Se não está no Google, não existe.
Com esta frase começo este artigo objetivando tecer alguns comentários acerca do mundo que nos cerca hoje, a vida das empresas e das pessoas e o que realmente é importante para todos.
Fala-se que se digitarmos alguma palavra no Google e não aparecer nada é porque isto não existe tanta é a importância que este veículo de comunicação digital tem no mundo atual. É um pouco forçado mas é quase isto. É uma ferramenta fantástica, quando bem utilizada, e muito problemática quando mal usada. Aliás, quase todos os meios digitais via internet tem esta característica, bons quando bem usados, maus quando mal usados.
A internet mudou o mundo e o Google é um dos ícones desta geração digital.
A internet mudou tanto o mundo que até os meios de comunicação tradicionais tiveram que aderir a este mecanismo de informação. Nos países desenvolvidos, onde a internet é mais barata, mais rápida, possui um desenvolvimento maior e maior número de usuários ( proporcionalmente à população total ), ela é usada para tudo há muito tempo. Isto faz com que todas as mídias tradicionais ( jornais, televisões, revistas, rádios….) tenham uma influência menor lá do que em países em desenvolvimento ( ou subdesenvolvidos ) como o Brasil.
Por aqui, se não sai na Globo não existe.
Por aqui, o poder da televisão é muito grande por diversas razões. Pouca leitura, as dificuldades do ler e escrever, a circulação dos jornais e revistas é mais ampla em centros maiores, a cultura da população de sentar na frente da televisão ainda está bem presente, principalmente à noite, o grande apelo do futebol, a gratuidade das televisões contra a onerosidade dos jornais e revistas, explicam um pouco esta realidade.
Porém, o que eu quero dizer aqui não é somente em relação a Globo. Se a televisão é importante, o que elas dizem torna-se uma realidade absoluta, ou uma quase realidade absoluta. Sei que o acesso a jornais e outros meios está aumentando mas ainda devagar. O rádio mostra-se firme neste contexto.
Temos no país 4 grandes canais de televisão aberta ( gratuita ). Globo, Bandeirantes, SBT e Record. Somente quatro, sendo a Globo a grande poderosa. Quanto maior for o monopólio da fonte de comunicação sobre o receptor, maior será o poder desta fonte sobre quem recebe a informação.
E as prioridades? Bem, as prioridades de muitos brasileiros é conduzida pela grande imprensa. Uma vitória do Brasil contra a Argentina no futebol ( sim, porque nos outros esportes ninguém sabe e quase nem é noticiado ) vira assunto prioritário uma semana. Mais de 50.000 homicídios até agora em 2013, no Brasil, não interessa para ninguém, acredito, pois nem é noticiado ou muito pouco. Com os mais de 40.000 mortos em acidentes chegamos a quase 100.000 pessoas que morreram ou foram mortas neste país somente em homicídios e acidentes de trânsito. Reforma tributária, redução de impostos, nível de educação, acesso às universidades, salário dos professores e policiais, quais as causas das desigualdades, qualidade de vida, inovação, novas tecnologias, situação das estradas, quantidade de automóveis, falta de saneamento básico em muitas cidades, pouco ou quase nunca aparecem.
Por isso é que afirmo que esta estrutura da comunicação também precisa ser rompida para um maior desenvolvimento deste país. Enquanto isto não acontecer, quase todos serão manipulados ou influenciados pelos interesses de poucos.
Pense nisso e sucesso.