O governo Pasin já está com dois anos, oito meses e dezesseis dias. Falta um ano, três meses e quatorze dias para seu término. Para as eleições falta pouco mais de um ano. Diante disso, há que se questionar o que foi feito para tentar minimizar os sérios problemas que temos com o trânsito de Bento Gonçalves. A Secretaria da Mobilidade Urbana e Gestão Integrada pouco ou nada tem feito em termos de comunicações com a comunidade. As críticas são sistemáticas, mas seu titular está fechado em copas. Deve ele entender – e, praticamente, toda a administração municipal – que a população de Bento Gonçalves não merece explicações. Responder às próprias perguntas, minuciosamente elaboradas, não parece a qualquer pessoa de mediana inteligência a melhor forma de se comunicar. Cheguei a ouvir o cúmulo da prepotência quando me disseram que “era para continuar com minhas críticas porque com elas elegeria alguém”. Pelo que constato, ainda não me fiz entender de forma mais clara. Talvez tenha que “desenhar”. Eu não faço críticas por mim, mas por todas as pessoas que me procuram para reclamar das coisas que veem e sentem. E insistirei nas críticas até que esse ou outro governo tome as medidas necessárias para minimizar os problemas imensos que temos no nosso trânsito, muitos deles por falta de ação específica, pontual da administração municipal. Ou será que eu e milhares de usuários percebemos o absurdo gargalo do cruzamento das Ruas General Osório com a Marechal Floriano? Será que só nós, usuários, percebemos a excrescência da Rua Marechal Deodoro onde tachões e uma placa de carga/descarga provocam engarrafamentos? Será que só nós, usuários, estamos de saco cheio com os entupimentos da Rua 13 de Maio? Será, meeessssmoooo, que só os usuários percebem os abusos a que os estacionamentos de idosos e deficientes estão submetidos, diariamente, pelos “sem noção”? E se formos falar de pedestres “sem noção” teremos assuntos para muitos espaços na imprensa. Pedestres atravessam ruas fora das faixas, jogando toda a responsabilidade pela sua integridade aos motoristas; ignoram o fato de veículos serem obrigados a passar pelas calçadas para acessarem garagens e estacionamentos e que, para tanto, há, sim, prioridades. E nem podem dizer que não tem dinheiro para fazerem campanhas educativas de trânsito, já que o valor arrecadado com multas de trânsito deve ser direcionado a elas. Em síntese, dá para se dizer que, além de um tímido corredor de ônibus em raras quadras, nada mais foi feito no trânsito da cidade. E se foi feito, pouco ou nada foi sentido. Resta saber, pois, o que estão esperando para agir. Será que é o tal de “estudo” que, segundo alguns comentam, nada mais é do que uma reprise de outro já feito? Como os “reis do pedaço” não descem do pedestal, o que resta é esperar para ver. Enquanto isso, convivamos com o caos.