O ANO DA “CRISE”

Entramos em 2014! Pois já nos primeiros dias os “urubólogos” de plantão mostraram sua fome carniceira. O noticiário que foi detonado nas redes nacionais de televisão; o dos jornalões a serviço dos “donos do Brasil” (aqueles das tradicionais “famiglias” brasileiras); o das revistonas e emissoras de rádio empenharam-se ao máximo para colocar suas “previsões infalíveis” ao conhecimento público. A serem confirmadas (há muito, muito tempo não são) o Brasil de 2014 mergulhará naquela “crise” que estão anunciando há mais de uma década. O mundo foi e ainda está sendo abalado por uma VERDADEIRA crise. E ela foi protagonizada pelos “riquinhos” que, como no Brasil, têm sob seu domínio absoluto os principais políticos, eleitos com suas polpudas, generosíssimas contribuições de campanha.

O ANO DA “CRISE” II

E eles, os “riquinhos”, sabedores de que caso explodam a economia de uma nação com suas brincadeiras estúpidas de ganhar bilhões, trilhões de dólares, os cofres públicos resolvem seus “problemas financeiros”, continuam apostando nisso: “qualquer coisa, o povão ignaro, inculto, conduzido pela opinião publicada, pagará a conta”. E basta tão somente que eles deem um estalo de dedos. Vejam bem, não estou partidarizando isso tudo. Sou suficientemente inteligente para saber, muito bem, que todos, literalmente todos, os partidos políticos são farinha do mesmo saco, e não só no Brasil. Aqui, neste País dominado pela “mídia amiga”, o controle dessa gente é absurdamente grande, visível, palpável, nitidamente escancarado. Com a maior cara-de-pau eles “noticiam” tentando convencer a todos de que o que estamos VENDO, SENTINDO, PERCEBENDO claramente , não é verdade. Que a “verdade” é a que “eles” estão divulgando. E a “crise” é a “maior verdade” que “eles” têm para enfiar na cabeça dos brasileiros.

SERÁ QUE, AGORA, ELA VIRÁ?

Bem, a se tomar por base o “catastrófico” (segundo “eles”) resultado da Balança Comercial Brasileira em 2013 (superávit de 2,6 bilhões de dólares), estamos vivendo uma “profunda crise”. O povo brasileiro praticamente não dormiu de “preocupado” com isso. Imagine aquele “pobre povo” que viajou em férias no Natal e fim de ano para todo o Brasil e para o exterior! Tiveram que suspender tudo e retornar às suas casas para “revisar seu planejamento” anual, já que a “crise” mostrou sua cara com esse “resultado desastroso”. O Brasil produziu SETE plataformas de petróleo (nunca havia produzido uminha sequer) e, graças a uma lei da década de 1990, elas poderiam ser exportadas e ficarem no Brasil. Essa lei tem duas décadas, mas só agora a “mídia amiga” e os “experts da economia” a descobriram e resolveram falar minimamente dela. O importante era falar sobre o “desastre” da Balança Comercial. Como o anúncio da “crise” instalada.

TEM SOLUÇÃO?

Bem, solução há para tudo, só para a morte que não. Algumas das soluções “deles” todos sabem quais são: juros altos, desemprego, recessão, inflação alta, dólar nas nuvens, etc. Para quem não lembra, são as mesmas adotadas na década de 90 e que resultou na quebra do Brasil em três oportunidades (crise Russa, crise Mexicana e crise Asiática, lembram?), tendo, inclusive, que pedir penico novamente para o Fundo Monetário Internacional. Porém, é um tanto quanto difícil “venderem” essas ideias ao povão que vota. Até mesmo porque estamos vivendo, AINDA, a pior crise econômica da história da humanidade, envolvendo TODA a Europa e Estados Unidos e, mesmo assim, o Brasil continua com seus índices de desemprego baixíssimos, o PIB (ou “pibinho”, como querem os urubólogos) crescendo pouco, mas crescendo. E os pobres insistindo em viajar de avião, em comprar carros novos, eletrodomésticos, enfim tudo aquilo que sequer sonharam em ter um dia, inclusive entrar em congestionamentos quilométricos nas rodovias para ir ao litoral. Como “solucionar” essa “crise” terrível? Esperem! 2014 promete muito! Os mesmos que comandaram o Brasil desde 1500 apontarão as suas “soluções”.

QUE NATAL RUIM! A RODOVIA DO PARQUE

Transitei, esta semana, pela Rodovia do Parque, a BR-448 que liga Sapucaia do Sul a Porto Alegre. O objetivo dela foi tentar amenizar um problema sério que vem se agravando nos últimos dez anos: o congestionamento da BR-116, notadamente no trecho entre Esteio e Porto Alegre. A BR-448 tem TRÊS PISTAS em cada sentido, poucos acessos, iluminação em toda sua extensão e velocidade máxima de 100/km/h. Indubitavelmente, a maior obra rodoviária feita no Estado desde a construção da Free Way. E lá se vão décadas. Aliás, o Rio Grande do Sul tem recebido atenção impar de parte do governo federal nos últimos dez anos. Não querer ver isso é o cúmulo do fanatismo político. A BR-101, que liga Florianópolis a Osório, cuja duplicação sempre foi prometida mas nunca realizada, está em fase final. Falta muito pouco, pouco mesmo, para ser concluída. Somando-se à Rodovia do Parque, além da duplicação do trecho Rio Grande/Pelotas/Porto Alegre e às demais obras já realizadas, dá para se dizer que, finalmente, o Rio Grande do Sul, foi visto pelo governo central. Ainda falta muito, mas, sem dúvidas, não há termos de comparação com as décadas passadas. Sem partidarismos idiotas.

ÚLTIMAS

Primeira: A cada ano abordo o mesmo assunto. E não vou cansar, não. Refiro-me aos salva-vidas nas praias. São policiais militares que deixam suas cidades de origem para trabalhar no litoral
Segunda: Milhões de pessoas tomam conta das praias e 99,9% delas não precisam da ação deles. Uma minoria é que se aventura no mar e precisam de salvamento. Por que, então, TODOS têm que pagar pelos imprudentes?
Terceira: Não vejo nenhum motivo para não ser cobrada uma “Taxa de Salvamento” daqueles que utilizarem do serviço. Até mesmo porque a definição de “taxa” constante do site do governo é clara;
Quarta: “As taxas de competência do Estado incidem sobre o exercício regular do poder de polícia, ou na utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.”;
Quinta: Isto está no site do governo. Parece-me claro que quem não vai à praia e não precisa do serviço, não deve pagar por ele. Certo?
Sexta: E há, ainda, um agravante: os afogamentos se dão por imprudência na esmagadora maioria dos casos, seja no mar, seja em rios e/ou lagoas e açudes;
Sétima: E o que dizer daqueles inconsequentes que invadiram a mata fechada, em São Paulo, para fazer “trilha” e se perderam? Dezenas de homens públicos, viaturas, helicópteros, etc, mobilizados para “salvá-los”;
Oitava: Não seria um caso óbvio de se cobrar uma “Taxa de Salvamento”? Por que toda a população tem que pagar pelos atos impensados dessa gente? Estarei errado?
Nona: E o CICS/SERRA está mobilizando a todos para uma manifestação, através do seu presidente, Ademar Petry. Será no dia 17, às 17 h, em três locais que serão amplamente divulgados;
Décima: O que 2014 estará reservando para a dupla grenal? Ambos numa pindaíba que dá gosto? Parece que, pelas contratações até agora, os colorados poderão esperar algo mais. Será?