Água mole…
O velho ditado popular começa assim mesmo. E complementa dizendo: ” …em pedra dura, tanto bate até que fura”. Mas, claro todos nós sabemos que, em alguns casos, não é isso que acontece. As “pedras” são tão duras, tal qual o aço, que a “água” pode bater à vontade. Mas, como as coisas podem acontecer exatamente de forma idêntica àquela que acontece no mar contra os rochedos, o mar nunca se cansa. Não tenho a pretensão de ser “o mar”, mas apenas o porta-voz das inúmeras pessoas que comigo mantém contato, seja por telefone, e-mail, facebook, twitter ou pessoalmente. Sei, porém, que eles se consideram os “rochedos”, só que mais próximos ao aço. Todavia, como é uma característica minha a insistência, não esmoreço quando diante de fatos assim. Não pecarei pela desistência, certamente.

Voltemos aos fatos
Como moro nas proximidades, vejo diariamente os percalços pelos quais passam os motoristas que necessitam passar pela Rua Marechal Deodoro em direção ao norte. Eles vêm da Rua Marechal Floriano ou Saldanha Marinho e são obrigados a parar atrás daqueles que querem acessar o Shopping Bento ou um dos vários outros polos geradores de trânsito ali existentes. Mas, por que isso acontece? Simples: porque na pista de esquerda há um privativo de “carga e descarga” (nem tão “privativo” assim, já que é comum se ver carros estacionados ali) que poderia já ter sido deslocado, há muito tempo, para a Rua Dr. Antunes, na esquina bem próxima, sem prejuízo algum ao processo de carga/descarga. Se isso fosse feito, conforme grande número de motoristas já sugeriu, inclusive o Vereador Gilmar Pessutto, o fluxo no sentido sul/norte da Rua Marechal Deodoro seria desafogado sobremaneira. Difícil implementar isso? Claro que não, basta tão somente vontade de fazer.

Mais um
Outro “calcanhar de Aquiles” do trânsito da cidade é o cruzamento da Rua General Osório com a 13 de Maio. Há 18 anos ali existia uma sinaleira, instalada pelo então prefeito Aido José Bertuol. O seu sucessor, prefeito Darcy Pozza, mandou retirá-la. Há 18 anos, repito. Não é difícil imaginar o aumento brutal do número de veículos havido nesses 18 anos, não é mesmo? Mas, estranhamento, todos os prefeitos que sucederam Pozza ignoraram o problema que foi se agravando dia após dia. Hoje é comum ver-se o trânsito entupido desde a Rua Marechal Floriano, passando pela Ramiro Barcelos, José Mário Mônaco e chegando até a 13 de Maio, estendendo-se até mesmo até a Rua Salgado Filho e Olavo Bilac. Já ouvi gente da Secretaria de Trânsito dizendo que “há uma sinaleira logo abaixo e pode haver problemas”. Estarrecedor!

Difícil resolver?
É só ir até Caxias e perguntar aos responsáveis “como eles conseguiram SINCRONIZAR as sinaleiras da Rua Sinimbú, Júlio de Castilhos, 20 de Setembro e outras, onde há sinaleiras em cada quadra”. E nós temos problemas de “sincronização” até na PRINCIPAL entrada da cidade, no acesso pela Pipa Pórtico, quando a da 10 de Novembro abre e a da Visconde de São Gabriel fecha. Chega a ser divertido uma excrescência dessas durar tanto tempo. E há mais problemas desse gênero, que não exigem grandes estudos, apenas visão e bom senso. Prestem atenção ao encontro das Rua Eugênio Valduga e Góes Monteiro. Há ali dois acessos à esquerda que não existem em nenhuma cidade civilizada do mundo. Lembram-se do início da Coluna, do ditado popular? Pois é, os “rochedos de aço” não darão nunca explicações dos “porquês” dessas coisas todas. Afinal, a população é apenas “um detalhe”. Será lembrada novamente em 2016. Talvez!

É bom para todos
O Estado do Rio Grande do Sul há muitos anos não via obras federais (e mesmo estaduais) sendo realizadas. Pois na última década viu um grande número delas se tornando realidade. A duplicação da RR-101 – Florianópolis/Osório – já tem quase todo o trecho duplicado. A BR-116 Pelotas/Guaíba está com trechos duplicados e obras em andamento. A BR-448, a Rodovia do Parque, está pronta e em uso, desafogando sobremaneira a BR-116 e, agora, já teve autorizada a licitação dos 17 km que a ligará a Portão, devendo ficar pronta em três anos. Com ela toda a região norte/nordeste terá sobrados motivos para comemorar. Uma nova ponte do Rio Guaíba – a atual já tem mais de 50 anos – já está projetada, liberada a licença ambiental e a licitação. Isso tudo sem contar com os polos navais e outras coisas mais. Certamente tudo isso terá sequência, continuidade e ainda teremos mais obras. Afinal, a força política do Rio Grande do Sul está na ponta dos cascos, não é mesmo?