QUEM VAI RESOLVER ISSO?

Acho que faz quase duas décadas que abordei este assunto. Pelo jeito nada foi feito até hoje. Refiro-me à numeração de casas e prédios em alguns bairros de Bento Gonçalves. Estive há poucos dias nos Bairros Santa Helena e Santa Marta. Procurava o endereço de uma residência. Tive imensas dificuldades. Acontece que a numeração das casas e prédios não obedece a uma sequência lógica, ou seja, não estão em ordem crescente ou decrescente. Obviamente, também não há a observação de números pares de um lado da rua e ímpares do outro. Penso que a responsabilidade de atribuir essa numeração é da Prefeitura Municipal, salvo melhor juízo. Só imagino as dificuldades que alguém de fora de Bento tem para encontrar algum endereço desse jeito. E não é de agora que essa bagunça numérica existe. Ela vem de décadas. Resta saber quem irá resolver isso. E quando. Como está é que não pode ficar.

A SETA

Seta é algo que tem várias definições. Uma delas é a esta, extraída do Dicionário Aulete: “Arma que se compõe de uma haste com uma extremidade pontiaguda e a outra dotada de penas, para ser arremessada com arco ou besta; FLECHA”. Outra definição, do mesmo dicionário, é: “Sinal gráfico em forma de flecha que se usa para indicar uma direção.” Mas, para os motoristas, seta é o “INDICATIVO DE MANOBRAS” que ele irá efetuar com seu veículo e ela é acionada com um leve movimento para baixo ou para cima da alavanca localizada no lado esquerdo do volante. Os carros antigos não tinham esta alavanca e a direção do veículo era apontada com o braço do motorista para fora. O avanço tecnológico colocou nos carros uma alavanca que ficava na moldura da porta, embutida, e quando acionada saía num lado ou no outro, conforme a direção a seguir. Mas, de repente, eis que alguém inventa uma ALAVANCA e a coloca ali, no lado esquerdo do volante, para acionar lâmpadas externas do veículo, facilitando sobremaneira e, mais, ela foi projetada para voltar sozinha, ao terminar a manobra. Depois do guarda-chuva foi, sem dúvida, a maior invenção. Sério!!!

A SETA II

A tecnologia embarcada foi aumentando. Inúmeros acessórios foram sendo desenvolvidos e instalados nos veículos. Multimídia, GPS, piloto automático, etc, foram ganhando espaço. Talvez por isso muitos motoristas passaram a IGNORAR, solenemente, a SETA. Sim, é o que deve ter acontecido, já que é normal se ver motorista entrando à direita, à esquerda, estacionando, parando, fazendo o que bem entende SEM acionar aquela “alavanquinha milagrosa” que está a poucos centímetros de sua mão. Importante dizer-se que essa OMISSÃO que pode provocar acidentes – até graves – está capitulada no Código de Trânsito Brasileiro como uma INFRAÇÃO de trânsito. O artigo do CTB é claro: “Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar o veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação: Infração – grave; Penalidade – multa.” Pois é, mas como a impunidade graça solta no trânsito já que o Código vigente aqui é o “Código de Trânsito Bento-Gonçalvense” (que só tem um artigo: “Estou na minha. Danem-se”, raros respeitam o artigo 196º. E assim anda o trânsito de Bento Gonçalves. A SETA inexiste, só isso.

ACIDENTES COM MOTOS

Impressionante os últimos dados estatísticos divulgados. O crescimento vertiginoso das indenizações pagas em razão do seguro obrigatório foi de 38% só no primeiro semestre de 2013, chegando a quase 300 mil. As indenizações por mortes reduziram 3%, mas as por INVALIDEZ aumentaram 51%, chegando a 215 mil no Brasil. O mais impressionante é que jovens motociclistas de 18 a 34 anos lideram a estatística de invalidez permanente, cujo montante de indenizações chegam a 76% do total. Importante destacar que as motos representam somente 27% da frota nacional de veículos, mas as indenizações por acidentes de motociclistas atingem 72%. Como se vê, as estatísticas são contundentes no que se refere ao perigo que correm os motociclistas. E não dá para ignorar, também, que as vítimas PEDESTRES foram de 23% de todas as indenizações pagas. Cumpre destacar, também, que os automóveis foram causadores da maioria das indenizações por morte: 46%. Na verdade, motoristas, motociclistas, pedestres, enfim todos os que fazem parte do trânsito precisam tomar consciência e cada um fazer sua parte para reduzir essa macabra estatística. Isso será possível?

