Muito já se falou e se escreveu sobre obesidade. Entretanto, o tema continua muito atual. Uma pesquisa recente, conduzida por um grupo de cientistas holandeses, mostrou que pessoas obesas aos 40 anos podem ter sua expectativa de vida reduzida em até sete anos. Mulheres obesas não fumantes perdem em média 7,1 anos e homens morrem 5,8 anos mais cedo.

Os pesquisadores também analisaram informações de 3.500 voluntários em Framingham, em Massachusetts, nos Estados Unidos, entre 1948 e 1990, e concluíram que a combinação de obesidade e o hábito de fumar é ainda mais perigoso. Assim, por exemplo, mulheres que aos 40 anos são obesas e fumantes tendem a morrer em média 13,3 anos antes.

Já um homem fumante, nesta mesma faixa etária, segundo um estudo publicado na revista Anais de Medicina Interna, também tem sua expectativa de vida reduzida em 6,7 anos. Estes pesquisadores também observaram que, mesmo se a pessoa perder peso mais tarde, continuará correndo um risco maior de morrer mais cedo do que um outro indivíduo que nunca foi gordo aos 40 anos. Do ponto de vista médico, pode-se considerar alguém obeso, quando este tem um índice de massa corporal igual ou superior a 30.

O valor deste índice de massa corporal é calculado dividindo-se o peso em quilos por um número resultante do quadrado de sua altura. Desta forma, para alguém que tivesse 1,75m de altura e pesasse 80 kilogramas, teria que dividir 80 por (1,75×1,75). O resultado seria 26, isto é, abaixa do limite de 30.

A obesidade também aumenta o risco de se desenvolver diabetes do tipo 2 e hipertensão arterial. Sempre que se for associar obesidade ao hábito de fumar, esta situação vai se tornar mais crítica. Bem, caro leitor, a dica de hoje vai por conta do cuidado que é preciso ter em identificar e tratar o problema mais precocemente. É preciso desenvolver programas de prevenção das complicações da obesidade e tabagismo.

O melhor é atuar de forma preventiva, disciplinando a alimentação por meio de uma dieta melhor equilibrada, no sentido de evitar o aumento do peso. Porque, uma vez instalado o sobrepeso, será muito mais difícil reduzir o mesmo e consequentemente, as complicações resultantes serão de solução bem mais difícil. Quem estiver com dúvidas, a melhor coisa que poderá fazer, é procurar uma consulta com o seu clínico de confiança.

Texto: Ivan Seibel
Fonte: Folha do Mate