRIA ÚNICA. A BR-470, a RS-453 e milhares de outras Brasil afora – que tal citar a Rodovia dos Imigrantes, dos Bandeirantes, a Via Anchieta, a BR-101, a BR-116 – foram construídas e MANTIDAS sempre com os IMPOSTOS OS CONTRIBUINTES, SEM PEDÁGIOS. Mas, eis que surge um “jênio” e inventa mais uma forma de meter a mão COM FORÇA, no bolso dos otários proprietários de veículos e, por extensão, no da população toda: O PEDÁGIO. Para isso, a “fórmula infalível” foi inventada junto, ou seja, deixar as rodovias importantes serem sucateadas, justificando, assim, o “não há dinheiro para a manutenção, teremos que pedagiar”.

E agora, José?

Bem, agora que a maioria das tais de “lideranças” apoiaram esse “novo” sistema de pedagiamento, com tarifas absurdas e totalmente fora do contexto (vejam os valores que se paga em Santa Catarina, por exemplo), resta ao otário pagador de impostos incluir mais R$ 44,40 (isto se não houver algum “ajuste” ou “recomposição de margem”) no seu orçamento, inclusive nos demais gastos que sofrerão o impacto dessas tarifas (alguma dúvida de que transferirão para os preços esses valores?). Assim, cada vez que formos para São Leopoldo, 88 km, sabemos que nos extrairão do bolso R$ 0,50 (aproximadamente) por quilômetro rodado. Ah, sim, com o aumento inicial de mais de 83% na tarifa de Portão, a concessionária executou alguns serviços básicos de manutenção, os quais DEVERIAM ter sido feitos pelo governo, mesmo com a tarifa de R$ 6,50 cobrada só na ida. Agora, José, PAGUE!

O que é “informação”?

Claro que isso “depende”. Sim, depende de QUEM a dá e com que intenção. A imprensa oficial, profissional, legalmente estabelecida, que tem na informação a sua única “mercadoria”, fornece a informação com todos os requisitos necessários, principalmente a VERDADE para poder ter CREDIBILIDADE e, assim, sobreviver. A outra “imprensa”, a das redes sociais, só tem UMA obrigação: divulgar o que convém a si ou a terceiros que remuneram ou são “simpáticos” a quem “informa”. Dispensável dizer-se que divulgar MEIA-VERDADE é MENTIR por inteiro. E o que se tem visto nos últimos anos, nas redes sociais e, mesmo, de quem emite “opinião”, é isso mesmo: mentiras totais e meias-verdades. Por isso é que sempre desafiei a quem quiser aceitar: desmintam o que comento na Coluna, se puderem. Meu e-mail está acima e divulgarei o “desmentido”.

Celular nas escolas?

Pois é, sou do tempo em que lecionar tinha um professor na sala de aula que exigia a atenção dos alunos. Lecionei por 25 anos e jamais tive problemas disciplinares e tive centenas de alunos que frequentavam as aulas com um único objetivo: APRENDER! Claro que tive o privilégio de lecionar até quando inexistia internet e smartphones. Atualmente, os professores se veem impotentes diante desse elemento e diante dos “direitos” dos alunos. Menos mal que já estão dando um jeito nisso, pois no Rio de Janeiro os celulares foram proibidos em salas de aula. E o serão no mundo todo, certamente.

Últimas

Primeira: Nenhum sinal de que saberemos, por informação espontânea da Prefeitura, o valor arrecadado e o que é pago mensalmente a título de iluminação pública. Esperemos! Afinal, dizem que “quem espera, sempre alcança”, não é mesmo?

Segunda: E a balsa chegou em Santa Bárbara! Logo estará funcionando, possibilitando que milhares de pessoas não precisem dar uma volta imensa;

Terceira: Mas – sempre há um “mas” – será que a balsa não acarretará uma certa acomodação na urgência de construção de nova ponte? Dentro de minhas projeções, afirmei, logo após saber do desastre, que só depois de 2030 teríamos nova ponte. Espero errar, para menos, essa previsão;

Quarta: A população brasileira está vendo um recrudescimento, uma escalada preocupante na criminalidade. E não há prisões para se colocar tantos marginais. Aquela do “a policia prende e a justiça solta” tem razão de ser. Prender como? Nas mesmas celas que bandidos de alta periculosidade? Precisamos é de mais algumas centenas de presídios, certo?

Quinta: E quem não está saturado de ouvir que “os governos têm que gastar melhor e menos do que é arrecadado”? O detalhe, “interessante”, é que ninguém diz COMO e no QUÊ é preciso “gastar menos”. Aliás, TODOS sabem, mas raros ou ninguém têm a coragem de dizer e muito menos de FAZER;

Sexta: É óbvio-ululante que até o asfalto deteriorado do bairro Barracão sabe que o Brasil precisa de uma ampla, total e irrestrita REFORMA ADMINISTRATIVA – e isso desde 1964 -, e que só assim o “gastar menos” seria viável. Mas, QUEM apoiará e fará tal reforma? Pois é…

Sétima: Já é mais do que hora de serem tomadas medidas drásticas, pelas autoridades, contra a intolerância e violência, originárias de extremistas políticos ou do futebol. Brigas com mortes são verificadas em confrontos de torcidas e de fanáticos por políticos e/ou partidos. Até quando veremos isso tudo, sem leis fortes para punir os envolvidos?

Oitava: Depois de se ver o Inter contratar muitos reforços para o time, chegou a vez do Grêmio. Se os reforços derem a resposta esperada, certamente teremos um bom ano para a dupla Grenal, né?