Estive pensando nos últimos dias como as coisas acontecem neste país. Muitas e muitas vezes nos deparamos com situações em que somos forçados a dizer que “isto não está acontecendo”.

A cultura de um país é construída dia a dia, via experiências de seu povo, via costumes, via regras sociais, via interação da sociedade com outras sociedades. O que é totalmente errado hoje, amanhã pode não ser mais. O que dita o certo e o errado? A lei? O presidente? Sua cabeça? O juiz?

Bem, neste Brasil brasileiro nos acostumamos a deixar para o outro que saia para a rua para reivindicar, o outro é que tem que se expor, o outro é que tem que entrar na justiça, o outro é que vai mudar as Leis, o outro era melhor, o governo é que tem que fazer as coisas.
Como se muda o mundo? Com ideias; com invenções; com inovações; com novos produtos; com revoluções em armas; com revoluções em pensamentos; com livros; com balas de borracha; com o voto.

Vejo que este país é o país do puxadinho. E note que não estou falando do tamanho das casas. Parece que nossos governantes não tem vontade de resolver as situações. Não querem ou não sabem. Por aqui, pensam muitos, se estamos com enchentes, vamos esperar o rio baixar, fazer algumas campanhas para doações e tudo volta ao normal depois, até a próxima enchente; Se o tempo é de seca, bem, vamos trazer água em caminhões pipa até que chova; se há buracos nas estradas, vamos dizer para os motoristas diminuírem a velocidade ou aplicaremos multas e, depois, vamos ver se podemos tapar os buracos; trevos, viadutos, duplicações, nem pensar; se não há médicos, vamos importá-los; se não há saúde, vamos dizer para a população não ficar doente como quase disse isso um secretário da saúde lá do DF; se a educação não está bem, vamos entrar na justiça para não pagar o piso nacional para os professores; se não há segurança, vamos transferir o efetivo para Porto Alegre durante a copa.

Se a economia vai mal, bem, vamos melhorar no ano que vem. Mas por que não fizeram as coisas até hoje?
Se a corrupção está solta, bem, não sei de nada mas que se proceda com todas as investigações;
Se falta alguma coisa, vamos fazer uma Lei que, a partir de amanhã, tudo estará resolvido.

Este país e nós temos que mudar este estado de coisas. E temos que começar conosco mesmo. Não dá mais para aceitar meia saúde, meia educação, meia segurança, 1/3 de emprego e 10% de qualidade de vida.
Planos para o futuro? Só se for para as empresas ou para as pessoas físicas. Planejamento zero é o que vemos há muito tempo, infelizmente.

O país do puxadinho não pode continuar. Fazer remendos não adianta mais. Na economia, na política, na educação e na saúde. Aceitando o mínimo nunca vamos desenvolver este país. Ou mudamos nossa cultura e nossa forma de construir este país ou nem daqui a outros 500 anos seremos desenvolvidos. E amanhã é o dia da Independência. De quem mesmo somos independentes?
Que comecemos logo.
Pense nisso e sucesso.