O movimento conhecido mundialmente como “Outubro Rosa” é uma campanha de conscientização dirigida à sociedade e, especialmente, às mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce no câncer de mama. O nome remete ao laço cor-de-rosa que simboliza mundialmente a luta contra esta doença.

O Outubro Rosa teve origem em 1990, na cidade de Nova York, quando a Fundação Susan G. Komen for the Cure promoveu a “primeira corrida pela cura” e lançou o laço da campanha que foi distribuído entre os participantes. Alguns anos depois, outras cidades americanas aderiram à causa e começaram a divulgar ações voltadas à conscientização do diagnóstico precoce da doença. Desde então, o Congresso Americano efetivou o mês de outubro como o mês Nacional (Americano) de combate ao câncer de mama.

A popularidade do Outubro Rosa alcançou o Brasil em 2002 quando o monumento do Soldado Constitucionalista (mais conhecido como Obelisco do Ibirapuera), situado em São Paulo, foi iluminado de rosa. Após esta primeira iniciativa, inúmeras cidades brasileiras somam esforços com campanhas difundidas em todo país a favor desta nobre causa.

O câncer de mama ocupa posição de destaque mundial por ser a neoplasia maligna mais incidente na mulher (excluindo os tumores de pele não melanoma) e a maior causa de mortalidade por câncer no sexo feminino. Toda mulher necessita consultar com o médico pelo menos uma vez ao ano para realizar o exame clínico das mamas. As mulheres de modo geral devem realizar a mamografia de rastreamento acima dos 40 anos de idade que é, atualmente, o melhor método para o diagnóstico precoce do câncer de mama, reduzindo em até 35% a mortalidade nos estudos publicados.

Apesar da elevada incidência, quando diagnosticado em estágios precoces podemos observar a cura da doença em até 90% dos casos. O diagnóstico precoce é, portanto, a estratégia fundamental de combate contra esta doença.

Para que o rastreamento mamográfico se torne uma realidade e possamos reduzir a mortalidade por câncer de mama, as mulheres precisam se conscientizar sobre o benefício da detecção precoce desta neoplasia, e isso seguramente implicará em um maior número de vidas salvas e tratamentos menos agressivos e menos mutilantes.

Dr. Maximiliano Cassilha Kneubil