O SONEGÔMETRO

Entidade empresarial de São Paulo instalou um equipamento que foi apelidado de “Impostômetro”. Segundo a Entidade, ele mede, segundo a segundo, quanto o governo arrecada de impostos. Certamente o Impostômetro é programado de acordo com a arrecadação do ano anterior, mais um crescimento inflacionário e do PIB. A carga tributária brasileira atinge algo em torno de 34% , carga esta que vem desde 2002, já que a partir de então nenhum imposto novo foi criado pelo governo federal – os estaduais e municipais criaram alguns. Pois o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional – SIMPROFAZ – criou o “SONEGÔMETRO”, equipamento que mostra o quanto é SONEGADO de impostos no Brasil. Colocado próximo ao Congresso Nacional, ele apontou o “placar da sonegação” na quarta-feira: inacreditáveis R$ 304.305.403.491,95. É isso mesmo, mais de 304 BILHÕES DE REAIS. Estudo aponta que, SEM A SONEGAÇÃO, a carga tributária poderia ser 20% (VINTE POR CENTO) MENOR, SEM AFETAR A ARRECADAÇÃO. E aí? O que os sonegadores têm a dizer disso? E os que cumprem com todas as suas obrigações tributárias, como se sentem? Otários, talvez? Sem o direito de reclamar da carga tributária? Pois é….

É, PRECISA DE MUITO DINHEIRO…

Realmente, não dá para nossos governantes deixarem de arrecadar cada vez mais, senão vejamos esta noticia: O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, no dia 25, que o Senado interrompa o pagamento de salários acima do teto constitucional (R$ 28.059,29) e que servidores que ganham além desse valor devolvam as quantias recebidas a mais nos últimos cinco anos. Os servidores ainda podem recorrer da decisão no próprio TCU e, posteriormente, no Supremo Tribunal Federal (STF). A auditoria do tribunal identificou 464 servidores com salários acima do teto (superior ao de um ministro do STF) no Senado. Segundo o presidente do Tribunal, ministro Augusto Nardes, terão que ser devolvidos R$ 200 milhões relativos aos valores pagos a mais nos últimos cinco anos. Disse Nardes: “O Brasil precisava fazer isso há muito tempo. Não podemos continuar com salários diferenciados, pessoas ganhando salários de marajás e pessoas recebendo salário mínimo”. Nardes informou que levará a decisão para o presidente do Senado, Renan Calheiros. O relator da matéria, ministro Raimundo Carreiro, defendeu que os valores a mais foram recebidos de boa-fé, portanto, não precisariam ser devolvidos. No entanto, a maioria dos ministros acompanhou o posicionamento do ministro Walton Alencar, que argumentou que os recursos teriam que ser devolvidos aos cofres públicos porque os pagamentos foram irregulares. Alguém aposta um centavo furado que os salário serão reduzidos e os excedentes dos cinco últimos anos devolvidos? E quantos mais estão nessas condições, em governos estaduais, prefeituras, autarquias, estatais, etc? Haja impostos!

ÚLTIMAS

Primeira: Começam nesta segunda-feira eventos culturais: XXI Congresso Brasileiro de Poesia; XXI Encontro Latino-Americano de Casas de Poetas; XVIII Mostra Internacional de Poesia Visual. A programação vai de 30 de setembro a 5 de outubro;

Segunda: Perguntar não ofende: até quando, mesmo, motoristas que vêm da Rua Júlio de Castilhos continuarão acessando a Rua Dr. Antunes, impunemente?

Terceira: E até quando motoristas que transitam pela Rua General Osório converterão à esquerda para a Rua 13 de Maio, também impunemente e colocando em risco as pessoas e veículos?

Quarta: E aquela ridícula placa de “PARE” colocada no encontro das ruas Marechal Floriano e Estefânia Pasquali, vai continuar ali até quando?

Quinta: Hoje à noite, no Espaço do Vale, no 8 da Graciema, Vale dos Vinhedos, será realizado o JANTAR dos Amigos da Associação Integrada do Desenvolvimento do Down. O valor é R$ 50,00 e tem cunho beneficente. Ligue para a AID, fone 3055-2909 e reserve seu ingresso;

Sexta: A isenção dos 30% de imposto sobre a produção musical foi recebida com festa pelos interessados. Não entendi. Um CD ainda assim custará caro diante dos “genéricos”;

Sétima: Hoje, das 10 h até às 17 h, os sócios do Grêmio poderão votar numa das SETE chapas para o Conselho Deliberativo do Grêmio. Quem não votou pelo Correio poderá comparecer na ARENA e votar nas urnas eletrônicas. Que eu saiba, ninguém está oferecendo “ônibus de graça”;

Oitava: E no campo, o Grêmio empatou com o Corinthians em São Paulo, ficando a decisão de quem vai para as semifinais para ARENA;

Nona: O Inter também empatou com o Atlético-PR, com gol no final do jogo. Aparentemente, a tarefa mais difícil é do Inter, que terá que vencer no Paraná, enquanto o Grêmio precisará fazer isso na ARENA;

Décima: Se ambos passarem pelos adversários, teremos grenal nas semifinais. Seria ótimo para o futebol gaúcho se isso vier a acontecer.