Nestes anos de caminhada junto a empresas de vários países encontrei diversas culturas, diversos modos de pensar e diversas situações empresariais. Encontrei pessoas e ideias diferentes. Empresas em dificuldades e empresas estáveis que gostariam de melhorar mesmo assim. Países com a moeda desvalorizada e países que não queriam mais receber imigrantes de vizinhas regiões pois estariam “roubando” o emprego dos trabalhadores nacionais.

Estive trabalhando nos Estados Unidos, Canadá, Itália, Alemanha, Argentina, além do Brasil, é claro, e uma realidade é comum a todos: que o mercado é global, que as empresas precisam ser globais, que os concorrentes não são somente os que estão do outro lado da rua mas, sim, de países que quase nunca imaginamos ou ouvimos falar.

No Brasil, ainda temos muito poucas empresas globais. Muitos acreditam que é por termos um mercado grande aqui dentro que poucas procuram, no mercado internacional, espaço para seus produtos ou serviços. Outras por procurarem reduzir os riscos do câmbio; outras por não conhecerem o mercado ou por outras razões.

Este mundo global faz com que, algumas ideias hoje, tornem-se enormes empresas amanhã, da noite para o dia, quase num piscar de olhos.

No campo virtual então a rapidez é maior ainda. A internet, os celulares, os smart phones, os tablets, os twitters, o google, o facebook. Quase que instantaneamente, algumas empresas tornam-se multinacionais e com valor que passam os bilhões de Reais ou Dólares.

O facebook, em si, já é em fenômeno. Em pouco tempo tornou-se algo que vale 100 bilhões de dólares. Isso é 5% de tudo o que o Brasil produz. E note que eles não tem uma fábrica sequer, nem um comércio, nem são do ramo agropecuário. São do setor de serviços. É uma ideia que deu muito certo.

O facebook não produz uma só máquina, não produz um barril de petróleo, não vende milhões em móveis ou sapatos, não comercializa nenhum produto físico nem planta arroz ou soja. É inegável que este mundo virtual mudou o mundo. Não possuem fábricas nem comércios mas chegam tão próximos de todos que as pessoas postam sua vida pessoal, suas dificuldades, suas opiniões e ideias para todo mundo, o que há 10 anos atrás tudo isto era quase inimaginável. Tudo é muito rápido.

Mas, neste mundo virtual, as coisas são rápidas para o crescimento mas também para o fechamento.

Para continuar crescendo, o facebook e estas outras organizações deste segmento buscam constantemente inovar e lançar novos aplicativos ou soluções. Do contrário, padecem. Contudo, correm o risco de, com estas novas soluções, agradarem a uns e não a outros. O risco deve valer a pena.

Vejo que o facebook não conseguirá inovar sempre. Daqui a pouco algum outro “sucesso” aparecerá neste mundo virtual e desbancará o facebook assim como foram desbancados o Cadê, o Altavista pelo Google. Dou prazo máximo de 5 anos para o facebook ter limitado seu papel na vida das pessoas. Não desaparecerá totalmente mas alguém o substituirá. Afinal, neste mundo virtual, as inovações são uma constante e a rapidez é cada vez maior. Num ambiente em transformação, o que é moda hoje não será amanhã.

Pense nisso e sucesso.