Opinião

Bento em Vindima
Nesta quinta-feira o Distrito de São Pedro, nos Caminhos de Pedra, foi palco de um evento relevante. O governador José Sartori, juntamente com o prefeito Guilherme Pasin, dois secretários de Estado, vários deputados e vereadores, além de lideranças locais e regionais, deram por aberta a Safra da Uva de 2015 no Estado do Rio Grande do Sul e a 6ª edição do Bento Em Vindima. Tendo assumido o governo há apenas 15 dias, o governador Sartori fez sua primeira visita oficial a Bento Gonçalves. Segundo o prefeito Guilherme Pasin, Sartori deu uma demonstração de agradecimento pelo apoio eleitoral recebido. Mas, o que me chamou a atenção foi o folder da programação do Bento em Vindima. Do dia 15 de janeiro ao dia 15 de março, Bento Gonçalves e seus distritos têm vasta programação para turistas e para a população. Procure o folder ou leia no Semanário, selecione o que lhe agrada e participe. Há para todos os gostos, sem dúvidas.

Será que agora vai?
A Área Azul terá novo formato a partir de 1º de fevereiro. As guias das calçadas (meios-fios) estão sendo repintados e as vagas devidamente demarcadas. Cada vaga de estacionamento está perfeitamente identificada e numerada. Com isso talvez se possa evitar que alguns sem-noção ocupem mais que uma vaga ao estacionar, deixando o veículo distante dos demais. Mas, além disso, com a vaga numerada será fácil identificar o carro e o tempo em que está utilizando a vaga. Acabarão os que estacionam e apenas renovam o ticket, ficando bem mais que as duas horas legais? E como o controle será eletrônico e com GPS, os fiscais das vagas poderão comunicar-se com os agentes de trânsito imediatamente, denunciando irregularidades. Portanto, se tudo funcionar conforme o estabelecido, acabará com os espertinhos que não pagam, em detrimento dos que cumprem com a lei. Será que agora vai funcionar e todos irão pagar? Só dependerá da fiscalização e do apoio dos agentes de trânsito. Simples assim.

E a nossa saúde?
Entendo que a saúde de Bento Gonçalves está merecendo bem mais atenção por parte da população do que está tendo. O Conselho Municipal da Saúde tenta, dentro do possível, exercer seu papel estabelecido pela legislação vigente. Porém, não se percebe de parte de algumas entidades representativas a vontade de ajudar. Suas participações no CMS deixam muito a desejar e, certamente, os setores aos quais representam desconhecem essa omissão. Bento Gonçalves carece há quase um ano de atendimento de alta complexidade em traumatologia. Motivo? Farroupilha passou a ser a referência da região e está recebendo, segundo a Secretaria da Saúde de Bento, as verbas federais e estaduais para dar o atendimento. Na área da cardiologia, o Hospital Tacchini não conseguiu, ainda, obter o credenciamento, mas, mesmo assim, faz atendimentos emergenciais. Na quimioterapia acontece o mesmo. O teto estabelecido é menor do que as necessidades e a Secretaria da Saúde é quem está arcando com o ônus disso.

Quem tomará atitudes?
Pois é bom que todos saibam que a Secretaria Municipal da Saúde de Bento Gonçalves está arcando com custos que são de atribuição dos governos do Estado e Federal. O cumprimento da Emenda 29 não está sendo feito pelos três agentes – município, estado e União -, mas por um apenas: o município. A Contratualização com o Hospital Tacchini (para a gestão plena da saúde) foi prorrogada por 60 dias, vencendo no dia 25 de janeiro. Para haver mais uma prorrogação por 90 ou 120 dias, a SMS deverá efetuar pagamentos devidos. A situação está ficando apertada. Sequer a transferência dos valores para a oftalmologia de Nova Prata foi feita.

Quem tomará atitudes? II
Portanto, senhor POLÍTICOS e lideranças, já está mais do que na hora de se tomar atitudes. O Tacchini precisa receber o credenciamento em cardiologia e redistribuição regional da radioterapia. A 5ª Coordenadoria parece não estar muito empenhada em resolver. Então, a solução ÚNICA existente está na área política. Audiências com o governo do Estado e com o governo federal precisam ser marcadas e o assunto levado a essas instâncias. Bento Gonçalves não tem mais como arcar com esses custos adicionais. A hora é, portanto, de políticos retribuírem com ATITUDES os votos aqui e na região recebidos. Creio que isso deve ser liderado pelo prefeito Guilherme Pasin.

O fim prometido
Ainda o Imposto de Fronteira, que onera sobremaneira as micros e pequenas empresas, se tem visto várias manifestações de lideranças empresarias gaúchas pedido ao govenador Sartori o cumprimento do que prometeu, juntamente com Paulo Cairolli, seu vice, na campanha: o fim do famigerado imposto. E matéria do Jornal do Comércio do dia 14 de janeiro último, Vilson Noer, presidente da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV) é bem claro quando pede ao governador que cumpra não só o que prometeu, mas a legislação aprovada pela Assembléia Legislativa. Cita, inclusive, o deputado Giovani Feltes, guindado ao cargo de Secretário da Fazenda do Estado, o qual foi relator do projeto que os deputados aprovaram e tornaram lei. Interessante é que NINGUÉM, mas NINGUÉM, mesmo, sugere que o governador Sartori REDUZA os milionários incentivos tributários que são dados a poderosas empresas e, assim, recuperar o imposto que as micros e pequenas empresas deixarão de arrecadar, ficando, assim, cumprido também o preceito constitucional da não bitributação.