Será que se o Mickey vestir azul ou vermelho importa quando o assunto é comercial internacional?

Será que se os democratas ( Biden ) confirmarem as projeções desse momento (escrevo esta coluna na sexta de manhã, 06.11)) de ganharem as eleições, as exportações do Brasil para os EUA diminuirão como muitos “experts” estão falando?

Na economia, não importa se você é gremista ou colorado. O que importa são os interesses econômicos.

Muitos da grande imprensa nacional estão colocando uma possível vitória do Democrata Joe Biden nas eleições em curso na maior economia do planeta como negativo para o Brasil. Não concordo com essa opinião pela simples motivo que, quando se fala em negócios, os interesses econômicos falam mais alto. Já em política, é outra coisa.

Muitos falam que Bolsonaro é amigo de Trump. Mesmo assim, Trump não pensou duas vezes em taxar a importação de aço e outros produtos com impostos mais altos. Isso dificultou um pouco as exportações brasileiras nos últimos tempos para aquele país.

“Na economia, não importa se você é gremista ou colorado. O que importa são os interesses econômicos”

Se ele é amigo e taxou, o que poderá fazer um “não-mui-amigo” segundo muitos da grande imprensa nacional? Coloco aqui nessa coluna que a política brasileira adotada nos últimos 20-30 anos de parcerias com países pequenos não adiantava nada em termos econômicos.

Coloquei também que o Brasil sempre deveria assumir um papel de PROTAGONISMO no cenário internacional, não ser somente um coadjuvante como sempre foi nos 520 anos de existência de nosso país.

Para isso, é preciso fazer escolhas. E assumir os riscos e benefícios dessas escolhas.

A política do “em cima do muro” não desenvolveu muito nosso país que continua com uma distribuição da renda e da riqueza muito ruim, educação com melhorias mas ainda com dificuldades, sem entrar muito no mérito em outros itens.

Digo mais, na minha opinião é muito mais importante o papel que os empresários optam em trilhar do que uma questão política. As decisões empresariais de enfrentar desafios, investir, crescer, gerar empregos e renda afeta muito mais o destino das exportações brasileiras do que se o país de destino é de esquerda, de direita, de centro, de centro-esquerda, comunista ou liberal.

O dinheiro não tem partido.

A imprensa muitas vezes tem. Basta olhar as fotos reiteradas de candidatos nas mídias para saber quem está a favor de alguém, quem está contra e quem está isento. Leia, escute, assista sempre a mais de uma fonte de informação.

Portanto, na minha opinião, os interesses comerciais no mundo real sempre vão ser maiores que as ideologias políticas e acredito firmemente que não irá mudar quase nada no comércio internacional entre Brasil e Estados Unidos independentemente do ganhador das eleições. Será muito mais uma questão de uma postura nossa, do brasileiro que faz e não aceita ser submisso, que mudará ou não o futuro dessa história e desse país.

2021 será positivo se assim o fizermos.

Pense nisso e sucesso.