É hora de parar!
Na quarta-feira, dia 19, enquanto mais de 40 voluntários se preparavam para a “Caminhada do Novembro Azul”, promovida pela Liga – da qual comentarei a seguir – aconteceu um acidente de trânsito que já está se tornando “comum” em Bento Gonçalves: um atropelamento de um pedestre por uma motocicleta. O fato: um ônibus de empresa local, por uma gentileza do motorista, parou para um pedestre atravessar a Rua Marechal Deodoro, sentido Magazine Luiza/Praça Dr. Tacchini, em frente ao camelô ali existente. O pedestre atravessou pela frente do ônibus e um motociclista – sem visão do motivo pelo qual o ônibus parou – seguiu, colhendo o pedestre o jogando-o ao solo com ferimentos.

É hora de parar, certamente!
Esse tipo de atropelamento já não pode mais ser aceito como “normal”. Não é o primeiro caso e tomara que seja o último. Mas, por que isso acontece? Vou dar um exemplo do que aconteceu comigo na semana passada. Desci pela General Osório e subi pela Marechal Floriano. Logo após a entrada para a Rua Félix da Cunha, o motorista do carro da minha frente simplesmente parou e tive que frear bruscamente. Motivo: um pai, com duas crianças seguras pela mão, atravessava a Rua Marechal Floriano. Normal? Não, claro que não. O pedestre deveria ter aproveitado o momento para EDUCAR seus filhos no sentido de SÓ ATRAVESSAR AS RUAS NAS FAIXAS DE PEDESTRES. E havia uma uns 20 metros logo abaixo. O motorista, por sua vez, tentando ser gentil, não colaborou nessa educação. Poderia ter surgido um motociclista que, sem ver, atropelaria o pai e os filhos.

Vamos nos educar?
Na frente do Shopping Bento. Os pedestres cruzam a Rua Marechal Deodoro, fora da faixa, correndo riscos. Frequentemente há carros que param para os pedestres cruzarem e isso é perigoso, pois pode surgir uma moto, como na quarta-feira. O que fazer, então? Primeira medida, Secretário Mauro Moro, é pintar uma faixa de pedestres da frente da Caixa Federal até o lado do Shopping Bento. Ah, sim, tem uma na Rua Dr. Montaury/Marechal Deodoro/Igreja de Santo Antônio. Mas, para preservar a integridade das pessoas, Mauro Moro, essa outra faixa de pedestres se impõe. Mas, há mais coisas a serem feitas.

Vamos nos educar? II
Se tornou imperiosa, Secretário Moro, uma ou várias campanhas de conscientização. Urge que se mostre, claramente, aos pedestres que eles NÃO DEVEM ATRAVESSAR RUAS fora das faixas de pedestres; falando ao celular; com o guarda-chuva enfiado na cabeça e sem olhar para os DOIS LADOS. Aos motoristas a campanha deve ser direcionada ao RESPEITO ÀS FAIXAS DE PEDESTRES. Aos motociclistas, o alerta para que eles não ultrapassem carros que param assim, imprudentemente (como nesta quarta-feira) e nunca pelo lado direito dos carros. As verbas arrecadadas por multas de trânsito servem para essas campanhas também. E há mais isso no Código de Trânsito: “Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem antes se certificarem de que isso não constitui perigo para eles e para outros usuários da via. Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor”. O que se vê muito é exatamente a abertura de portas “moda diabo”.

Novembro Azul
A Liga de Combate ao Câncer promoveu a Caminhada do Novembro Azul, com a participação de mais de quarenta lideranças participando. A Caminhada percorreu a Via Del Vino, chegando na Rua Saldanha Marinho, retornando pela calçada oposta da Via, com as voluntárias da Liga distribuindo folders explicativo. A iniciativa da Liga foi parte de um projeto de vários eventos que se estenderão ao longo de 2015, todos visando a prevenção do câncer. Mas, a conscientização de todos, homens e mulheres, é fundamental para que o número absurdo de casos que se constatam em Bento e região diminua. As mulheres têm no câncer de mama o principal alvo visado e os homens têm na próstata seu grande problema. Mas há outros que precisam, também, de cuidados. O lema da campanha, “EU CUIDO DO QUE É MEU”, é por si explicativo. Assim sendo, cuidemos todos do que é nosso. Vive-se mais e melhor assim.