No público é assim
Indiscutivelmente, todos devem ganhar bem pelo seu trabalho. Normalmente, porém, os que ganham bem, mesmo, são poucos e não é difícil saber quem é. Os parlamentares, por exemplo, ganham muito bem porque são os próprios que se fixam os salários; funcionários ligados a parlamentares ganham, via de regra, bem mais do que poderiam auferir se estivessem na iniciativa privada; funcionários públicos de alto escalão ou de “bom QI” (Quem Indica) riem sozinhos quando veem o crédito do salário em suas contas bancárias; Outros, graças a chicanas, conseguem burlar a Constituição recebendo mais do que o limite máximo legal. Tudo isso está ligado à coisa pública, não interferindo, pois, nos índices inflacionários.

Mas no privado…
Pois é, no sistema privado o papo é outro. Os ganhos de trabalhadores, em todos os níveis, são amplamente controlados e mantidos dentro de um patamar pré-estabelecido e regrado pela lei da oferta e da procura. Ganham mais os que melhor exercem suas funções, pela qualificação profissional e cuja procura no mercado é maior. Há, todavia, categorias que detem maior poder de pressão por exercerem funções de interesse público, mesmo estando na iniciativa privada. Há categorias que sequer pensam em fazer greves por salários porque seu poder de pressão é praticamente nulo, na medida em que elas – as greves – afetariam setores de pouco interesse público. Mas, por isso, há categorias que tem muito poder de pressão. Os rodoviários, por exemplo, pararam a região metropolitana de Porto Alegre por 15 dias. E suas reivindicações têm efeito imediato sobre os índices inflacionários e reflexos nos ganhos de várias outras categorias. Portanto, não poderá haver nenhuma surpresa se os índices de inflação subirem mais do que o que se poderia esperar neste ano.

Isso também é custo
Já ouvimos muito falar em “Custo Brasil”, não é mesmo? E ele não é só composto pela alta carga tributária brasileira ou, mesmo, pelos entraves burocráticos, infraestrutura, etc. Temos que somar nesse custo todo o excesso de feriados municipais, estaduais e federais, além dos tais de “pontos facultativos”, que nada mais são do que um eufemismo para qualificar os “feriados” inventados no poder público de todas as esferas. O carnaval é um exemplo emblemático de “custo Brasil”. Não é feriado, mas o que se vê é indústria, comércio e prestação de serviços parados ou cumprindo meio expediente. Nos poderes públicos é “ponto facultativo”, feriado prolongado, portanto. Estranho que até agora não tenhamos visto quanto esse “feriadão” indevido, inventado de carnaval contribui para o “Custo Brasil”. Certamente, pouco não é.

E isso também
Impressionante o descaso que se vê aqui, na ERS-470, bem próximo do acesso sul da cidade. O asfalto entre o trevo da Pipa Pórtico e até uns 400 metros além do Posto da Polícia Rodoviária está uma vergonha. São ondulações absurdas que colocam até mesmo em risco a segurança do trânsito. Aliás, o trecho entre Bento e Carlos Barbosa é uma vergonha. Fazem operações tapa-buracos eventuais, mas a sinalização horizontal é ridícula, precaríssima. Não dá para entender como esse estado de coisas se prolonga por décadas. Entra governo, sai governo e pouco ou nada se vê na busca de soluções. Claro que a burocracia, as exigências legais contribuem para isso, mas, por favor, o básico, o elementar deveria ser feito sempre que necessário. E agora está mais do que necessário. Alguém resolverá, senhores do DAER?

Pobre Esportivo!
O Esportivo é, mesmo, azarado. Conseguiu ter uma diretoria, capitaneada por Luis Delano Ozelame, dedicada, trabalhadora, lutadora, que enfrenta com galhardia todas as dificuldades possíveis e impossíveis e que obteve méritos indiscutíveis. Conseguiu subir da segundona para a elite do futebol gaúcho e, agora, está mantendo as contas em dia. Mas, o que acontece? O primeiro jogo do ano, que deveria ser em casa, foi em Veranópolis porque o Esportivo teve que cumprir punição. Agora, quando luta heroicamente contra um novo rebaixamento e vence um jogo dificílimo contra o Veranópolis, alguns sem noção decidem agredir verbalmente, com palavras racistas, o árbitro. Que miudinha, meu Deus! Pobre Esportivo!

O que diz o POE
Mas, eis que ontem, sexta-feira, ao meio-dia, o Jornal Semanário publica em seu site – www.jornalsemanário.com.br – a informação oriunda do comando do Pelotão de Operações Especiais – POE -, dizendo “que policiais que estavam atuando no local identificaram os torcedores e que, ao final da partida, o árbitro foi interpelado se queria registrar ocorrência, mas Chagas não teria manifestado interesse, alegando que a situação estava tranquila”. E o Semanário publicou, também, que o comandante do POE mostrou preocupação com a repercussão e disse: “- Do jeito que a notícia está sendo divulgada, parece que o árbitro foi ameaçado e a Brigada Militar não fez nada”. Já o vice-presidente do Esportivo, segundo o Semanário, registrou ocorrência contra o árbitro por difamação. Como se vê, tudo precisará ser alvo de profunda investigação e avaliação. Enquanto isso me parece que o Esportivo não pode ser punido.

ÚLTIMAS
Primeira: Está sendo feita a demarcação da Faixa Seletiva no lado direito, sentido Rua Saldanha Marinho, da Rua Barão do Rio Branco. A partir do dia 10, segunda-feira, somente ônibus, táxis e vans poderão transitar por ela;
Segunda: Claro que TODOS os motoristas e motociclistas sabem que transitar por ela é infração de trânsito passível de multa e perda de pontos na carteira;
Terceira: E amanhã de manhã estará aberta a ciclofaixa, a partir das 9 horas. Ela abrange os trechos das Ruas Xingú, Carlos Flores e Herny Hugo Dreher, no Bairro São Bento e Planalto. Será exclusiva para bicicletas nos domingos e feriados, das 8 às 20h;
Quarta: E a prefeitura anuncia que somente no segundo semestre, se possível, fará a recuperação do asfalto nas ruas centrais;
Quinta: Quando começaram a asfaltar ruas sobre paralelepípedos, escrevi na coluna que estava sendo aberto um custo de manutenção constante. Era o óbvio-ululante;
Sexta: 612 mijões foram conduzidos às delegacias do Rio de Janeiro – 147 mulheres – por terem urinado na via pública. Pagaram R$ 157,00 de multa. Por que isso não vira LEI NACIONAL? Certamente os porcões procurariam sanitários;
Sétima: O que prejudica mais o Brasil? A roubalheira – de membros de TODOS os partidos – ou os “feriadões” inventados, como esse de carnaval? Será que alguma instituição já estudou isso?
Oitava: O tamanho da “crise” aumentou. Segundo a revista Forbes, o número de bilionários brasileiros cresceu em 2013;
Nona: Esse campeonato “mau caráter” (conforme o qualificou o jornalista Lauro Quadros há décadas passadas) faz com que o Grêmio tenha que disputar três jogos em cinco dias;
Décima: E os demais clubes, como o Esportivo, são prejudicados com isso já que há um desequilíbrio técnico. O Grêmio perdeu para o São Paulo de Rio Grande;
Décima-primeira: Neste Dia da Mulher quero dar um beijão na melhor mulher do mundo: a minha Bete. E com este beijo nela, cumprimentar a todas as leitoras que são, certamente, as melhores do mundo para seus maridos e namorados.