Algumas porções do lote, com mata natural, preservado derrubada, previa uma reserva de madeira de boa qualidade.
Os italianos criaram uma tradição de proteção ao angico, ao cedro, às caneleiras e outras árvores essenciais de bom uso para a construção de diferentes serventias na vida agrícola. Do critério de proteção e conservação de essências florestas, surgiu o valor do uso da madeira.

As culturas renováveis: cereais, plantas têxteis, tubérculos e demais culturas anuais ou bianuais localizavam-se na parte posterior do lote, afastadas da casa devido à ocupação dos espaços mais próximos pelas edificações, os animais e as culturas permanentes.

As culturas permanentes: situavam-se nas cercanias da casa, em local protegido por cerca do acesso de animais domésticos. Sempre havia árvores frutíferas, também localizadas nas imediações da casa, ao lado da horta. Porém, nem sempre seu espaço estava bem definido, e estas árvores podiam dispor-se espaçadamente.

Na época da colheita, quando os cachos pendem as ramagens, a imagem dos parreirais imprimem a alegria de viver e exibem a natureza farta.

Iniciada como cultura para consumo doméstico de vinho, logo a uva tornou-se o principal produto colonial de comercialização, ocupando os parreirais, na região nordeste do estado.

Os imigrantes italianos receberam terras menores em área e de pior qualidade para o plantio do que aquelas colônias distribuída aos imigrantes alemães. Mais isoladas e distantes de rios navegáveis, localizados nas encostas da serra, os italianos ainda apresentavam a desvantagem de produzir praticamente os mesmos produtos da área alemã. Encontraram um canal de comercialização já montado pelos alemães, que se dirigiram até a região italiana para recolherem seus produtos. Como forma de recuperação da concorrência, os imigrantes italianos voltaram-se para o plantio da uva e fabricação do vinho.