Há algum tempo os pit bulls da chamada “grande imprensa brasileira” vem pregando ou anunciando uma “crise”. Afirmam que a “inflação está fora de controle”, que “a taxa de juros tem que subir”, que “só a recessão e desemprego podem segurar a escalada inflacionária”. E eles falam com a autoridade de quem conhece o assunto muito bem. Sim, afinal, são os mesmos que davam suas “abalizadas opiniões” na década de 90 e início da década de 2000, quando a Taxa Selic chegou a 46% e a inflação superou os 12% ao ano. Até o dólar beirou os R$ 4,00. Se o governo FHC tivesse seguido à risca as “orientações” desses “economistas de ponta” certamente teria quebrado o Brasil não três vezes, mas QUATRO ou mais. Ao longo desses últimos dez anos, eles têm anunciado o caos várias vezes. Quando eclodiu a maior crise econômica da história da humanidade, a partir dos Estados Unidos, os pit bulls tiveram orgasmos mentais e profissionais. Afinal, eles poderiam afirmar, categoricamente: “- …bem, como havíamos previsto…”. Aí o Lula diz que “…o tsunami econômico mundial chegaria ao Brasil como uma marolinha…”. Ridicularizaram-no, tripudiaram sobre o “molusco analfabeto sem um dedo”. Mas, eis que, realmente, no Brasil a tal de crise econômica não passa, mesmo, de uma marolinha inconsequente. Foi comovente ver os pit bulls “explicando a crise mundial”. Muitos de seus professores certamente se perguntaram: “…-Será que não ensinei nada ou foram eles que não aprenderam, mesmo?”. Mas, como eu confio plenamente na formação profissional desses experts a serviço dos meios de comunicação (não seriam contratados se não fossem, realmente, “muito entendidos” nos assuntos econômicos, não é mesmo?), estou esperando para ver acontecer a desgraceira, o caos que eles estão anunciando há muito tempo. No início do ano, com o aumento absurdo de alguns hortifrutigranjeiros (sazonalidade, talvez?) o tomate aumentou muito. Os “gênios” da economia afirmaram que “a inflação estava fora de controle” (chegava a 6,8% aproximadamente, ou seja, praticamente METADE do que era em dezembro de 2002, sem que eles proclamassem o caos total). Não satisfeitos, insistiram que “os juros deveriam aumentar.” Aí o governo atendeu e passou a aumentar a Taxa Selic todos os meses, para a alegria de banqueiros e rentistas. Os “donos do Brasil” não conseguiram tudo o que queriam com seus pit bulls economistas na imprensa, mas o aumento nos juros já “ajudava um pouco”. O índice de desemprego cai. A inflação se mantém nos mesmos patamares. O PIB não é chinês, mas está longe de ser americano ou da Zona do Euro. Ah, e os combustíveis não aumentaram como eles previam. A continuar assim, a “expectativa de crise” vai pro vinagre e os “economistas profetas do apocalipse” perderão ainda mais credibilidade. Já pensaram esse país com economistas sem credibilidade? Que venha logo essa “crise”.