Que leis são essas?
Esta semana, em Piraquara, cidade satélite de Curitiba, Paraná, um adolescente esfaqueou a professora em sala de aula. Foram dezesseis estocadas em várias partes do corpo, sendo que a primeira perfurou seu pulmão. Estamos vivendo todos os reflexos de uma legislação pífia, nojenta, escabrosa, que está acabando com todas as basilares estruturas de uma sociedade civilizada que se preze. E, insisto, tudo graças a uma constituiçãozinha vagabunda, elaborada por políticos dentre os quais havia centenas que tinham um único objetivo em mente: impedir que voltássemos ao domínio de governo militares. Em 1988, o temor disso era latente. E a maioria dos constituintes pensou tão somente em si, não no Brasil e no seu povo. O resultado foi essa colcha de retalhos que aí está. Dela brotaram verdadeiras excrescências como o Estatuto da Criança e do Adolescente – o famigerado ECA -, cujas consequências são essas que se veem nas escolas. E que leis são essas?

O que virá, agora?
Professores espancados, agredidos em salas de aula já se tornaram rotina. Danos aos carros e ao patrimônio das escolas são uma constante. E o que se vê? Que punição recebem esses verdadeiros bandidos juvenis? Não raramente recebem o apoio dos pais e, até mesmo, de algumas autoridades. Temos novelas em horários impróprios que estão destroçando o pouco que restou das estruturas familiares. Sim, a família, que era conhecida como “A CÉLULA MATER DA SOCIEDADE” está dando seus últimos suspiros. As minorias estão impondo suas “verdades” de tal maneira que, brevemente, será difícil distinguir o que é certo e o que é errado no convívio social. Traições, patifarias, enganações, tudo está inserido nessas novelas que são assistidas por crianças e adolescentes, sob o olhar conivente de pais, cujo cômodo pensamento é: “os tempos mudaram”. O que virá agora? É absolutamente imprevisível. Mas, previsível é pensar-se que coisa boa não será.

Operação saúde
Quem já não ouviu dizer ou comentou o “caos da saúde no Brasil”? É diuturna essa conversa. Poucos, porém, procuram saber se é, realmente, de total responsabilidade de prefeitos, governadores e da presidência isso tudo. Asseguro que jamais, em tempo algum, a União, o Estado e os municípios (esses, com exceções) investiram tanto em saúde como nos últimos anos. São bilhões de reais destinados à saúde. Mas, a gestão da saúde está a cargo dos municípios. Pois a polícia federal começou, há três anos, aproximadamente, uma ação que foi denominada “Operação Saúde”. Mais de 300 municípios foram flagrados em falcatruas com medicamentos, sendo 119 (é cento e dezenove, mesmo, ou seja, quase 24% do total do RS) só no Rio Grande do Sul. O governo federal destina verbas para os remédios e cabe aos municípios adquiri-los através de concorrências públicas. Como sempre, a patifaria campeia solta nesse país.

Operação saúde II
Esses corruptos que serão indiciados – mais de mil, sendo duzentos responsabilizados por vários crimes -, fraudavam licitações de todas as formas possíveis e impossíveis. A PF apontou que boa parte das compras de remédios DISTRIBUIDOS GRATUITAMENTE PELO GOVERNO FEDERAL eram fraudadas. O conluio envolvia DISTRIBUIDORAS de medicamentos e FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS. A PF examinou duas mil e trezentas licitações em todo o Brasil, sendo a maioria no Rio Grande do Sul. Auditorias da Controladoria Geral e Tribunal de Contas da União e estaduais serviram de base para a Operação Saúde. A combinação entre distribuidoras e funcionários públicos era a prática, além de superfaturamento e não entrega dos remédios comprados pelas prefeituras com o dinheiro recebido do governo federal. Até mesmo remédios prestes a ter sua validade vencida eram vendidos e recebidos nas prefeituras. Há suspeitos indiciados mais de 50 vezes – acredite! – por crimes diversos. Só imagino quanto mais, além disso, é desviado, roubado da SAÚDE dos brasileiros. E só culpam os políticos! Pobre Brasil!

Entrevistas fantásticas!
Emissoras de televisão estão promovendo entrevistas com candidatos à presidência da república. Muitos acham que o candidato pelo qual nutrem simpatia “se saiu muito bem” e “os outros só enrolaram”. Normal! É próprio da política partidária. Mas, quem assistiu a essas entrevistas SEM envolvimento partidário deve ter notado que nenhum deles assume compromissos diretamente. Criticam e apontam problemas que até os urubus dos lixões irregulares espalhados pelo Brasil afora sabem de sua existência. Só não dizem é COMO, QUANDO e COM QUE DINHEIRO os resolverão. Sobre a economia brasileira, então, os papos ultrapassam qualquer noção do ridículo, do bom senso e dos fatos concretos. Confesso que acho muito divertidos os programas eleitorais e as entrevistas. A caradura de muitos candidatos aos diversos cargos é impressionante.

O que é pior?
Sim, sei que depois de proceder a uma redução considerável nos preços da energia elétrica em janeiro de 2013, houve, agora, aumento também considerável. Mas, por que tal aumento foi aplicado? Simples: o custo da energia gerada pelas termelétricas é alto, bem maior do que o das hidrelétricas (“gigoleada” nos rios para beneficiar grandes empresários). Só que a estiagem que assola toda a região sudeste e boa parte do restante do país, onde estão localizadas as principais usinas hidrelétricas provocou significativa redução na geração, obrigando a acionar, com toda a força, as termelétricas. A pergunta é, portanto: O QUE É PIOR? FICAR SEM ENERGIA ou PAGÁ-LA MAIS CARO? Tivemos muitos apagões a lamentar. A resposta está com cada brasileiro. É só avaliar.