Domingo, dia 31, é o dia mundial antifumo e aqui, em Bento Gonçalves, a Liga de Combate ao Câncer o batizou de “Dia do Basta”. Desde o início do mês a Liga está em campanha ampla e total, com a mobilização de sua equipe de voluntárias, visando a conscientização sobre os malefícios do tabaco para os fumantes – e os não fumantes também, se expostos -, objetivando reduzir o preocupante número de pessoas acometidas de câncer dele originários. Escolas, empresas, entidades, bares, restaurantes, casas noturnas, enfim todos os ambientes em que o fumo pode prosperar foram alvo das ações da Liga de Combate ao Câncer. O ponto alto da campanha será neste domingo, o “Dia do Basta”!

O meu “Basta”! II

Me sinto à vontade para falar em “basta”, em se tratando de fumar. Eu fumei muito, durante décadas. Cheguei ao cúmulo de fumar três carteiras de cigarros por dia, até mesmo acordando à noite para fumar dois ou três cigarros. Pela manhã, não fumava antes do café da manhã, mas, um belo dia, me vi no espelho cortando a barba com um cigarro aceso na boca. Pois às 14 h do dia 10 de outubro de 1992, tomei uma decisão: proclamei alto e bom som: “não fumarei mais”. Suspendi imediatamente a encomenda semanal de três pacotes de cigarros que comprava no Bar do Bigode. Este foi o meu dia do “Basta”! E, efetivamente, nunca mais voltei a fumar. Como foi uma decisão pessoal, consciente, definitiva, não passei por nenhuma crise de abstinência ou coisas do gênero, nem usei adesivos ou qualquer outro artifício. Simplesmente decidi parar de fumar e nunca mais fumei. Por isso, essa história de “eu não consigo” não passa de falta de vontade pessoal para parar de fumar. Simples assim. Quem sabe você, fumante, faça deste “Dia do Basta” o seu dia de retomar uma vida saudável? Pois é! Então, é tudo com você, mais ninguém!

A saúde, ainda!

A publicação no Diário Oficial do Estado do compromisso do governo estadual em aportar R$ 150.000,00 mensais ao Hospital Tacchini – deveria ser bem mais – não encerra a questão. O Tacchini espera, assim como toda a comunidade regional e estadual, que esse dinheiro chegue, mesmo, às suas contas bancárias. Esta semana o governo do Estado já anunciou que, diante de decisão judicial de não poder atrasar salários de funcionários, seria forçado a deixar de pagar hospitais filantrópicos. Esperamos que isso não atinja o Hospital Tacchini. O Conselho Municipal de Saúde, que foi grande mobilizador de todo o processo que culminou com o governo cedendo e assumindo o pagamento da UTI Pediátrica do Tacchini, com a participação importante da Secretaria da Saúde, da OAB de Bento Gonçalves, do prefeito municipal, de alguns vereadores, na medida em que exigiu ação política imediata, se sente com o dever cumprido. Mas, muito atento, ainda, aos desdobramentos para que não haja retrocesso no caso UTI Pediátrica.

Segurança Pública em cheque!

As medidas do governo Sartori de contenção de gastos atingiram não só a saúde, mas muito fortemente a segurança pública. Que temos defasagem no número de policiais até os pombos da Rua Marechal Deodoro sabem e é algo em torno de 12 mil policiais. O governo sabe disso também porque vem de décadas essa defasagem. Mas, conter despesas, gastos não é represar “investimentos”. Sim, porque as verbas para a saúde e segurança pública são investimentos, não gastos ou despesas. Portanto, cortar horas extras de policias, além de prejudicar os vencimentos daqueles que já recebem salários baixíssimos, foi medida temerária. Há alguns dias brigadianos mataram bandidos que arrombaram uma delegacia. Esta semana, o alvo foi o Posto da BM do município de Pontão, onde os bandidos tiveram êxito porque o posto estava deserto, já que não havia brigadianos de plantão. Levaram coletes à prova de balas, munição, etc. O que sobra para nós, povo que paga impostos e os salários das “autoridades competentes”, se nem a polícia está segura? Eu sei: Rezar!