Finalmente, após vários meses, apareceram empresas interessadas em concluir as obras da Unidade de Pronto Atendimento de Bento Gonçalves (UPA). O mais curioso é que entre as cinco construtoras que disputam a licitação, está a empresa que era responsável por concluir a UPA ainda em 2013. Alegando problemas financeiros, prefeitura e a empresa encerraram o contrato.

Mas o que irá acontecer caso esta empresa ganhe novamente o processo licitatório? Será que terá condições de terminar a obra desta vez? O certo que no primeiro encontro, houve tentativa de impugnações, reclamações de empresas participantes e falta de esclarecimentos em relação a algumas questões do contrato.

Torcemos para que não haja muitos recursos e a empresa seja escolhida rapidamente. Porém, tudo indica que a situação será bem complicada e o processo deve se arrastar, pelo menos, por 90 dias. Ou seja, três meses. Começando em agosto, sabe-se lá quanto tempo a empresa levará para entregar a obra. Fora a reforma interna que precisa ser feita, apesar do prédio nem ter sido inaugurado.

Além disso, a prefeitura precisará viabilizar a questão envolvendo a geração de energia elétrica no local, com a obra da subestação. Sem energia, a UPA, mesmo com a reforma concluída, não tem como funcionar. São assuntos delicados, mas que precisam ser discutidos e, mais do que isso, têm que ser resolvidos.

A expectativa da comunidade é de que mais um ano não termine sem que a UPA esteja funcionando. Uma obra tão importante não pode mais ficar se arrastando por causa de pequenos detalhes. A população anseia por um atendimento de mais qualidade e também por ver o sonho de um hospital público ser construído em Bento Gonçalves. Não há mais desculpas para este descaso. Está na hora de arregaçar as mangas e fazer este projeto, finalmente, sair do papel.