O que são os partidos?
Por vezes chego a pensar que o ódio que foi disseminado do Oiapoque ao Chuí entre simpatizantes de um ou outro partido político, obstruiu o cérebro de muita gente ao ponto de impedi-los de formar qualquer tipo de raciocínio lógico. Como até os cinco rinocerontes brancos que conseguiram sobreviver à sanha assassina e predadora dos ditos “seres humanos” sabem, os dois partidos políticos que temos no Brasil hoje são o PT e o PSDB. Os demais aderiram a um ou ao outro. Mas, penso, também, quando vejo determinadas “opiniões” nas redes sociais, na imprensa e no meio político, que esses dois partidos são o PT e o ANTIPT, ambos com aliados ou, mesmo adesistas de última hora, talvez por terem pouco ou nenhuma representatividade ou, mesmo, por saberem que não deixarão jamais de serem meros coadjuvantes. Porém, inegavelmente, os atuais partidos – devem ser mais de trinta e dois – são bem diferentes dos que existiam há décadas. O que são, mesmo, hoje?

Agremiações inconsequentes?
Pois é, a se analisar do ponto de vista dos “experts” que se veem nas redes sociais, sim. Os ataques raivosos, cheios de ódio, às siglas leva-nos a essa conclusão. Por que será que as pessoas filiadas a partidos – ou “de confiança” deles – roubam, corrompem, desviam, enfim praticam atos ilegais e são os PARTIDOS que são atacados? Claro que o PT e o PSDB (e seus aliados ou adesistas) são apenas siglas de agremiações partidárias que DEVERIAM ter um “Programa”, uma “cartilha de posicionamentos”. Mas, os partidos políticos são tão somente “abrigos” de políticos honestos e DESONESTOS. Mas, DESONESTAS são PESSOAS que se filiam, não os partidos. Por isso, creio que as PESSOAS honestas filiadas a partidos políticos TÊM O DEVER de proteger suas siglas, processando criminalmente aos que denigrem os partidos, generalizando seu ódio, sua raiva. Partidos não são agremiações inconsequentes. Por que, então, os deixam expostos à raiva de inconsequentes?

São os partidos?
Estamos vivendo momentos difíceis no Brasil, atualmente. Claro que, para quem acompanha tudo, nenhuma novidade a não ser a não ser que, agora, as roubalheiras estão vindo a público. Mas, dá para se dizer que o PT, PP e PMDB roubaram a Petrobrás? Ou no “mensalão”? Dá para dizer que o PSDB e aliados, no seu tempo, roubaram a Petrobrás ou há vinte anos roubam no “trensalão paulista”? Obviamente que, de sã consciência, isentamente, sem paixões político-partidárias, não é isso que se pode dizer. Foram e são PESSOAS filiadas ou nomeadas por dirigentes dessas siglas e outras que protagonizaram tais escândalos. Já é mais do que hora, pois, de se separar o joio do trigo. Ou então que se extingam essas agremiações.

Mais um “trenzinho”?
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul já colocou nos trilhos e acelerou o seu “trenzinho da alegria” com a invenção de suas aposentadorias cujo maior valor seremos nós, povo, a pagar. Inclusive podendo ser “proporcional”, ou seja, depois de dois mandatos – oito anos – obter o “merecido descanso” equivalente ao valor semelhante do teto máximo que o INSS concede aos reles mortais comuns, além de virarem “pensões” a viúvas no futuro. Satisfeitos? Não, ainda não! Agora, no apagar das luzes dessa legislatura, DEPOIS das eleições, eles resolvem AUMENTAR SEUS SALÁRIOS nababescamente. Satisfeitos? Não, ainda não! Decidiram que nós, povo otário, devemos bancar a “ESTABILIDADE” no emprego de quarenta e seis cargos de confiança deles, antes demissíveis a qualquer tempo por não serem concursados. Esses “felizes gaúchos”, que tiveram o privilégio de entrar na Assembleia por serem “de confiança”, agora devem estar rindo à toa. E isso que “o Rio Grande do Sul está falido”. Imaginem se não estivesse!

Inacreditável!
No mundo todo os empresários lutam, batalham, detonam os governantes em razão dos impostos cobrados. Aqui, no Brasil, historicamente, isso acontece. Toda a vez que um empresário ou, notadamente, um líder de entidade empresarial, se pronuncia é para protestar CONTRA a carga tributária “abusiva”. Mas, inacreditavelmente, há exceções. Na Coluna de sábado passado, comentei sobre as “dúvidas” do novo secretário da fazenda do Estado sobre a manutenção ou não da excrescência tributária chamada “Imposto de Fronteira” que é cobrado SÓ das micros e pequenas empresas, diante da promessa de Sartori e Cairolli de acabar com ele. Eis que, porém, no dia 16 de dezembro em artigo escrito no jornal Pioneiro sob o título “Teste de Visão”, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul – FIERGS -, inacreditavelmente, DEFENDE esse imposto ferrenhamente, mencionando, inclusive a defesa de outro líder de entidade empresarial, a AGAS. O que pensar disso? Há uma coisa para ser pensada, sim, e é os micro e pequenos empresários revisarem em quais entidades estão filiados e pagando suas contribuições, informando-se QUAIS INTERESSES ELAS DEFENDEM. Voltarei ao assunto, sem dúvidas.