Sobre eleições
Pois diante de tanta coisa que vi na internet, especialmente nas redes sociais, resolvi PESQUISAR (coisa que faço diariamente, diante de qualquer fato ou notícia, buscando todas as “verdades” possíveis para, só depois, opinar, o que não é muita gente que faz, preferindo o conforto da “verdade única”, mesmo que não tenha fundamento) os números que envolveram as eleições presidenciais de 2014. Como números são relativos à matemática e essa é uma ciência EXATA, não dá para brigar com eles ou contestá-los, senão com outros números. Então, vamos a eles. No primeiro turno, Dilma fez 43.267.668 votos; Aécio, 34.897.211 e Marina 22.176.619 (os números são do Portal G1). No segundo turno, o resultado foi: Dilma, 54.501.118 votos e Aécio Neves, 51.041.155. A matemática e a obviedade nos dizem que os 22.176.619 votos de Marina foram divididos.

Sobre eleições II
Se Dilma conquistou 11.233.450 votos a mais do que no primeiro turno e Aécio 16.143.944 votos no segundo turno, isso resulta em 5.200.775 votos além dos que Marina obteve no primeiro turno. Como se pode ver, os votos de Marina foram, sim, divididos, mas Dilma precisou de parte deles para vencer. Isso é matemática. Mas há outros números interessantes. E eles contrariam as afirmações de muitos da internet que dizem, sem conferir, que “os nordestinos são os responsáveis pela vitória de Dilma”. Se 66% dos eleitores são das regiões sudeste, sul e centro-oeste, onde Aécio venceu e 34% são eleitores do norte e nordeste, entendo que essa tese já fica um pouquinho prejudicada. Outros números interessantes apontam que Dilma venceu José Serra em 15 estados em 2010. Em 2014 Dilma também venceu em 15 estados – os mesmos – e perdeu no Distrito Federal (onde havia vencido em 2010). Pouco mudou, portanto. Detalhe importante é que Dilma teve sua votação reduzida no norte e nordeste na comparação entre 2014 e 2010.

E para completar…
Seguindo nas minhas pesquisas, somei a votação de Dilma Rousseff nos estados do Norte e Nordeste do Brasil – onde ela perdeu em Roraima, Acre e Rondônia e em capitais, como Belém – chegando ao total de 24.619.012 votos. Depois somei a votação dela nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, inclusive no Distrito Federal, chegando ao total de 29.882.106 votos. Do total de 54.501.118 votos obtidos por Dilma, que lhe deram a vitória, 54,8% (CINQUENTA E QUATRO VÍRGULA OITO POR CENTO) foram nas regiões SUL, SUDESTE e CENTRO-OESTE, onde Aécio Neves obteve a maior votação. Resumindo: Dilma não venceu no norte e nordeste, já que a maioria de seus votos veio das outras regiões. As baterias devem se voltar, pois, contra outros eleitores, a maioria do sul, sudeste e centro-oeste, Certamente esses números poderão ser contestados, caso algum leitor os encontre diferentes em outra fonte.

Os “donos do Brasil”
Impressionante o que os “donos do Brasil” (banqueiros, empreiteiros, usineiros, grandes empresários e ruralistas) fazem! Pagam campanhas aos políticos, elegem governos, ditam normas, fazem da grande imprensa instrumento para manipular a população visando atingir seus objetivos. Pouco antes das eleições, as subidas e descidas da Bolsa de Valores foi algo digno de filmes pastelões. Definidos os eleitos, na segunda-feira deram um jeitinho para a Bolsa cair, alegando o resultado das eleições. Foi um sobe e desce da Bolsa e da cotação do dólar nesta semana que deu gosto de ver. Enquanto isso, o Banco Central – certamente com a tutela do governo – aumentou a Taxa Básica de Juros, proporcionando às “famiglias” que detém fortunas da dívida pública brasileira frouxos de riso. A velha receita para “controlar a inflação” elevada (está pouco maior do que a metade do que estava em 2002) está sendo aplicada novamente. E com o Brasil sob o comando do PT. Quem diria, hein?

Agora é pra valer?
Bem, quando é para ferrar o contribuinte, sempre é “pra valer”. Falo das novas multas que entram em vigor hoje, no Brasil. Os valores chegam a aumentar 900%. Ultrapassar em local proibido passa de R$ 191,54 para R$ 947,70; ultrapassar pelo acostamento, de R$ 127,69 para R$ 957,70; Fazer manobras perigosas, disputar rachas ou corridas não autorizadas, de R$ 574,62 para R$ 1.915,40 e ultrapassagem de risco (aqueles em que o apressadinho força, costura, etc) de R$ 191,54 para R$ 1.915,40. Mas não fica só na multa pecuniária. Há pena de PRISÃO que pode chegar até a DEZ ANOS no caso do infrator provocar morte. Tudo bem! É só não cometer tais infrações e pronto! Mas, por outro lado, há que se perguntar, também, se quem tem a obrigação de oferecer ruas e rodovias em condições – só o que consta do Código de Trânsito Brasileiro já seria ótimo – farão, a partir de agora (sim, porque até agora não cumprem), a sua parte. Tenhamos cuidados redobrados a partir de hoje.