A “justissa” prevaleceu!

Para não haver dúvidas de que a “justissa” praticada no STF é igualitária, não partidária, isenta, moral, ética, etc, nesta quinta-feira oito ministros votaram pela remessa da Ação Penal nº 536, o “mensalão do PSDB mineiro”, para a primeira instância da justiça de Minas Gerais. O indiciado, ex-governador de Minas e que renunciou ao mandato de deputado federal recentemente, perdeu, pela renúncia, o “direito” ao julgamento em “foro privilegiado”, ou seja, pelo Supremo Tribunal Federal. De parabéns a “justissa” do STF. Afinal, a determinação constitucional do “foro privilegiado” foi atendida por oito votos a um. Somente Joaquim Barbosa votou contra, entendendo que a renúncia dele foi um “deboche” ao STF. Agora só falta aparecerem “entendidos” por aí para protestar contra a decisão do STF, só porque houve dois pesos e duas medidas em relação ao “mensalão petista”. “Justissa é justissa” e ponto final. Bom não esquecer que “decisão judicial não se discute, a menos que seja contrária ao que pensamos ou aos nossos interesses”. Certo? Bom ironizar, de vez em quando, não? Ah, sim, a Coluna está aberta a contestações, certo?

Aumentar impostos?

Pois é, estão cogitando da possibilidade de haver aumento de impostos para cobrir custos com a energia elétrica mais cara, gerada pelas usinas termelétricas, já que as hidrelétricas estão tendo problemas com a estiagem na região sudeste, notadamente. Apesar de não ter havido racionamento de energia elétrica como na década de 90 e em 2001, os “experts” acham que teremos problemas. A Revista Veja, em 16 de maio de 2001, edição número 1.700, publicou, em matéria ampla, sob o título “BLECAUTE”, na véspera do racionamento, o seguinte texto: O Brasil tem um encontro marcado com o caos. No dia 1º de junho começa o plano de racionamento de energia. Primeiro serão atingidos os Estados do Sudeste, do Centro-Oeste e do Nordeste. Depois, a partir de agosto, podem entrar no apagão os Estados do Norte e do Sul. Plano de racionamento foi a expressão elegante que o governo encontrou para referir-se a um blecaute que vai apagar as cidades brasileiras por três, quatro ou cinco horas – todos os dias. Muitos devem estar lembrados do que aconteceu com a economia brasileira, como um todo, naquela época.

Será preciso²

A preocupação manifestada na Revista Veja em 2001 tinha motivos. No texto da reportagem ficou claro. Diz na matéria da Veja: “O Brasil sempre foi a terra da energia abundante e barata. As pessoas se acostumaram tanto com essa fartura que nunca passou pela cabeça de ninguém que seria preciso mandar a sociedade apagar a luz. Muita gente sabe o que é um apagão. Em 1999, o país sofreu o blecaute mais abrangente e prolongado de sua história. Dez Estados e o Distrito Federal ficaram sem luz por quatro horas entre 10 da noite e 2 da manhã. O trânsito parou nas maiores cidades, os bombeiros receberam centenas de chamados de pessoas presas em elevadores e houve acidentes.” Como se pode constatar, o problema foi beeeemmmm mais sério do que o atual, quando faltou energia não por falta de geração ou distribuição, mas por motivos pontuais. O problema maior da estiagem foi a necessidade de gerar energia nas usinas termelétricas, o que é bem mais caro do que as hidrelétricas. Mas, pelo menos não faltou energia. Até agora, pelo menos.

Mas, não do que querem!

Pois é, mas o custo maior da energia das termelétricas precisa ser arcado por alguém. Como o Governo Dilma reduziu consideravelmente o preço da energia elétrica no ano passado, reluta, agora, em repassar o custo maior, até mesmo em razão da inflação que provocaria. O que fazer então? O povo quer “retorno dos impostos que paga”, certo? O governo arcar com o ônus da energia mais cara é uma forma, certo? É o que o povo quer. Mas, conter o preço dos combustíveis e da energia requer muito dinheiro. Que não está tão abundante assim. Nunca esteve, aliás. Por isso, aumentar alguns impostos pode ser a saída a ser utilizada. Mas, por que aumentar impostos da cerveja, refrigerantes, etc? Esta é uma ótima oportunidade de aumentar o imposto sobre o cigarro. Sim, sobre o cigarro. Afinal, os males que causa à saúde são custeados por todos nós e FUMA QUEM QUER. O momento é propício para aumentar esse imposto para custear a energia elétrica mais cara. E ver reduzido o consumo do cigarro e as necessidades de atendimentos de saúde. Ou não?

Nossas calçadas

Comentei sobre o estado precário em que se encontravam determinados pontos da Via Del Vino. Lajotas soltas, quebradas, colocando em risco a integridade das pessoas que por ela transitam, inclusive bem próximo ao prédio da Prefeitura. Pois bem, recebi várias ligações de pessoas satisfeitas, dizendo que reparos foram feitos. É a resposta que a Municipalidade deve àqueles que pagam impostos para dispor de passeios públicos em boas condições. É preciso, agora, que os órgãos responsáveis da prefeitura confiram o estado de todas as calçadas da cidade, notadamente aqueles por onde transitam o maior número de pessoas. Em frente ao Shopping Bento, por exemplo, eu vi uma senhora idosa cair ao tropeçar em lajotas soltas e quebradas. A notificação já foi feita? A prefeitura fará os reparos e cobrará dos prédios responsáveis? A conferir.