O desenvolvimento saudável e a constituição da criança depende do papel paterno, isto porque o pai é indispensável nesse processo. O seu papel é fundamental na instalação dos limites e da capacidade de simbolização do mundo e o desprender-se da mãe. O pai é o operador simbólico do limite, da lei, da moral. Hoje vivemos na sociedade que “é proibido proibir”, padecemos de falta de limites, a ausência de alguém que diga NÃO, que imponha ordem e limite.

O olhar paterno, em relação à filha, é importante para a aprovação e valorização de seu sexo, para que ela possa construir uma identidade de gênero adequada, identificando-se com a mãe, para construir, no futuro, um vínculo com parceiro escolhido a semelhança do pai.

Um pai agressivo e violento pode causar tantos danos ao filho quanto o pai omisso, porque ambos os casos há falha da função paterna que é dar limite, mas também amor e cuidado. A função paterna não depende do genitor, assim a função paterna pode ser exercida por um representante. Em alguns casos o pai presente na família é impossibilitado de exercer a função, muitas mulheres possessivas que se consideram donas dos filhos desvalorizam o homem. Quando existe a rejeição do significante paterno, predomina os quadros psicóticos, distúrbios e as perversões.

Lembre-se

Pai e mãe têm uma função importante em comum, que é a de amar e priorizar o bem-estar de seu filho. A harmonização dessas interações é que leva à verdadeira humanização da relação entre pai, mãe e filho.