E, como diz aquele apresentador, “muito nosso”, senão vejamos. Desde o início de janeiro está sendo comentado “a possível extinção do SAMU” em Bento Gonçalves. O Secretário Miele deu várias entrevistas falando sobre o assunto sem, em momento algum, falar sobre “acabar” com o serviço. Disse, sim, e está gravado na TV, em entrevista que concedeu a mim, que “estaria sendo efetuado um estudo sobre o assunto”, visando obter elementos suficientes para “reestruturar” o SAMU. Houve, sim, desencontro de informações já que várias pessoas se pronunciaram sobre o SAMU. O resultado foi a polêmica surgida. De minha parte, fiz o que tenho por hábito – e do que não abro mão -, que é procurar TODAS as informações possíveis, em todas as fontes possíveis, objetivando não dar “palpites”, mas opiniões fundamentadas. E nos artigos das quartas-feiras e colunas de sábado comentei várias vezes sobre o assunto SAMU. Quem os leu constatou que nunca ali cogitei a sua extinção já que, por força de lei, tal ato deveria ser aprovado pelo Conselho Municipal da Saúde e este, por seus conselheiros que representam ENTIDADES, certamente não votaria “moda diabo”, ou seja, sem ouvir suas entidades e membros ou associados delas. O SAMU é coisa seríssima para ser decidida por impulso e isso, obviamente, o Secretário Miele e seus assessores não fariam. Entendo, porém, que os desencontros das informações que geram tanta polêmica surgiram em razão de não ter sido EXCLUSIVAMENTE do Secretário Miele a fonte delas. O resultado foi o que se viu. Nesta segunda-feira aconteceu uma reunião extraordinária do Conselho Municipal de Saúde para, dentre outras coisas, discutir o “Caso SAMU”. A presença da totalidade dos conselheiros, bem como do Secretário Miele e seus principais assessores, bem como representantes da maioria da imprensa, sindicalistas e demais pessoas interessadas, foi a nota alta da reunião do CMS. Quando o assunto foi colocado em debate, imediatamente o Secretário Miele falou que “nunca foi cogitado desativar o SAMU, mas sim agilizar o sistema de atendimento” que, segundo ele, “é demorado e pode custar vidas”. Depois de amplos debates onde todos puderam manifestar-se, o CMS colocou em ata o compromisso do Secretário de que o SAMU permanece como esta e, paralelamente, buscar-se-ão maneiras de fazer com que a Central de Regulação possa ser em Bento Gonçalves. O SAMU atendeu, em 2012, 3.548 chamados, sendo atendidos 1.129 pela Unidade Avançada e 2.419 pela Unidade Básica. Aguardo confirmação desses números da Central de Regulação de Porto Alegre, de onde virão, com certeza, números irrefutáveis. De qualquer forma, como cidadão, entendo que qualquer vida que possa ser salva vale mais do que eventuais cem mil reais (dado que também aguardo confirmação, mas que antecipo sérias dúvidas quanto a sua exatidão) mensais. Resumo de tudo: O SAMU, como já havia falado inúmeras vezes, segue sem percalços.