A água mineral na pauta
O vereador Moisés Scussel protocolou junto a Câmara de Vereadores um projeto de lei que tem como objetivo a aferição da qualidade das águas minerais comercializadas em Bento Gonçalves. O comércio de água mineral, notadamente em bombonas de 5, 10, 20 litros tem crescido muito nos últimos tempos. Mas, nunca tivemos por aqui análises que possibilitem aos consumidores ter a certeza de que “não estão comprando gato por lebre”. Sim, em vários municípios brasileiros essas análises já foram feitas. Estudantes universitários já fizeram monografias sobre o assunto. Uma delas concluiu assim o seu trabalho: “Considerando os padrões para água mineral utilizados nessa pesquisa e o padrão para bactérias heterotróficas estabelecido pela legislação para água de consumo humano, quarenta amostras (58%) de doze marcas (70,6%) podem estar inadequadas para consumo humano”. A autora desse trabalho é a mestranda Maria Fernanda Falcone Dias, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara, São Paulo.

É direito de todos
ÉA mestranda Maria Fernanda concluiu um trabalho de amplitude considerável. Foram analisadas sessenta e nove amostras de dezessete marcas, de embalagens de 330 a 600 ml, comercializadas em supermercados da cidade. Como se vê, as amostras foram as de maior preço, não sendo consideradas as de 5, 10 ou 20 litros. Sem dúvidas, o consumo de água mineral deixou de ser algo elitizado. O crescimento notório do poder aquisitivo da população fez com que a água mineral tivesse um aumento muito grande no consumo. Daí a necessidade premente da população saber, realmente, o que está comprando, o que está pagando e o que está bebendo. O vereador Moisés Scussel apresenta seu projeto em muito boa hora. Vamos torcer para que seus pares lhe deem a devida atenção e cobertura para que o projeto seja aprovado e o prefeito Guilherme Pasin o sancione tornando-o lei. Saber, exatamente, o que se está comprando é um direito de todos nós.

A crise
Ironizar é uma das coisas que mais gosto de fazer. Se fala tanto em “investir em educação” no Brasil. Acho ironia. Ouço isso desde que tinha 8 anos de idade. Naquele tempo não havia “transporte escolar gratuito”. Havia só o “expresso canela” (andar a pé, mesmo) e era muito comum se ver crianças e adolescentes andando de sandálias (tipo franciscanas) e chinelos de dedo, mesmo no inverno, com geada. Merenda escolar? Era a que levávamos de casa. Mas, havia uma coisa importantíssima: a professora era “autoridade” e ensinava, não tinha medo de delinquentes infantis ou juvenis; os pais eram “autoridades”; as pessoas de mais idade eram “autoridades”; os policiais eram “autoridades”. Todos eram respeitados. Agora, qualquer fedelho aí de 10, 12, 15 ou 17 anos se julga no direito de desrespeitar, de ofender a quem bem entender, inclusive seus próprios pais. Essa “crise” aí é real, palpável, notória, insofismável. É a “crise da falta de respeito”, a “crise da falta de educação vinda de casa”.

A crise II
Mas há outra “crise”. Essa é fruto da ânsia de destruir o Brasil, de detonar as instituições. É a ânsia de chegar ao poder a qualquer custo. Há algum tempo, os “donos do Brasil” (grandes empresários, banqueiros, empreiteiros, usineiros, ruralistas) que financiam campanhas políticas no intuito de ter esses vendilhões, que se elegem, sob controle, a exemplo de setores da chamada “grande imprensa”, manipulada, servil, não raramente suja, desinformativa, deflagraram um campanha fantástica. Querem porque querem destruir a imagem do Brasil no exterior; querem aumento na taxa básica de juros (claro, são eles os beneficiados); querem recessão, desemprego. Querem o “quanto pior melhor”. Encheram tanto o saco que o governo cedeu. Aumento a taxa de juros. E os preços começaram a ser remarcados. Sem motivos concretos, apenas pela pressão da imprensa e seus pit bulls comentaristas que insistem na “inflação descontrolada”. A inflação é menor, em média, do que foi nos governos de fhc e de Lula. Mas, precisam aporrinhar, detonar. Querem ver a “crise” virar CRISE, mesmo. O povo? Bem, o povo que se dane.

A dívida
Quem ainda não ouviu falar que a “dívida pública está altíssima”? Todos, certamente, porque “eles” adoram fazer isso. Mas, será, mesmo, que ela está “altíssima”? Em valor nominal está maior, bem maior do que era. Mas, há que se fazer comparações para melhor avaliar. Tudo na vida é relativo, não é mesmo? Até a própria “relatividade” é relativa. Vejamos: o PIB médio do governo fhc foi de 2,5% no primeiro mandato e 2,1% no segundo; o PIB médio do governo Lula foi de 3,5% no primeiro mandato e 4,6% no segundo; nos três anos de Dilma foi de 1,8%. Pois bem, a divida pública foi de 1995 a 2002, de 146,3% do PIB; de 2003 a 2013, chega a menos 41,1%. Esses números podem ser contestados. Qualquer leitor poderá enviar outros para o meu e-mail. Terei prazer em publicar.

ÚLTIMAS

Primeira: O pagamento de tapioca com cartão corporativo por um ex-ministro (algo em torno de dez pilas) virou manchete nacional por vários dias, praticamente em toda a imprensa;
Segunda: Um processo de sonegação que supera um bilhão de reais, sequer é mencionado. Essa é a “imprensa informativa” brasileira;
Terceira: A “Crise” chegou ao campo. A produção de grãos chegou ao recorde histórico de 193,6 toneladas. A continuar assim o Brasil irá “quebrar”;
Quarta: Não se tem ouvido comentários sobre a Rua Coberta (verba federal já liberada) e sobre a conclusão da Via Del Vino. E segundo ouvi, o dinheiro para a nova biblioteca já foi pro espaço. Fatos ou boatos?
Quinta: Aliás, as minorias barulhentas, aproveitando o espaço imenso deixado pelos omissos, conseguiu detonar o projeto do novo presídio;
Sexta: Obviamente por falta de pulso das administrações públicas. O que mais essas minorias conseguirão obstruir, causando males irreversíveis para toda a população?
Sétima: O Lago da Fasolo está cheio de “marrequinhas”, vegetação que poderá exterminar os peixes. O que está sendo feito para evitar isso? Respostas para os leitores que me questionaram;
Oitava: Estamos prestes a retomar o ano letivo. E isso significa incremento considerável no trânsito. Significa abusos nas contumazes infrações de trânsito;
Nona: Mas, antes de tudo, significa tomada de posição firme por parte das autoridades responsáveis no sentido de coibir o “tô na minha, danem-se” usado por muitos motoristas;
Décima: O Grêmio venceu o Nacional pela Libertadores. Resultado de muito significado. Tomara que sirva de motivação para conquistar a classificação para as oitavas de final;
Décima-primeira: Amanhã, às 16 h, na Montanha dos Vinhedos, o Esportivo enfrentará o Grêmio. Jogo vital para o Esportivo, onde vencer é a única coisa a fazer. Vou torcer, sim, para o nosso Esportivo. E o Estádio deverá estar lotado. O Esportivo precisa dos bento-gonçalvenses.