O novo prédio que sediará o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Bento Gonçalves (Simmme) está sendo construído dentro de demandas da construção sustentável, com materiais que não agridem o meio ambiente, uma tendência mundial que já está sendo seguida por inúmeras edificações.

Materiais reutilizáveis, recicláveis e utilizados em construções de primeiro mundo estão sendo usados na obra, visando minimizar o impacto ambiental. Escoras de ferro e ponteiras reutilizáveis, além de blocos de EP’S e formas de Geoplast de alta resistência fazem parte do material. Além disso, o prédio terá central de captação de água da chuva para utilização nos sanitários.

Segundo o engenheiro civil Rafael De Toni, responsável pela edificação, o setor da construção civil vem se aprimorando cada vez mais para usar elementos construtivos que diminuam consideravelmente a quantidade de entulhos, que acabavam por sua vez parados em aterros agredindo assim o meio ambiente.

Por este motivo, o Simmme se preocupou em contratar uma empresa que atuasse na área da construção ambientalmente correta evitando impactos ambientais. “Não adianta pregarmos moral se não começarmos a agir. Os discursos são sempre muito bonitos, mas é na prática que se vê quem realmente está preocupado com o futuro do planeta”, ressalta o presidente do Simmme, Juarez José Piva.

Conforme De Toni, além dos impactos relacionados ao consumo de matéria e energia, há também aqueles associados à geração de resíduos sólidos e, líquidos. “O Conselho Internacional da Construção estima que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes da construção. Tais aspectos ambientais, somados à qualidade de vida que o ambiente construído proporciona, sintetizam as relações entre construção e meio ambiente”, aponta o engenheiro.

Os desafios para o setor da construção são diversos, porém, em síntese, consistem na redução e otimização do consumo de materiais e energia, na redução dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e na melhoria da qualidade do ambiente construído.

Entre as recomendações estão mudança dos conceitos da arquitetura convencional na direção de projetos flexíveis com possibilidade de readequação para futuras mudanças de uso e atendimento de novas necessidades, reduzindo as demolições; busca de soluções que potencializem o uso racional de energia ou de energias renováveis; gestão ecológica da água; redução do uso de materiais com alto impacto ambiental e redução dos resíduos da construção com modulação de componentes para diminuir perdas e especificações que permitam a reutilização de materiais.

Os governos municipais possuem grande potencial de atuação na temática das construções sustentáveis. As prefeituras podem induzir e fomentar boas práticas por meio da legislação urbanística e código de edificações, incentivos tributários e convênios com as concessionárias dos serviços públicos de água, esgotos e energia.

A LLP Construções, de Caxias do Sul, foi contratada para operacionalizar a construção. A empresa representa a Geoplast, líder no design e fabricação de produtos para a construção sustentável, membro ordinário da Green BuildingCouncil Itália, maior organização internacional de certificação do mercado de construção verde.